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Minério de ferro faz o Ibovespa fechar a semana em alta

Bolsa sobe 1,39% nesta sexta e fecha a semana em alta de 1,46%. Lá em Wall Street, trevas: S&P 500 encara sua sétima semana seguida no negativo.

Por Juliana Américo
Atualizado em 20 Maio 2022, 17h36 - Publicado em 20 Maio 2022, 17h30

O setor de mineração garantiu mais um dia de alta para o Ibovespa: de 1,39%. Ontem, foi o mercado aproveitando a baixa do segmento para comprar barato. Hoje, os agradecimentos podem ir direto para a China, cujo banco central reduziu sua taxa de juros – de 4,60% para 4,45%.

A decisão surpreendeu o mercado, afinal vai na contramão dos bancos centrais dos outros países, que estão aumentando juros para conter a inflação. O objetivo do governo chinês é, claro, reaquecer a economia, que perdeu força com os lockdowns. 

A medida ajuda a reduzir os financiamentos imobiliários. E falou em imóvel, falou em minério de ferro. A construção civil é uma importante consumidora de aço, o que fez com que o preço da commodity disparasse 5% na bolsa de Cingapura. A alta não passou despercebida pelas mineradoras e siderúrgicas brasileiras, claro. A CSN se destacou (de novo), com valorização de 4,87%. Na soma dos dois últimos dois pregões, os papéis da companhia já subiram 12%. 

Ladeira a baixo 

Wall Street, por outro lado, encerrou uma semana turbulenta com mais uma varejista decepcionando. Depois da Target e do Walmart, chegou a vez da Ross Stores. Após o pregão de quinta, a empresa divulgou receita de US$ 4,3 bilhões, contra os US$ 4,5 bi projetados pelo mercado; além de uma queda de 7% nas vendas. Os papéis da companhia desabaram 22%.

O pessimismo dos investidores pegou depois que os resultados mais fracos do que o esperado confirmaram que as empresas estão tendo dificuldade de repassar os custos cada vez mais altos para os consumidores. E a redução das margens mina o valor dos negócios. Mais um dos males que a inflação traz. 

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Por hoje, o S&P 500 conseguiu se manter estável (0,01%). Mas a semana foi feia: o índice desvalorizou 3%. Esta é a sétima perda semanal consecutiva – não se via uma sequência de perdas tão longa desde 2001 (exato, há mais de 20 anos). 

No ano, o principal índice americano acumula perda de 18%. A Nasdaq, que reflete o (péssimo) desempenho das empresas de tecnologia, pior ainda: 27%. 

No Ibovespa, menos mal. 2022 está no azul, ainda que de leve: alta de 4%.

Fica a dica, Elon.

Bom final de semana.  

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Maiores altas

IRB (IRBR3): 6,56%

Ecorodovias (ECOR3): 5,48%

Hypermarcas (HYPE3): 4,98%

CSN (CSNA3): 4,97%

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Gerdau (GGBR4): 3,36%

Maiores baixas

Petz (PETZ3): -5,17%

Méliuz (CASH3): -5,34%

Banco Pan (BPAN4): -3,64%

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Embraer (EMBR3): -1,86%

Magalu (MGLU3): -1,61%

Ibovespa: 1,39%, a 108.487 pontos

Em NY:

S&P 500: 0,01%, a 3.901pontos

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Nasdaq: -0,30%, a 11.354 pontos

Dow Jones: 0,02%, a 31.260 pontos

Dólar: -0,87%, a R$ 4,8740

Petróleo

Brent: 0,46%, a US$ 112,55

WTI: 0,35%, a US$ 110,28

Minério de ferro: 5,96%, US$ 134,05 no porto de Cingapura

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