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Norberto Chadad

Por Desenvolvimento
Engenheiro, economista e CEO da Thomas Case & Associados, consultoria de soluções em gestão de pessoas e carreiras
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Como lidar com a discriminação e o preconceito no ambiente de trabalho?

Empresas precisam ser firmes e deixar claro que posturas discriminatórias são contrárias aos valores da organização

Por Norberto Chadad, colunista de VOCÊ S/A
Atualizado em 14 Maio 2020, 15h00 - Publicado em 14 Maio 2020, 15h00

Um ambiente de trabalho harmonioso é fundamental para o sucesso de qualquer negócio. E toda empresa tem pessoas de diversas origens sociais, raciais e culturais que, muitas vezes, não têm muito em comum além do fato de trabalharem juntas. A intolerância a essas diferenças pode gerar situações de conflito nas equipes, discriminação e preconceito.

A discriminação no mundo corporativo acontece quando há distinção no tratamento ou nas oportunidades dadas a um colaborador por motivos não relacionados ao desempenho profissional. Embora essa situação venha sendo cada vez mais trabalhada e evitada dentro das empresas, muitos líderes se veem diante de uma questão complexa: como agir diante de uma postura discriminatória?

Acredito que um dos caminhos (e desafios) das organizações é a conscientização. Por isso, é de extrema importância que a empresa mantenha um posicionamento contrário e firme a condutas discriminatórias. Nos processos de integração deve-se esclarecer que o preconceito vai contra os valores da empresa e tais comportamentos serão considerados passíveis de punição dentro do código de conduta e ética da companhia.

Workshops que promovam o tema são uma forma eficiente para abordar o assunto. A comunicação interna também pode ser usada para disseminar a diversidade no ambiente de trabalho.

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Já o papel do líder para combater esse tipo de atitude será o de identificar onde e como são iniciadas as situações, além de orientar seus colaboradores a adotarem uma conduta mais consciente e respeitosa junto aos demais. O gestor também poderá organizar treinamentos nos quais os funcionários sejam colocados no lugar da pessoa que sofre o preconceito. Essas ações ajudam a criar empatia, rever conceitos pré-estabelecidos e melhorar ainda mais o clima organizacional.

Vale ressaltar que não se deve confundir discriminação no ambiente de trabalho com assédio, que é um problema diferente, mas igualmente sério. A discriminação ocorre quando há distinção ou exclusão. Já o assédio moral ou sexual se caracteriza por condutas abusivas que atinjam a integridade física ou psicológica de um indivíduo.

Em qualquer ambiente, a melhor estratégia é manter sempre um comportamento de respeito. E respeito é coisa que se aprende — estamos em constante evolução e todos os dias desenvolvemos novos meios para lidar com antigas situações. O ambiente de trabalho também pode ensinar, mas cabe a todos compreenderem melhor as pessoas e as várias ideias ao seu redor.

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