Faz hora extra? Você tem menos chance de bater suas metas, diz estudo
Segundo levantamento da Pipedrive, quase 70% dos funcionários de PMEs batem o ponto mais tarde do que deviam. E isso tem consequências nos resultados.
equenas e médias empresas são conhecidas pelo ritmo frenético. E, ao que indica novo estudo da empresa de gestão Pipedrive, isso têm consequências na hora de bater as metas.
Segundo a pesquisa, 69% dos profissionais dessas companhias fazem hora extra — com um em cada 10 trabalhando mais de 16 horas semanais por semana. Um expediente que deveria durar das 9h às 18h, por exemplo, acaba durando até 21h12.
Conforme a escada vai subindo, as horas também. Aqueles que estão em cargos de gestão altíssimos (presidentes e fundadores, por exemplo), tendem a trabalhar mais horas adicionais. Levam a taça os funcionários dos EUA e Reino Unido, segundo a pesquisa.
Nenhum trabalho excessivo vem desacompanhado de repercussões negativas. A Pipedrive calculou que esses funcionários tinham cerca de 10% menos probabilidade de atingir suas metas. 66% dos que não trabalham horas adicionais atingiram suas metas; em comparação com 60% daqueles que fazem até 15 horas extras por semana e 58% dos que fazem 16 horas ou mais por semana.
Claro, menos tempo extra de trabalho gera maior satisfação profissional e pessoal. Conforme apurou a Pipedrive, 42% dos que não fazem horas extras classificam a satisfação com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional como “muito boa”, contra 12% dos que trabalham horas adicionais.
Nenhum trabalho excessivo vem desacompanhado de repercussões negativas.
“Muitas vezes presumimos que mais insumos equivalem a mais resultados; portanto, trabalhar mais horas estaria naturalmente correlacionado a mais valor, maior sucesso nos negócios. Mas nossas descobertas demonstram o contrário. Não precisamos trabalhar mais horas, precisamos trabalhar de forma mais inteligente e com um maior senso de equipe”, argumenta Dominic Allon, CEO da Pipedrive.
O outro lado da moeda
E como aumentar a chance de bater as metas? Com apoio da gestão. A pesquisa mostrou que funcionários que se sentem amparados pelos seus líderes tem 13% mais chance de bater as metas — ainda que só 1 a cada três deles se sintam dessa forma. Com recorte de gênero, a coisa fica ainda mais impressionante: mulheres que se sentem apoiadas nas suas carreiras têm 32% mais chance de atingir os resultados.
Mulheres que se sentem apoiadas nas suas carreiras têm 32% mais chance de atingir os resultados.
Outra coisa que influencia é o que o estudo chama de apoio tecnológico. Os funcionários que tem acesso à automação de processos manuais na firma sentem-se 6% mais felizes do que os que não têm.
“Os líderes empresariais devem investir tempo para saber como os funcionários se sentem em relação aos seus gestores e às plataformas tecnológicas em que muitos ‘vivem’ a maior parte do dia – não apenas porque é a coisa certa a fazer, mas também porque vale a pena fazê-lo”, finaliza Allon.