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9 em cada 10 brasileiros acreditam que empresas discriminam pessoas mais velhas nos processos de seleção

A participação histórica de idosos no mercado de trabalho não faz o preconceito diminuir: 87% dizem que empresas discriminam pessoas mais velhas na contratação.

Por Da Redação
8 dez 2025, 08h00 • Atualizado em 8 dez 2025, 17h55
Mulher mais velha em entrevista de emprego.
 (fizkes/Getty Images)
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  • O Brasil registrou, em 2024, o maior número de idosos trabalhando desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): 8,3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais estavam ocupadas, representando 24,4% da população idosa do país. Na faixa entre 60 e 69 anos, o avanço é ainda mais expressivo: 34,2% estavam em alguma atividade, e entre os homens esse índice alcança quase metade (48%). O crescimento, impulsionado tanto pela necessidade quanto pela longevidade maior e pelos efeitos da reforma da Previdência, revela uma geração que permanece ativa e produtiva.

    Ao mesmo tempo, o estudo Oldiversity, da Croma Consultoria, mostra que a geração 60+ combina consciência do envelhecimento com autonomia e planejamento. Segundo os dados, 92% dos respondentes 60+ afirmam se preocupar com a própria manutenção no futuro, e 91% dizem se preparar para não perder qualidade de vida à medida que envelhecem. Essa postura ativa, no entanto, enfrenta barreiras persistentes: 87% acreditam que empresas discriminam pessoas mais velhas nos processos seletivos, evidenciando que, apesar do avanço na ocupação, o etarismo ainda limita oportunidades.

    Para Edmar Bulla, fundador da Croma Consultoria, “os mais velhos continuam se preocupando muito em como se manter produtivos, tendo em vista que estão cientes de que a população será composta em sua maioria por idosos no futuro. Além disso, os mais velhos mantêm forte intenção de investir na qualidade de vida, seja para não perder a condição que já mantêm atualmente ou para garantir isso nos próximos anos”, explica.

    O retrato do mercado de trabalho, segundo o IBGE, também revela mudanças importantes no perfil desse público. Apenas 17% dos idosos ocupados atuam com carteira assinada, enquanto 51% trabalham por conta própria ou como empregadores, cenário significativamente superior à média nacional. Apesar desse maior peso da informalidade, a renda média desse grupo é de R$ 3.561 mensais, o que supera em 14,6% o rendimento médio da população geral ocupada, mostrando o potencial econômico dessa faixa etária.

    O conjunto dos dados revela que o país vive um ponto de virada. A maturidade deixou de ser associada à inatividade e passou a representar um ciclo de reinvenção, contribuição econômica e protagonismo social. Reconhecer essa transformação e incluir o público 60+ de forma respeitosa, estratégica e livre de estereótipos é um passo essencial para empresas, comunicadores e para o próprio desenvolvimento do Brasil diante de sua nova realidade demográfica.

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