Sofia Esteves Fundadora e presidente do conselho da Cia de Talentos, Co-fundadora do Bettha.com e Presidente do Instituto Ser+
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Como cultivar a curiosidade em 7 passos

A curiosidade é a competência que ajudará o ser humano a continuar relevante em um futuro com um mercado de trabalho cada vez mais digital. Veja dicas de Simon Brown, um dos maiores especialistas do tema no mundo, para despertá-la.

Por Sofia Esteves
Atualizado em 6 set 2023, 16h49 - Publicado em 31 ago 2023, 15h38

É comum profissionais e empresas me perguntarem sobre as competências do futuro. De um lado, as pessoas querem saber como elas podem se desenvolver para continuarem relevantes no mercado. De outro, as organizações buscam pelas habilidades que ajudarão a guiar seu negócio com sucesso nos próximos anos. 

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Apesar de não acreditar em receitas de bolo e de saber que a resposta para uma pergunta como essa depende de uma série de fatores, posso afirmar com segurança que existe uma competência que sempre foi relevante no mercado — e continuará sendo. Uma característica que, no entanto, nem sempre é valorizada e estimulada.

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Estou falando da curiosidade, tema da palestra de abertura do evento de lançamento da nova edição da pesquisa Carreira dos Sonhos, realizada há 22 anos pela Cia de Talentos.

Na ocasião, Simon Brown, Chief Learning Officer da Novartis Suíça, membro do conselho consultivo da HULT EF, e coautor do livro “The Curious Advantage” (“A Vantagem da Curiosidade”, em tradução livre para o português) afirmou que 26% das habilidades atuais serão irrelevantes daqui três anos. A curiosidade, no entanto, irá sobreviver a impiedosa passagem de tempo.

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Mais do que isso: para o especialista, esse desejo de aprender e investigar é o que garantirá a relevância do ser humano frente à tecnologia, que já consegue desempenhar muito-bem-obrigada várias funções antes feitas exclusivamente por nós. Isso porque a curiosidade é um atributo muito característico da raça humana e é o que nos ajuda a expandir o conhecimento, chegar a lugares inesperados e gerar ideias inovadoras. 

Sem a nossa curiosidade, aliás, não teríamos a própria inteligência artificial

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Agora, tem um detalhe importante nessa história toda: saber qual é a competência do futuro não é garantia de nada. Pode parecer óbvio dizer isso, mas profissionais e empresas precisam se dedicar ao desenvolvimento deste “espírito investigador”. E, infelizmente, não é exatamente isso o que tem acontecido…

Desenvolvimento dentro da empresa

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Um dos dados desta edição da Carreira dos Sonhos que nos chamou a atenção foi que apenas 41% do total de 91.380 respondentes disseram que a empresa onde trabalham tem uma estratégia para treinar as pessoas considerando o novo conjunto de habilidades necessário para o futuro. Além disso, identificamos que só 48% realizam atividades conectadas com suas habilidades e interesses. 

Somado a isso, Simon Brown explicou em sua palestra que, ao longo da sua investigação sobre a tal competência, descobriu que existem dois grandes impedimentos para o desenvolvimento e o uso da curiosidade como habilidade profissional. Um deles tem a ver com a própria empresa, e o outro está ligado ao indivíduo:

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Diante disso tudo, fica um apelo: precisamos mudar urgentemente essa realidade. Afinal, precisamos de pessoas e organizações preparadas para navegar com alguma segurança no futuro — alguma porque, em um mundo BANI, a segurança total é uma ilusão.

Como podemos cultivar a curiosidade 

Entendo que, sim, é importante ter um ambiente de trabalho que abra espaço para isso e que, mais ainda, apoie as pessoas a desenvolverem tal competência. Porém, independentemente do cenário no qual você encontra, existem alguns passos que podem ajudar nessa jornada.

Em seu livro, Simon fala sobre sete Cs importantes para quem quer ser uma pessoa mais curiosa, mas não sabe muito bem por onde começar. São eles:

Como expliquei no começo, não existem receitas de bolo para a carreira, então, encare esses “7 Cs” como um primeiro passo para o desenvolvimento da competência do futuro. Seja uma pessoa curiosa e coloque essa proposta em teste. 

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