Setor financeiro perde cerca de US$ 700 bi por falta de equidade de gênero
Segundo pesquisa, além de serem minoria em conselhos e comitês executivos, presença de mulheres em áreas como risco ou operações também é baixa.
Em 2017, aquela estátua da Garota Destemida (110 kg) foi colocada cara a cara com o touro de Wall Street (3.200 kg) para denunciar o sexismo do mercado financeiro. De lá para cá, pouca coisa mudou no setor, conhecido por ser predominantemente masculino.
Pelo menos é isso que aponta uma pesquisa da consultoria Oliver Wyman, feita com 468 instituições de 37 países, incluindo o Brasil. De acordo com o levantamento, publicado em agosto, as mulheres são apenas 10% dos executivos da alta liderança nos principais bancos brasileiros.
A baixa equidade de gênero das instituições financeiras se traduz também nos negócios. Mulheres tendem a ser minoria entre os clientes de áreas como seguros e gestão de investimentos, além de terem pedidos de financiamentos bancários negados mais vezes do que os homens.
De acordo com estimativas da consultoria, se as empresas do setor financeiro melhorassem seus serviços para as mulheres, elas teriam um incremento de, aproximadamente, US$ 700 bilhões por ano.
Porém, a briga da garotinha de Wall Street ainda tem chão. A presença feminina em comitês executivos e conselhos de empresas financeiras continua baixa. Elas ocupam 20% e 23% dessas posições, respectivamente. De modo geral, no quadro de funcionários das companhias, só há alguma equidade nos nos departamentos de marketing e RH.