Taxação de offshores e estímulos na China pautam o Ibovespa
Além de uma série de dados americanos, a bolsa brasileira está de olho em Brasília e Pequim nesta reta final de agosto. Entenda.

Bom dia!
Sem uma agenda agitada, o Ibovespa segue de olho nas forças que vem pressionando-o em agosto. Nos EUA, onde as bolsas também têm tido um mês de desgosto até agora, uma série de dados devem dar o tom da semana, começando pelo relatório Jolts, de abertura de novas vagas no mercado de trabalho, que sai hoje às 11h. No mesmo horário, o índice que mede a confiança do consumidor americano é divulgado.
Na semana, o PIB americano (amanhã), bem como o índice de inflação PCE (quinta) e o relatório oficial de empregos, o payroll (sexta) completam a sequência de dados por lá. Em modo espera, Wall Street amanhece andando de lado nesta terça-feira.
Na China – que tem sido outra fonte de pessimismo, diga-se, com uma economia cambaleante e uma crise imobiliária à vista –, notícias de que mais estímulos podem vir do governo ajudaram a manter um certo bom humor e fizeram as bolsas asiáticas fechar no azul (veja abaixo). Desta vez, segundo a Bloomberg, são os bancões estatais do país que planejam medidas para estimular o consumo, incluindo redução nas suas taxas de depósito.
Já em Brasília, o foco segue nas medidas do governo para aumentar a arrecadação e cumprir com suas metas fiscais. O foco, desta vez, está em medidas para taxar o topo da pirâmide: taxação de offshores e fundos exclusivos.
Ontem, o Ibovespa subiu de olho nesta história. Isso porque o mercado vê com bons olhos uma medida que ajude na saúde financeiro do governo, mas, vale ressaltar, ninguém ainda acredita que o déficit pode ser zerado até o ano que vem, como quer a Fazenda.
De qualquer forma, a novela está longe de terminar, já que o projeto foi enviado ao Congresso, onde há maior resistência para esse tipo de medida. O ministro Haddad e Lira, presidente da Câmara, não parecem estar em sintonia sobre a pauta.
Bons negócios.

Futuros S&P 500: 0,05%
Futuros Nasdaq: 0,07%
Futuros Dow Jones: 0,02%
*às 7h49
O topo da pirâmide paga só 5,4% de imposto
Novos dados sobre impostos no Brasil reacenderam uma discussão antiga. O Sindifisco Nacional apurou o seguinte, a partir do IRPF 2022: para os contribuintes que ganharam mais de R$ 352 mil por mês no ano passado, o percentual de IR que incidiu sob rendimentos foi de 5,4%.
Para brasileiros PJ que recebem entre R$ 16,5 mil a R$ 22 mil, a alíquota média é de 11,25%. Aos CLTs, não custa lembrar, o que passar de R$ 4.664,68 leva a tunga de 27,5%.
A diferença entre as alíquotas não-CLT rola, em grande parte, pelo fato de que boa parte da renda do topo vem de dividendos, isentos de IR.
Nota: há imposto para dividendos no mundo todo. O Brasil é, de fato, exceção. Mas nos EUA, por exemplo, a classe média não paga. Entenda melhor aqui.
11h00 EUA: Divulgação do relatório Jolts de julho
11h00 EUA: Divulgação do índice de confiança do consumidor de agosto
- Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,53%
- Londres (FTSE 100): 1,61%
- Frankfurt (Dax): 0,41%
- Paris (CAC): 0,50%
*às 7h52
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 1,00%
- Hong Kong (Hang Seng): 1,95%
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,18%
- Brent: 0,77%, a US$ 85,07
- Minério de ferro: -1,04% a US$ 111,17 por tonelada na bolsa de Dalian (China)
*às 7h54

Drex: para que serve o real digital
O dinheiro já é digital, certo? Certo. Dá para passar o resto da vida sem jamais usar novamente uma cédula, você sabe. Então porque o furor todo com o Drex, o tal “real digital”? Entenda qual é a lógica por trás da coisa e o que ela realmente traz de novo, aqui, nesta reportagem da Você S/A.