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Nova York se torna a cidade mais cara do mundo em 2022

Entre as 172 maiores cidades do planeta, o custo de vida aumentou 8,1%. NY lidera a lista pela primeira vez, ao lado de Singapura. Veja o ranking.

Por Camila Barros
3 dez 2022, 16h18
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 (Alexander Spatari/Getty Images)
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Em 2022, Nova York é a cidade com custo de vida mais alto do mundo. É a primeira vez que a Big Apple lidera a lista do Worldwide Cost of Living (WCOL), relatório produzido anualmente pela Economist Intelligence Unit (EIU). Ela divide o espaço com Singapura, cidade no sudeste asiático que já ocupou a primeira posição outras 7 vezes em 10 anos. 

Além de NYC, outras 6 grandes cidades norte-americanas, como Boston e San Diego, escalaram um número considerável de posições no ranking. Em parte, culpa do empurrão pouco sutil da inflação do país, que acelerou 8,2% em 12 meses até setembro (os cálculos da WCOL são feitos entre agosto e setembro). 

Mas tem a ver também com a força do dólar. Para estimar o custo de vida de cada cidade, a pesquisa monitora o valor de 200 bens e serviços utilizando a moeda local. Depois, para comparar os preços entre cidades, ela converte tudo para dólar. Ou seja: a cotação da moeda local em relação à moeda americana tem efeito sobre a comparação. 

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Cidades com moedas valorizadas tendem a subir na lista, já que os preços aparecem mais altos quando expressos na base de comparação internacional. Bom, com o movimento de alta dos juros promovido pelo Fed, a demanda pelas verdinhas aumentou um tanto este ano – e a força delas também. 

Mas quem mais escalou posições no ranking foi Moscou, capital russa que viu a inflação subir 17,1% no ano. Ela avançou 88 lugares, para a 37° cidade mais cara do mundo. Depois vem (a também russa) São Petersburgo, que escalou 70 posições, para 73°, e somou uma inflação de  19,4%. O rublo russo foi a moeda mais valorizada do mundo em 2022, fruto de políticas econômicas do governo para enfrentar as sanções ocidentais. 

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Líderes em inflação

O relatório observou que as 172 maiores cidades do mundo ficaram em média 8,1% mais caras em um ano – a maior taxa de inflação já registrada em 20 anos do relatório. 

Dessas, a maior alta nos preços foi observada em Istambul, na Turquia: 86% em um ano. Em seguida, vem Buenos Aires (+64%), na Argentina, e Teerã (+57%), no Irã. Nota: estas são as cidades mais inflacionadas do ranking. A inflação de Caracas, na Venezuela, é tão alta que a EIU prefere deixar ela de fora do cálculo para evitar distorções na média geral. A capital venezuelana registrou alta de 132% nos preços desde o ano passado – um aumento sutil quando comparado à hiperinflação de 2019, de colossais 25.504%. 

 

New York, New York

Para acordar na cidade que nunca dorme e descobrir que é o rei da colina, uma pessoa precisaria de no mínimo US$ 1.418 por mês – e isso sem considerar o aluguel. Dá uns R$ 7.350. Um aluguel no centro da cidade sai, na média, por US$ 3.850. Arredondando, R$ 20 mil. 

E isso se for uma aventura solo. Para uma família de 4 pessoas, os gastos mensais são de US$ 5.200 (R$ 27 mil). Contando com o aluguel de um apartamento de 3 quartos no centro, fica R$ 64 mil. 

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Sorte de Frank Sinatra que ele não recebia em reais.

O ranking das cidades mais caras 

1- Nova York (EUA)

1- Singapura (Singapura) 

3- Tel Aviv (Israel)

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4- Hong Kong (Hong Kong)

5- Los Angeles (EUA)

6- Zurique (Suíça)

7- Genebra (Suíça)

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8- São Francisco (EUA)

9- Paris (França)

10 – Copenhague (Dinamarca)

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