Elon Musk ultrapassa Zuckerberg e se torna 3º mais rico do mundo
Sul-africano mandou um foguete ao espaço e viu as ações da Tesla dispararem após anúncio de inclusão da companhia no índice S&P 500.
Nos últimos dias, a vida do bilionário sul-africano Elon Musk está nas alturas – literalmente. Só de domingo até agora, Musk já enviou um foguete para o espaço e viu sua fortuna aumentar US$ 15 bilhões no intervalo de um dia.
É que, depois de dar o pontapé inicial no seu ambicioso projeto de comercializar voos regulares para o cosmos, através da SpaceX, empresa aeroespacial da qual é dono, ontem foi a vez de outra das suas companhias disparar igual a um foguete.
De volta à Terra, e depois de ter sido barrada na porta em setembro, a Tesla, companhia de carros elétricos da qual Musk detém 21% das ações, finalmente entrou para o S&P 500. Sua estreia no índice que mede as 500 maiores empresas americanas irá ocorrer, enfim, no dia 21 de dezembro.
A agência S&P, que administra o índice, fez o anúncio ontem depois que as bolsas fecharam. Mas, os investidores não quiseram nem esperar o sol raiar para ir às compras das ações da companhia. Ontem mesmo, no after-market, a Tesla subiu 14% na Nasdaq, onde a empresa está listada atualmente.
E os ganhos continuaram nesta terça-feira, fazendo a companhia terminar o dia nas alturas (+8,19%). Enquanto isso, quem enchia os bolsos era Musk. O sul-africano viu sua fortuna saltar para US$ 110 bilhões, de acordo com Índice de Bilionários da Bloomberg. E assim ele roubou o posto de Mark Zuckerberg de terceiro mais rico do mundo, dono de um patrimônio de US$ 104 bilhões.
A razão para o rali da Tesla não é simplesmente empolgação dos investidores. Além de mostrar que os tempos de falta de lucratividade consistente ficaram para trás, a inclusão da companhia de Musk no S&P 500 também vai forçar gestores profissionais a dar mais atenção para a empresa, muitas vezes evitada por conta da alta volatilidade.
Tem mais. Além de ser o índice das empresas de primeira linha de Wall Street, o S&P 500 também é uma escolha popular para os investidores medianos, que compram fundos negociados em bolsa (ETF). E agora esses fundos vão precisar comprar as ações da Tesla para garantir um espelho perfeito do índice americano.
O rali da Tesla até levou o Nasdaq para o campo positivo durante a tarde — mas durou pouco. Apesar do dia de glória para Elon Musk, hoje foi dia de baixa em Wall Street. É que depois do oba-oba de ontem, com a divulgação da eficácia da vacina da Moderna, hoje os investidores pisaram no freio e realizaram os lucros. Afinal, ainda vai demorar um bocado para o imunizante chegar para toda população.
Pesou também o fato de que as vendas no varejo americano, em outubro, decepcionaram e tiveram alta de apenas 0,3% — a projeção era de 0,5%. Com isso, o Dow Jones caiu 0,56%, para 29.783,95 pontos; o S&P 500 cedeu 0,48%, aos 3.609,60 pontos; e o Nasdaq recuou 0,21%, aos 11.899,34 pontos.
Foguete brasileiro
Por aqui, quem anda em alta meteórica é a Vale. A mineradora atingiu hoje a máxima histórica durante o pregão e chegou a ser negociada a R$ 68,10 por ação. É que ontem o BNDES realizou uma operação de vendas de ações da mineradora em larga proporção. Com isso, a Vale foi a empresa mais negociada da B3 e terminou a segunda-feira ganhando +2,64%.
A euforia com a mineradora se estendeu no dia de hoje e, com uma ajudinha do minério de ferro, que fechou em alta de +1,10% em Qingdao, a Vale teve o segundo pregão de alta, terminando a sessão lá em cima, em +3,16%.
No final, ainda levou todo o setor para o azul. CSN avançou +1,01%, Gerdau PN subiu +1,91%, Gerdau Metalúrgica PN teve alta de +1,14% e Usiminas +1,62%. Com a subida do bloco da siderurgia, o Ibovespa conseguiu se descolar do pessimismo dos pares gringos e terminar no azul, avançando 0,77%, aos 107.248,63 pontos.
Maiores altas
CVC: +9,62%
Hypera: +6,80%
Engie Brasil: +4.72%
BRF: +3,7%
Lojas Renner: +3.32%
Maiores baixas
Suzano: -3,41%
MRV Engenharia: -3,26%
NotreDame Intermédica: – 2,4%
Klabin: -1,99%
Natura: -1,62%
Dólar: queda de -1,97%, cotado a R$ 5,33
Petróleo
Brent: -0,14%, a US$ 43,76
WTI: +0,15%, a US$ 41,40