Continua após publicidade

Chefes e funcionários divergem sobre o perfil de liderança dos gestores

Pesquisa, divulgada com exclusividade por VOCÊ S/A, mostra que autoimagem do gestor não corresponde com opinião dos colaboradores

Por Juliana Américo
Atualizado em 15 Maio 2020, 10h00 - Publicado em 15 Maio 2020, 10h00

Mais do que lucros, é a liderança que define o sucesso de uma empresa. Tanto que uma pesquisa da consultoria de recrutamento Michael Page revela que oito em cada dez profissionais pedem demissão por causa de chefes ruins. E no Brasil essa situação não é diferente. 

Publicidade

Líderes autoritários, modeladores e que evitam conflitos são os mais comuns dentro das empresas brasileiras, segundo um levantamento da consultoria de gestão Muttare e divulgado com exclusividade por VOCÊ S/A. E os dados ainda mostram inconsistência na forma como gestores e equipe enxergam o estilo de liderança

Publicidade

Enquanto 18,1% dos líderes se classificam como autoritários, 31,6% dos empregados entendem que o líder é uma pessoa autoritária, que não gosta de ser confrontada e normalmente ameaça os funcionários com punições ou perda de emprego. Além disso, 35,1% dos gestores se enxergam como um líder coach, ou seja, alguém capaz de identificar necessidades e talentos na equipe e orientar o desenvolvimento dos colaboradores – no entanto, somente 19,9% dos empregados concordam com isso. 

“Existe essa discrepância entre a autoavaliação e a heteroavaliação porque a intenção que o gestor deseja passar aos colaboradores não é percebida por eles no comportamento do líder. Os gestores precisam analisar com mais frequência seus respectivos comportamentos e se questionar mais sobre qual a mensagem que estão passando”, explica  Roberta Ebina, sócia e consultora da Muttare.  

Publicidade

Estilos de liderança

Veja os estilos de liderança e como gestores e funcionários entendem cada um deles: 

Práticas de gestão

Além do estilo de liderança, as práticas de gestão também sofrem algumas divergências. Enquanto 86,37% dos gestores afirmam saber reconhecer e recompensar o desempenho da equipe, somente 37,7% dos funcionários concordam com isso. Já 68,6% alegam conduzir a equipe de forma eficaz, enquanto 45,7% das pessoas reconhecem isso. 

Publicidade

Quando o assunto é avaliação de desempenho, 67,1% dos líderes acham que fazem isso bem, contra 48,1% dos colaboradores. No caso de desenvolvimento de equipe, 67,6% dos gestores acreditam saber fazer, enquanto 43,7% dos funcionários concordam. 

Por fim, 64,9% da liderança afirma saber obter o compromisso da equipe, contra 44,5% do time. 

Publicidade
Continua após a publicidade

Como evitar divergências 

Segundo Roberta, o segredo para evitar diferenças nas percepções de líderes e liderados é a comunicação e transparência. “Um ambiente transparente de troca de informações e troca legítima de feedback é importante. O gestor que assume a corresponsabilidade sobre o desenvolvimento de seus colaboradores geram um melhor ambiente para se trabalhar, forte engajamento e ajudam seus funcionários a entenderem suas competências e como elas contribuem para o atingimento dos objetivos da organização”. 

Além de oferecer feedback e reconhecimento constantemente, que faz com que a avaliação de desempenho seja vista como justa  para os membros do time, o líder precisa se preocupar com o seu autoconhecimento. “Para isto, além de autoanálise é necessária uma boa dose de coragem para iniciar o processo de mudança, pois, perguntar às pessoas o que elas pensam sobre você e ouvir o que não imaginava pode ser difícil para alguns”, afirma Roberta. 

Publicidade

Uma comunicação problemática gera prejuízos milionários para as companhias e aumenta o estresse dos profissionais. Veja como desenvolver essa competência essencial: 

Quer ter acesso a todos os conteúdos exclusivos de Você S/A?
Clique aqui e assine VOCÊ S/A por R$ 9,90 por mês.

E se você gosta da VOCÊ RH é só clicar aqui para ser nosso assinante, também por R$ 9,90 mensais.

Publicidade
Publicidade