Imagem Blog

Cris Kerr

Por VOCÊ S/A Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Cris Kerr é CEO da CKZ Diversidade, consultoria especializada em Inclusão & Diversidade, professora da Fundação Dom Cabral, Mestra em Sustentabilidade e idealizadora do Super Fórum Diversidade & Inclusão.

Como os vieses inconscientes impactam a diversidade nas empresas?

Por mais que não seja intencional, todos nós temos vieses inconscientes. Mas não é sempre que os percebemos.

Por Cris Kerr
31 mar 2021, 16h00
-
 (Lyubov Ivanova/Getty Images)
Continua após publicidade

A pergunta é: será que você tem viés inconsciente? A resposta é sim! Todos temos vieses inconscientes e não temos como negá-los.

Os vieses não são intencionais, eles são baseados nos preconceitos, estereótipos e crenças culturais, no entanto eles formam uma barreira invisível e muito poderosa que dificulta o avanço da diversidade e da inclusão nas corporações.

Temos uma imensa dificuldade em perceber nossos próprios vieses inconscientes, é o que chamamos de ponto cego (blind spot). É mais fácil identificarmos quando alguém está sendo preconceituoso ou estereotipando outra pessoa, do que percebermos a nós mesmos.

Como o nosso cérebro tem que lidar com milhares de informações por segundo, para que consiga dar conta, ele procura por padrões que considera mais importantes e cria atalhos para reconhecê-los, como um piloto automático.

No entanto, esses atalhos têm uma desvantagem, eles são tendenciosos, pois são adquiridos ao longo da nossa vida, pelos nossos aprendizados e têm uma forte influência cultural. Essa vivência forma um poderoso sistema de estereótipos e crenças, que ficam gravados em nosso inconsciente e afetam as nossas atitudes e comportamentos. Por isso, preferimos as pessoas que pertencem ao mesmo grupo que o nosso, e temos uma forte tendência a nos afastar das pessoas que são diferentes.

Continua após a publicidade

Um dos vieses que mais impactam as corporações é o viés de afinidade, que é uma forte tendência que temos em selecionar, promover e avaliar melhor as pessoas que se parecem conosco e por quem sentimos mais afinidade. Essa afinidade pode ser: o gênero, a raça, a nacionalidade, a pessoa ter estudado na mesma faculdade ou ter o mesmo hobby que você, morar ou ser da sua cidade natal, ser da mesma religião, entre outros. Quando sentimos afinidade acabamos favorecendo a pessoa, sem que tenhamos esta percepção de forma consciente.

A interseccionalidade, que é quando a pessoa que se enquadra ao mesmo tempo em mais de uma categoria estereotipada (raça, etnia, gênero, orientação sexual, identidade de gênero, deficiência, classe social), acentua ainda mais ainda o viés inconsciente, levando a desigualdade nas corporações.

Como diz uma das maiores especialistas no tema, Mahzarin Banaji: “Nós preferimos acreditar que somos pessoas sem preconceitos, mas as pesquisas mostram o contrário. Esta é uma constatação desconfortável para a maioria de nós. O primeiro passo para derrotar nossos preconceitos inconscientes é ser honesto conosco sobre como realmente nos sentimos em relação aos outros grupos. Ter um viés não é o fim do mundo, a única vergonha é se você não fizer nenhum esforço para melhorar”.

Continua após a publicidade

O primeiro passo é criar um espaço de diálogo seguro e construtivo na sua corporação para a tomada de consciência sobre os vieses inconscientes. É fator chave na desconstrução dos preconceitos arraigados, tratar o tema com empatia para que as pessoas não entrem no modo defensivo.

Ampliar a consciência, combater o preconceito e multiplicar o conhecimento contribui não só para empresas mais justas e sustentáveis, como para um mundo que respeita e valoriza cada vez mais as diferenças.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

ECONOMIZE ATÉ 65% OFF

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês*

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.