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Ibovespa não acompanha recuperação de NY: -0,22%. MGLU3 resmunga com dados do varejo

GGBR4 e CSNA3 caem forte com minério em baixa. PRIO3 e PETR4 sobem na esteira do petróleo. E PETZ3 abana o rabo com um anúncio bem recebido pelo mercado.

Por Bruno Vaiano
Atualizado em 14 set 2022, 17h44 - Publicado em 14 set 2022, 17h37
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 (Brenna Oriá/Fotos: Getty Images/VOCÊ S/A)
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Depois da sangria desatada de ontem – a inflação americana acima do esperado em agosto causou o maior tombo nos índices de Wall Street desde junho de 2020 –, o clima é de rescaldo no mercado financeiro. Tanto a B3 quanto a NYSE e a Nasdaq tiveram um pregão manso, com leves oscilações entre o verde e o vermelho.  

Por aqui, as perdas do Ibovespa aceleraram às 14h e o índice fechou em – 0,22%. Nos EUA, o movimento foi oposto da metade do dia em diante: S&P 500 e Nasdaq, então, fecharam em alta (0,34% e  0,74%). 

O que ajudou a colocar rédeas na liquidação incendiária de ontem foi a divulgação, hoje, de outro número do Tio Sam, o PPI – sigla em inglês de “índice de preços ao produtor”. 

Essa é a inflação ao longo da cadeia de suprimentos, e leva em consideração todas as etapas da fabricação dos produtos, das commodities ao preço pelo qual os varejistas adquirem suas mercadorias antes de revendê-las ao público. Ou seja: quando os preços desaceleram no PPI, a tendência é que, nos meses seguintes, role algum alívio nas gôndolas. 

O PPI de agosto veio dentro do esperado: caiu 0,1% de julho para agosto (trata-se da segunda queda consecutiva: de junho para julho, foram -0,4%). Considerando os últimos doze meses, a alta no PPI é de 8,7% – ainda um bocado em termos absolutos, mas representa uma desaceleração sobre os 9,8% de julho. 

O impacto desse número no pregão só não foi lá essas coisas porque o core (“núcleo”) do PPI – um dado que exclui preços de setores mais voláteis (energia e alimentos) – subiu 0,2% em agosto em relação ao mês anterior. Tanto os investidores como o Fed acompanham o core com mais afinco que o índice cheio, porque ele é um termômetro melhor para tendências de longo prazo e problemas econômicos estruturais. Ou seja: se o core vier capenga, nada feito. (Na comparação anual, a propósito, esse número subiu 5,6% em agosto vs. 5,8% em julho.)

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E nos juros gringos? Vem aí uma alta de 1 ponto percentual cheio na taxa básica de juros dos EUA? A ver. Haja remédio para insônia na zona sul de Manhattan. 

Brasil

Por aqui, foi dia de saber o desempenho do varejo em julho. E ele foi ruim, arremessando o Magazine Luiza (MGLU3, -4,89%) para o seu cantinho já habitual no ranking de baixas. 

O volume e a receita caíram respectivamente 0,8% e 1,6% de junho para julho. Na comparação anual, de julho de 2021 para julho deste ano, as quedas em volume e receita foram de 5,2% e 10,3%. As outras varejistas do trio de ferro também caíram (VIIA3, -4,14% e AMER3, -1,88%). 

O minério continua seu calvário com a desaceleração da economia chinesa: com queda de -2,94% na bolsa de Cingapura, Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3) figuraram no top 5 de baixas. A Vale foi a “menos pior” da turma, encerrando o pregão em -1,83%. 

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Quem segurou a barra foi o petróleo. O barril abriu o dia em alta, e a inércia dessa notícia propiciou um bom pregão para a Petrobras (PETR4, 1,53%) e as demais integrantes do bloco carioca Unidos do Ouro Negro. 

Na hora do almoço, vale dizer, o Brent desacelerou com o anúncio dos estoques nos EUA (DoE): o número de barris armazenados da semana passada para cá aumentou 2,4 milhões contra a previsão de 1 milhão, sinal de que a demanda não está lá essas coisas. Mas a PetroRio (PRIO3) e se manteve na estratosfera: fechou o dia em alta de 4,66%. 

Ela só não ficou na liderança do ranking de altas porque rolou uma notícia boa pra cachorro.

Literalmente pra cachorro: na terça (13), a Petz (PETZ3) contou para os jornalistas que vai contratar Massanori Shibata, ex-vice presidente da NotreDame Intermédica, para cuidar dos serviços de medicina veterinária da varejista e expandi-los. Como o mercado de saúde de pets tem um futuro mais do que promissor, os investidores ficaram felizes como goldens e malteses: alta de 6,53% e a pole position desta quarta. 

Bom descanso!

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Maiores altas

Petz (PETZ3): 6,53%
PetroRio (PRIO3): 4,66%
Iguatemi (IGTI11): 4,10%
Cogna Educação (COGN3): 3,66%
Natura (NTCO3): 3,47%

Maiores baixas

IRB Brasil (
IRBR3): – 5,60%
Magalu (MGLU3): – 4,89%
Via (VIIA3): – 4,14%
CSN (CSNA3): – 3,77%
Gerdau (GGBR4): – 3,63%

 

Ibovespa:  – 0,22%, a 110.646 pontos

 

Em NY:

S&P 500: 0,34%, a 3.946 pontos

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Nasdaq: 0,74%, a 11.719 pontos

Dow Jones: 0,10%, a 31.135 pontos

 

Dólar: – 0,18%, a R$ 5,17

 

Petróleo

Brent: 1,00%, a US$ 94,10 o barril

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WTI: 1,38%, a US$ 81,41 o barril

 

Minério de ferro: – 2,94%, a US$ 100,55 a tonelada, na bolsa de Cingapura

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