Salários e carreiras quentes: Saiba o que esperar do mercado de engenharia em 2025

Saber um pouco de tudo é a chave para o sucesso. Veja o guia salarial da consultoria Robert Half e entenda como se dar bem na carreira no próximo ano.

Por Luana Franzão
Atualizado em 4 nov 2024, 12h41 - Publicado em 4 nov 2024, 07h00
Capacete de construção sob fundo roxo.
 (ImageMediaGroup/Getty Images)
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epois da pandemia, o mercado de trabalho nunca mais será o mesmo. Agora, as empresas têm estruturas mais enxutas, e menos profissionais precisam dar conta de mais funções. Se você é engenheiro ou trabalha neste mercado, a dica de ouro para 2025 (e provavelmente para os próximos anos) é saber de tudo um pouco.

 

Apesar de um mercado de trabalho aquecido, há áreas da engenharia que devem ver um desaquecimento no próximo ano, como a mineração e siderurgia. A corrida, então, é para manter a envergadura das empresas no mercado.

Segundo Erika Moraes, gerente de operação da Robert Half, as empresas do setor se movimentam para contratar funcionários não porque o cenário econômico está crescendo, mas porque as empresas estão investindo para se preparar para um momento mais árido.

O foco de todos os profissionais deve ser a melhoria da eficiência e o aumento da produtividade

O crescimento da tecnologia, assim como em quase todos os setores, é palpável na engenharia. Continuar se capacitando e procurando ferramentas que agilizem o cotidiano é uma das principais missões para os profissionais em 2025.

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Há uma automação dos processos geral em curso. Alexandre Mendonça, gerente de recrutamento da consultoria, dá a letra: o foco de todos os profissionais deve ser a melhoria da eficiência e o aumento da produtividade. 

Veja as tendências para o próximo ano no Guia Salarial, divulgado pela Robert Half com exclusividade à Você S/A.

Cargos mais demandados:

  • Engenheiro(a) de aplicação/vendas;
  • Diretor(a) de operações;
  • Gerente de logística;
  • Gerente de vendas técnicas.

Áreas com maior demanda de contratações:

  • Indústria;
  • Vendas técnicas;
  • Logística;
  • Compras.

Habilidades técnicas mais demandadas:

  • Controle e garantia de qualidade;
  • Gestão de projetos;
  • Análise de dados e big data;
  • Automação e robótica.
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Habilidades técnicas mais difíceis de encontrar:

  • Automação e robótica;
  • Simulação e modelagem;
  • Análise de dados e big data;
  • Lean manufacturing e six sigma.

Não pense que por ser parte de uma área técnica, o engenheiro não deve desenvolver as habilidades comportamentais e sociais. O estereótipo do engenheiro que é um nerd isolado não está com nada. A tendência agora é ter um bom trânsito e estar com a inteligência emocional em dia. Confira as “soft skills” mais procuradas.

Habilidades comportamentais mais demandadas:

  • Resolução de problemas;
  • Gestão de tempo;
  • Liderança;
  • Pensamento criativo.

Habilidades comportamentais mais difíceis de encontrar:

  • Resolução de problemas;
  • Inteligência emocional;
  • Gestão de stakeholders;
  • Liderança.

Por fim, as indústrias que mais contratam profissionais da engenharia são:

  • Alimentos e bebidas;
  • Petróleo e gás;
  • Energias renováveis;
  • Bens de consumo.
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Como ler o Guia Salarial Robert Half

Dividiu-se o salário de cada cargo em três percentis:

  • 25°: pessoa nova na função, com pouca ou nenhuma experiência; necessita de mais instruções ou supervisão para realizar as tarefas diárias;
  • 50°: tem experiência para assumir responsabilidades de forma consistente, sem supervisão direta; familiarizada com processos e assuntos da função;
  • 75º: Possui qualificações diferenciadas, além de especializações e certificações; pessoa pronta para avançar na carreira.

Nos cargos seguidos de P/M/G, a classificação diz respeito ao tamanho das empresas. P/M são empresas de pequeno e médio porte, com faturamento de até R$ 500 milhões ao ano. G são empresas de grande porte, com faturamento acima de R$ 500 milhões.

O salário dos cargos listados neste guia não incluem bônus, benefícios e outras formas de remuneração.

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(Arte/VOCÊ S/A)
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(Arte/VOCÊ S/A)
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(Arte/VOCÊ S/A)

Cabo de guerra

2024 foi um ano com bons números para os trabalhadores brasileiros: a taxa de desemprego se manteve relativamente baixa na maior parte dele, sobretudo no segundo semestre, quando bateu mínimas históricas.

A taxa de desemprego medida no último trimestre, divulgada na última quinta-feira, ficou em 6,4%, a segunda menor na série histórica, que começou em 2012.

O que isso significa, na prática? Significa que o mercado de trabalho está aquecido, e que o mar está para peixe. Quem quiser trocar de emprego nessa época pode ter mais facilidade negociando melhores salários e benefícios. Sempre é recomendada uma pitada de prudência na hora de ser otimista, entretanto.

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Para conseguir os melhores resultados, é melhor não tentar inventar a roda. Quem manda o recado é Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half América do Sul. Com tanta tecnologia e novidade surgindo no mercado, vence quem souber fazer o básico com excelência.

Quem quiser trocar de emprego nessa época pode ter mais facilidade negociando melhores salários e benefícios

Outra discussão que deve continuar quente em 2025 é a disputa entre os modelos presencial, híbrido e remoto de trabalho. Para Mantovani, quem deve vencer o cabo de guerra é o tête à tête.

Para ele, o centro da discussão é a habilidade do funcionário em distribuir o tempo que tem em mãos. O modo presencial acaba favorecendo os líderes a entenderem como seus subordinados estão usando o tempo entre as tarefas que cada função exige. Todo mundo sabe que acaba usando um pouquinho do tempo para fazer uma ou outra coisa de casa no home office, e Mantovani acredita que isso pode prejudicar a produtividade e concentração.

“É difícil que essa balança volte a pesar para o remoto”, disse. O retorno total ao presencial pode ser adiado pelo aquecimento do mercado: é provável que devido à alta demanda de profissionais, a negociação de alguns dias de home office ainda esteja na mesa.

*Colaboraram Elisa Jardim e Alexandre Mendonça, gerentes de recrutamento, Erika Moraes, gerente de operação de Belo Horizonte, Leonardo Berto, gerente de operação no ABC e Baixada Santista e Fernando Mantovani, diretor-geral para a América do Sul, todos da Robert Half.

Leia o Guia Salarial Robert Half para outras áreas:

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