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Norberto Chadad

Por Desenvolvimento
Engenheiro, economista e CEO da Thomas Case & Associados, consultoria de soluções em gestão de pessoas e carreiras
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Estratégias para evitar o modo automático no trabalho

A rotina do dia a dia e os desafios corporativos podem deixar os funcionários insensíveis à empresa e mudanças do mercado. É aí que mora o perigo

Por Norberto Chadad, de VOCÊ S/A
Atualizado em 6 fev 2020, 17h35 - Publicado em 6 fev 2020, 17h00
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Assim como um médico que se torna indiferente à dor dos pacientes, muitas vezes nos tornamos alheios ao que quer que seja no trabalho (Johnny Cohen/Unsplash)
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Possivelmente a maioria das pessoas não esteja familiarizada com o termo anodinia. De acordo com sua descrição no dicionário, a palavra quer dizer apenas ausência de dor, mas o seu significado é mais amplo. É aplicado, por exemplo, aos médicos, que de tanto testemunharem perdas, mortes e dores, acabam por não se impressionar com as tragédias que vivenciam.

É fácil entender as razões para a existência desse sentimento. Na medicina, utilizar esta tática e manter certo afastamento parte da premissa de que o médico deve se preocupar somente em tratar a doença do paciente. Com isso, mesmo a maior dor deixa de ser impressionante.

Podemos aplicar a ideia à equipe de uma empresa que se acomoda diante de todas as pressões e conjunturas difíceis, típicas de um ambiente corporativo. E, aos poucos, o grupo vai se acostumando às intempéries e deixa de se abalar com o que quer seja.

Talvez esse seja o grande perigo dentro de uma corporação: a falta de emoção das pessoas, que não mais se impressionam com as tensões e inovações que o mercado exige. A rotina do dia a dia e os problemas que todas as empresas possuem podem ser uma armadilha que ativa o modo automático nos funcionários. E uma equipe que chegou a esse ponto está pronta para deixar que a companhia escorregue ladeira abaixo.

Como alterar esse quadro e evitar cair nesse ciclo? Já que, na introdução desse texto foi utilizado um termo da medicina, vamos a alguns cuidados paliativos. Isso quer dizer que as medidas a serem tomadas a seguir apenas aliviam os sintomas, mas que não resolvem a questão.

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A primeira é foco. Mas, o que aqui chamamos de foco é o conjunto das diretrizes organizacionais definidas pela empresa em relação ao seu negócio. É o que a organização acredita que seja sua participação social, suas metas e seus princípios éticos e morais.

Se a empresa tem foco no cliente e deixa isso claro na sua missão, visão e valores, a tendência é de que todo o grupo permaneça concentrado em atender as necessidades do cliente. Esse movimento confere unidade ao time.

Da mesma forma, quando a companhia, além do cliente, tem como foco o reconhecimento do seu capital humano estimulando a cooperação, a empresa como um todo progride, com um nível reduzido de conflitos.

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A outra medida é a disciplina. Não aquela imposta ou autoritária, mas a disciplina obtida através de um método claro e eficiente de trabalho e por meio do exemplo que a direção procura transmitir a todos os funcionários.

E método implica necessariamente planejamento, organização e respeito à hierarquia. Todo trabalho, seja na área que for, requer processos lógicos, sequenciais e eficientes para que não ocorra desperdícios. No final, a disciplina conduz, naturalmente, à responsabilidade.

Para unir isso tudo, está a comunicação. É fundamental o diálogo aberto, sem subterfúgios ou ambiguidades para que a equipe confie na empresa, tomando conhecimento das políticas e valores corporativos. Quem conhece o propósito do que faz, trabalha melhor.

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Por último, mas não menos importante, não podemos esquecer de uma medida extra. No caso, uma qualidade que reúne a noção de sabedoria, tanto no mundo dos negócios quanto na vida pessoal: o uso do bom-senso.

NorbertoChadadPe
(Divulgação/VOCÊ S/A)
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