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LinkedIn anuncia mudanças na plataforma a partir deste mês. Entenda como usá-las ao seu favor

A plataforma irá remover a ativação do “modo de criação”, disponibilizando as ferramentas a todos os usuários. Veja o que mudou – e como ampliar sua presença na rede.

Por Sofia Kercher
7 mar 2024, 15h20
A

partir de março de 2024, o LinkedIn dá adeus à função “de criação”. Agora, as ferramentas oferecidas neste modo serão modificadas e estarão disponíveis a todos os usuários da plataforma, sem necessidade de ativação prévia.

O modo de criação nasceu para beneficiar usuários mais engajados na plataforma (ou seja, aqueles que postavam mais). Está no nome: justamente aos criadores de conteúdo. O linkediner que ativasse a função tinha acesso a algumas ferramentas que ajudavam a ampliar o alcance de suas publicações.

Agora, é como se a rede tirasse o botão que liga e desliga esses benefícios. Todos os usuários terão automaticamente acesso às mesmas ferramentas de compartilhamento e análise, que também sofreram algumas adaptações. 

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Vamos entendê-las melhor a seguir — e explicar como usá-las na hora de aumentar sua presença na plataforma. 

O que mudou

HASHTAGS

Antes: ao ativar o modo de criação, o usuário poderia escolher até 5 hashtags que ficariam embaixo de seu nome no perfil. Elas descreviam os assuntos sobre os quais suas publicações eram direcionadas — assim, quando alguém seguisse alguma daquelas hashtags, seus conteúdos poderiam ganhar mais amplitude.

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Agora: Rafael Kato, Head de Editorial do LinkedIn na América Latina e Espanha, explica que a plataforma hoje vê essas hashtags como “limitantes” ao conteúdo do usuário. Portanto, elas serão removidas desse lugar de destaque no perfil (mas ainda poderão ser usadas à vontade nas publicações).

BOTÃO SEGUIR VS. CONECTAR

Antes: o botão “Conectar”, no modo de criação, era automaticamente substituído pelo botão “Seguir”. Mesmo que um usuário quisesse se conectar com você, precisaria segui-lo antes (e, caso você recusasse o convite, ele ainda seguiria suas publicações, podendo dar “unfollow” manualmente).

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Agora: você terá a opção de escolher o botão Seguir ou Conectar como ação principal em seu perfil. Rafael explica que depende de suas prioridades: se você gostaria de ter pessoas acompanhando suas publicações, o melhor é a manutenção do Seguir. Por outro lado, caso sua prioridade seja se relacionar com pessoas da sua área, fazer networking e enviar mensagens a recrutadores de empresas, priorizar o botão Conectar pode ser mais produtivo. 

Lembrando que há um limite de 30 mil conexões possíveis por perfil — ao contrário do número de seguidores, que é ilimitado.

SESSÃO “SOBRE” 

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Antes: no modo criação, sua sessão “Sobre” — o espaço livre que permite com que você se apresente e conte um pouco de sua trajetória pessoal e profissional — ganhava menos destaque. A estrutura do perfil era alterada, dando protagonismo às suas publicações (já que o objetivo do modo de criação era justamente impulsioná-las), além de sua atividade recente. 

Agora: a seção “Sobre” estará sempre no topo do perfil.

LINKEDIN LIVES & NEWSLETTER

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Antes: criadores de conteúdo eram os únicos autorizados a fazer lives e escrever newsletters na plataforma. O pedido poderia ser feito após a ativação do modo de criação, mediante preenchimento de um formulário (que poderia ou não ser aceito pelo LinkedIn).

Agora: todos poderão preencher o formulário para acessar ambas as funções. Mas Kato alerta que, para pleitear pelas ferramentas, o usuário precisa ter um histórico de produção de conteúdo. “Isso não significa uma expansão no uso das lives e newsletters. O processo de inscrição e avaliação permanece o mesmo”, diz.

Como usar essas mudanças ao seu favor

Com o protagonismo da seção “Sobre”, é fundamental que o usuário complete o perfil de forma assertiva. Inclua detalhes sobre suas experiências profissionais, habilidades que possui e informações que acredita serem relevantes. 

E realmente: relevância é chave nesta nova configuração. Para o usuário que gostaria de chamar atenção tanto de recrutadores quanto de seguidores, o ideal é destacar suas experiências e habilidades mais recentes e significativas. A cadência de informações no seu perfil deve ser pensada na forma de uma pirâmide invertida: aquilo que é imprescindível deve ficar no topo, e as curiosidades e informações complementares no final. 

Em relação à produção de conteúdo, seja presente e engaje-se na plataforma. Segundo Kato, os recrutadores mais experientes olham, sim, as publicações dos candidatos. “Não no sentido punitivo, mas sim para entender se aquela pessoa é, de fato, um especialista. Se ela frequenta eventos relevantes, se está a par das principais notícias do ramo”, diz. Ele recomenda, ao menos, publicar 2 a 3 vezes por semana — mas cabe ao profissional saber a frequência que consegue utilizar e o que quer postar.

Para quem não quiser redigir 3 textos autorais, o especialista dá alternativas: você pode interagir com as publicações de colegas de profissão, especialistas e colegas de trabalho; ou também pode fornecer reflexões acerca das principais notícias do dia. “O importante é ser um usuário ativo”, avalia.

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