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Tensão pré-Fed domina nas bolsas, enquanto fator política ganha força

Na reta final da corrida eleitoral, o foco agora se divide entre o cenário político e as decisões dos bancos centrais.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 20 set 2022, 08h13 - Publicado em 20 set 2022, 08h12

Bom dia!

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Começa hoje a reunião do Fomc, o comitê de política monetária dos EUA. O evento é o mais aguardado da semana pelos investidores, que querem saber o quão agressivo o Fed está agora que a inflação se mostrou (de novo) mais forte do que o esperado. O consenso é que o banco central americano aumente as taxas em 0,75 ponto percentual e indique que as taxas permanecerão altas por mais tempo por lá. Os mais pessimistas esperam por um salto de 1 ponto percentual inteiro.

Isso, porém, só será divulgado amanhã, quando o segundo dia de reunião acabar. Até lá, a tensão reina: índices futuros americanos amanhaceram no vermelho nesta terça-feira.

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Por aqui, segue a mesma agenda o Copom, que deverá manter a taxa de juros em 13,75% ao ano. Não está totalmente descartado, porém, um novo aumento, que leve a taxa para os 14% – o próprio banco central chegou a fazer um aceno a essa opção, inclusive, embora a recente queda na inflação enfraqueça essa tese.

Até amanhã, então, resta o mercado esperar e especular. Enquanto isso, com as eleições batendo às portas, o fator política fica mais importante do que nunca. Ontem, o apoio de ex-presidenciáveis à candidatura de Lula foi bem recebido pelo mercado, principalmente porque incluiu Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central – e pai de teto de gastos (que Lula diz querer revogar). 

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A presença de Meirelles pode indicar um aceno ao mercado financeiro e aos empresários e também uma sinalização de responsabilidade do ponto de vista fiscal. É também uma tentativa de Lula de atrair o chamado voto útil e tentar levar a eleição logo no primeiro turno – também ontem a pesquisa Ipec reforçou que essa é uma possibilidade real, já que o petista conta com 47% das intenções de votos no primeiro turno contra 31% do presidente (52% vs 34% em votos válidos).

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Bolsonaro, por sua vez, fala hoje na abertura da 77ª Assembleia Geral da ONU, onde deverá focar justamente na questão econômica do Brasil.

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Bons negócios.

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humorômetro: o dia começou sem tendência definida
(Arte/VOCÊ S/A)

 

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Futuros S&P 500: -0,40%

Futuros Dow: -0,33%

Futuros Nasdaq: -0,47%

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às 8h02

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,62%

Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,04%

Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,68%

Bolsa de Paris (CAC): -0,76%

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*às 8h03

Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,12%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,44%

Hong Kong (Hang Seng): 1,16%

Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brent*: 0,20%, a US$ 92,18

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Minério de ferro: -1,44%, cotado a US$ 96,05 por tonelada em Cingapura

*às 7h47

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Passado incerto na Oi

A Oi vendeu sua operação de telefonia celular para TIM, Vivo e Claro por R$ 15,9 bilhões. Agora, as concorrentes dizem que pagaram um valor muito alto. A Oi recebeu uma cartinha pedindo um desconto de R$ 3,2 bilhões na bolada. 

O acordo previa que as compradoras segurassem 10% do valor total do acordo (R$ 1,5 bilhão), caso decidissem contestar o preço inicial. Foi o que aconteceu agora. Só tem um problema: a divergência foi maior que o previsto. Além de permanecerem com os 10% retidos, as operadoras querem que a Oi devolva R$ 1,7 bilhão do que já foi pago. A Oi diz que discorda e vai tomar as medidas cabíveis para evitar a devolução. 

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O mercado, claro, não gostou da ideia de ver mais um revés na recuperação judicial da Oi. As ações OIBR3 fecharam em baixa de 11,32%, a R$ 0,47

Vale a pena ler:

BCE verde

Num movimento categórico para combater as mudanças climáticas, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu limitar compras de títulos de longo prazo de empresas com má conduta ambiental. A classificação será feita a partir de um novo sistema de pontuação criado pela instituição para filtrar empresas poluidoras. A partir desse sistema, o BCE também passará a priorizar a compra de títulos de empresas verdes. A Bloomberg conta como essa decisão foi tomada. 

Doadores de campanha

Na lista de maiores doadores da corrida eleitoral de 2022, o agronegócio está ganhando disparado. Somados, nomes importantes do setor já doaram R$ 13 milhões para campanhas de candidatos ou partidos. Em segundo lugar, vêm os executivos do varejo, com R$ 12,9 milhões em doações, seguidos pelos empresários do setor energético, com R$ 11,6 milhões. O levantamento foi feito pelo jornal O Globo, que mostra os achados aqui.

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

10h Abertura da 77ª Assembleia-Geral da ONU com discurso de Jair Bolsonaro 

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