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Volatilidade ‘desconfortável’ faz S&P 500 fechar em +0,25%, e Ibov em -0,14%

Por aqui, governo pretende cortar o imposto de importação de aço – uma paulada nas ações das siderúrgicas nacionais.

Por Tássia Kastner
10 Maio 2022, 17h56
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 (Brenna Oriá/Fotos: Getty Images/Você S/A)
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Desconfortável. Foi assim que a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, definiu a volatilidade do mercado financeiro causada pela alta da taxa de juros nos EUA. Não tem remédio: os juros precisam subir, se os Estados Unidos quiserem baixar a inflação do maior patamar em quarenta anos.

O curioso é que, hoje, a volatilidade foi causada justamente pelas declarações de Loretta. As bolsas tinham começado o dia no azul após três pregões seguidos de queda. Até que a dirigente do Fed sinalizou com uma eventual alta mais agressiva na taxa de juros dos EUA.

Veja bem: na semana passada, o Fed promoveu a primeira alta de 0,50 ponto porcentual na taxa deles desde o começo dos anos 2000. Levou o juro para a faixa de E o mercado estava achando que a próxima, em junho, seria de 0,75 p.p. Meio ponto já era duro, e após o remédio amargo, Jerome Powell, o presidente do Fed, fez questão de dizer que aquele deveria ser o teto dos reajustes.

Hoje, a dirigente do Fed de Cleveland disse que os 0,75 p.p. poderiam ser tema da conversa caso a inflação continue a acelerar ao longo do segundo semestre. Assim, ela causou um surto coletivo no mercado, levando o sinal de + para – em Wall Street e no Brasil. Depois dela, outros dirigentes do Fed falaram – e ela voltou a público em tom mais ameno.

Em resumo: o surto passou, e o S&P 500 (+0,25%) e o Nasdaq (+0,98%) conseguiram um pregão positivo depois de três dias de queda. O índice Dow Jones e o Ibovespa não conseguiram a mesma façanha.

Por aqui, o ministério da Economia planeja uma nova rodada de redução de impostos de importação, uma medida para tentar amenizar os impactos da alta de preços. O anúncio deveria ocorrer na quinta, segundo o Valor Econômico.

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A mobilização em Brasília já veio, com o empresariado tentando provar ao governo que o aço brasileiro só não é mais barato que o russo (fora do jogo) e o chinês (que é subsidiado).

Baixar a alíquota seria inundar o mercado brasileiro com um produto mais barato, mas pelos motivos “errados”. Uma concorrência desleal.

Investidores decidiram que não pagariam para ver a força do lobby do setor. As cinco maiores quedas do dia foram de empresas de mineração e siderurgia. A Vale, líder da matilha, caiu 1,24%, cortesia do menor preço do minério de ferro em dois meses.

Nisso, o Ibovespa não conseguiu acompanhar o dia de trégua em Nova York. Fechou em baixa de 0,14%, a 103.110 pontos. O alívio veio do dólar, que cedeu 0,44%.

Até amanhã.

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Maiores altas

Banco Inter (BIDI11) 9,63%

Petz (PETZ3) 9,24%

Natura (NTCO3) 8,99%

CVC (CVCB3) 6,04%

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Alpargatas (ALPA4) 5,35%

Maiores baixas

CSN Mineração (CMIN3) -6,94%

Usiminas (USIM5) -6,04%

CSN (CSNA3) -5,45%

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Gerdau Metalúrgica (GOAU4) -5,09%

Gerdau (GGBR4) -4,21%

Ibovespa: -0,14%, a 103.110 pontos

Nova York

Dow Jones: -0,27%, a 32.160 pontos

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S&P 500: 0,25%, a 4.001 pontos

Nasdaq: 0,98%, a 11.738 pontos

Dólar: -0,44%, a R$ 5,1336

Petróleo

Brent: -3,28%, a US$ 102,46

WTI: -3,23%, a US$ 99,76

Minério de ferro: -2,34%, a US$ 126,88 por tonelada no porto de Qingdao, na China

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