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Sofia Esteves

Fundadora e presidente do conselho da Cia de Talentos, Co-fundadora do Bettha.com e Presidente do Instituto Ser+
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Como a sua empresa faz gestão da mudança impacta – e muito – seu bem-estar

As transformações não vão parar. Então você deve aprender a se sentir bem com o desconforto. Entenda.

Por Sofia Esteves
5 set 2024, 08h00
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 (Morsa Images/Getty Images)
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Nós estamos em constante transformação – e o mundo também. Isso é fato. Contudo, não é porque algo é sabido que se torna mais fácil de lidar. E a verdade é que, nos últimos tempos, parece que está cada vez mais complicado administrar esse movimento intenso que tira tudo do lugar.

Se você se sente assim, não se preocupe porque não está só. De acordo com a pesquisa Carreira dos Sonhos, realizada desde 2002 pela Cia de Talentos, apenas 56% das 70.162 pessoas jovens respondentes disseram que a liderança da sua empresa conduz bem os processos de mudança. 

Talvez, esse dado por si só não gere grande surpresa, afinal, muito provavelmente, você compartilha da mesma impressão. Mas, cruzando essa informação com os sentimentos vivenciados no trabalho, descobrimos algo interessante: processos de gestão de mudança impactam consideravelmente o nível de realização profissional.

É que, dentre o público jovem que avaliou positivamente como a transformação é feita na sua empresa, 73% disse que termina a jornada diária se sentindo realizado. O contrário também é verdadeiro: considerando quem não faz uma boa avaliação, só 38% encerra o expediente satisfeito.

Outra descoberta é que a forma como as organizações lidam com as demandas por mudança também influencia o estado de esgotamento. A essa altura, acho que você já deve imaginar qual é a relação entre uma coisa e outra…

Apenas 56% dos jovens dizem que a liderança da sua empresa conduz bem os processos de mudança. 

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Como ficar confortável com o desconforto

Diante desse cenário, pode ser que surja uma grande sensação de desesperança. Afinal, como concordamos lá no começo, a mudança é inerente à vida. Não dá para simplesmente frear esse processo, mas é possível transformar como nos sentimos em relação a ele. 

O caminho é pensar em como ficar confortável com o desconfortável. Ou seja, em vez de ignorar que a mudança existe e tentar abafar os sentimentos incômodos que ela pode gerar, por que não criar mecanismos para conviver de maneira mais “pacífica” com isso?

No caso das empresas, acredito que é preciso ajudar as pessoas a ressignificar sua relação com as novidades. Como? Incentivando que elas tenham coragem em serem ruins em algo novo.

Veja bem, não estou recomendando que profissionais deliberadamente tenham um desempenho ruim ou que as organizações apoiem erros propositais. A ideia, na verdade, é construir um ambiente no qual seja normalizado o desconforto com o novo – afinal, é natural sentir certo mal-estar diante de algumas mudanças. 

Um exemplo é quando você usou inteligência artificial pela primeira vez no seu trabalho. Muito provavelmente, no início, houve alguma insegurança, algum desconforto, mas esses sentimentos são mais fáceis de administrar quando temos o suporte da empresa para nos aventurar em novos projetos e desenvolvermos outras habilidades. 

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Em vez de ignorar que a mudança existe e tentar abafar os sentimentos incômodos que ela pode gerar, por que não criar mecanismos para conviver de maneira mais “pacífica” com isso?

Outra recomendação para as organizações é oferecer não só ferramentas, mas formações relacionadas à gestão de mudança, especialmente para a liderança. Como os dados da Carreira dos Sonhos mostraram, líderes que sabem navegar por esse mar em constante movimento impactam positivamente o bem-estar da sua equipe. 

Há ainda a necessidade de termos momentos de calmaria – algo que você pode fazer, independentemente de onde trabalha. 

Em um cenário no qual as mudanças são frequentes e, portanto, exigem um tempo de resposta mais veloz, é importante reservar momentos para a pausa na rotina de trabalho. E, obviamente, isso não se resume àquelas horas obrigatórias de sono. Mas isso é assunto para um próximo artigo.

Por ora, fica a mensagem de que, apesar de as mudanças existirem e de estarem mais intensas, nós podemos e devemos criar mecanismos dentro e fora do trabalho para aprendermos a conviver com elas. Ignorar essa necessidade tem um preço alto, que já está se refletindo na saúde dos trabalhadores.

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