Vale a pena fazer trabalho voluntário para o currículo?
Sim. Mas é importante entender em que tipo de segmento do mercado ele é valorizado.
ara quem está em busca de uma oportunidade de emprego e precisa agregar mais experiência ao currículo, o trabalho voluntário pode ser uma opção. Além de ser uma atividade engrandecedora para a vida pessoal, a carreira pode se beneficiar desse tipo de experiência.
Entretanto, antes de se aventurar pelo voluntariado, é importante entender em que tipo de segmento do mercado ele é valorizado. Se seu interesse é trabalhar com empresas do ramo ESG (Environmental, Social and Governance, na sigla em inglês), pode ser uma ótima pedida.
Segundo a psicóloga e gestora de recursos humanos Gisele Soares, o trabalho voluntário pode ser inclusive um critério de seleção. “Se a empresa tem a responsabilidade social como pilar, é comum que se pergunte em entrevista se a pessoa já fez voluntariado. Mas não podemos generalizar e dizer que ele é relevante para todas as empresas”, afirma.
Para a especialista, que tem experiência em empresas de impacto social, o voluntariado tem sido uma aposta pessoal. Atualmente, ela está atuando com crianças em uma ONG na cidade de Atins, no Maranhão, por intermédio da Worldpackers Brasil, uma comunidade de viajantes voluntários que acredita nessa experiência como forma de autoconhecimento e desenvolvimento de uma vida com mais propósito.
Mas é possível apostar no trabalho voluntário mesmo que você atue em outros segmentos, em que o trabalho social não é considerado fundamental. Especialmente se o objetivo é atuar numa área em que ainda não se tem experiência ou fazer uma transição de carreira. “Por exemplo, se o profissional é um engenheiro de obras que deseja migrar para um ramo de construção mais sustentável, o trabalho voluntário pode ser uma porta de entrada”, afirma Soares.
O importante é ser estratégico na escolha do voluntariado, caso o objetivo seja turbinar o currículo, para que a experiência possa render frutos no futuro.