Pedacinho do Nubank cai na mão – e na bolsa

7,5 milhões de clientes do banco roxo podem virar também seus acionistas. Papel vale 55% menos que na estreia.

Por Júlia Moura
9 dez 2022, 06h10
nubank
 (Caroline Aranha/Fotos: Getty Images e Nubank/Reprodução/VOCÊ S/A)
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Há um ano, o Nubank decidiu dar a seus clientes um “pedacinho” de si próprio. Era uma ação de marketing para promover o IPO do banco digital e ainda ajudar na captação de mais clientes para a corretora da casa, a NuInvest. Cada pedacinho era um BDR (NUBR33) do banco, que valia R$ 8,36. 7,5 milhões de clientes aceitaram o presente. Mas ele vinha com uma condição: era preciso esperar um ano para de fato virar o dono daquele papel.

Virou um presente de grego. No fim de novembro, cada BDR era negociado a R$ 3,77, um tombo de 55% em relação ao IPO, que rolou em 9/12/2021. No mesmo período, o S&P 500 caiu 15%, e o Ibovespa subiu 2,34%. Além disso, os analistas não têm boas perspectivas para as ações. O J.P. Morgan tem recomendação de venda para o papel, enquanto o BTG Pactual se mantém neutro.

Para o pequeno investidor, dá para vender e colocar o trocado no bolso até o dia 9 de dezembro sem se preocupar com burocracias. Quem optar por se desfazer do papel terá, em até 30 dias úteis, o valor referente à cotação média do BDR nos 15 dias anteriores ao pagamento depositados em sua NuConta – sem necessidade de uma corretora. Na prática, é como se eles nunca tivessem tido a posse do papel. Nem precisa declará-lo no Imposto de Renda.

Agora, o pulo do gato da estratégia. Quem opta por ficar com o BDR a partir do dia 9/12, precisa criar uma conta na NuInvest – ou seja, passa a ser cliente da corretora. Dá para mandar o BDR para uma corretora concorrente? Dá. Mas é preciso solicitar a portabilidade por um formulário.

Manter o BDR significa também declarar o pedacinho no Imposto de Renda do próximo ano. 

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Se depois de aceitar o BDR você mudar de ideia e decidir vender, também precisa fazer a declaração. Em caso de prejuízo, não há incidência de imposto. Em caso de lucro, como sempre, há uma alíquota de 15%. E, diferentemente de ações, não há isenção para ganhos para transações de R$ 20 mil no mês no mundo dos BDRs. Nota: o eventual lucro não conta a partir dos R$ 8,36 lá do IPO, mas a partir da cotação do BDR quando ele cair na conta, o que também pode levar até 30 dias úteis. 

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