Ibovespa fecha semana altamente volátil na máxima do ano: 115.310 pontos
Mercado deixa a guerra de lado após conversa de Biden e Xi, e índices americanos têm melhor performance desde 2020.
Guerra, pandemia, inflação, Fed, Copom, petróleo, minério de ferro… Tudo isso pipocou no noticiário econômico da semana, ajudando a explicar o sobe e desce do Ibovespa. O índice passou os últimos dias bastante instável, chegando a cair aos 108 mil pontos na terça, com a notícia dos lockdowns chineses. Mas, no estilo vol é vida, o bom humor prevaleceu e o Ibov terminou a semana com alta de 1,98%, aos 115 mil pontos – o maior patamar atingido pelo índice no ano. Só não foi melhor que a performance dos índices americanos, que tiveram a melhor semana desde novembro de 2020.
Nisso, o otimismo prevaleceu e as bolsas americanas tiveram a melhor performance semanal desde 2020. O S&P 500 terminou a semana com alta de 6,1%, o Dow Jones subiu 5,5% e o Nasdaq, impressionantes 8,2%. As big techs deram uma ajuda e tanto: ações da Meta (ex-Facebook) subiram 15% na semana, as da Amazon 11% e as da Microsoft, 7,3%.
O sentimento geral do mercado é que a economia dos EUA vai muito bem, obrigado, a ponto de passar pelo ciclo de aumento de juros anunciado pelo Fed sem sangrar tanto assim.
O banco central americano aumentou os juros no país na quarta-feira, e já adiantou que outros seis aumentos ocorrerão no resto do ano. A medida visa controlar a inflação, a maior em 40 anos no país e que vinha aterrorizando o mercado. O diagnóstico final é que os preços finalmente devem começar a baixar, e nem por isso a economia vai ladeira abaixo junto. Nisso, investidores foram às compras essa semana prevendo esse melhor cenário.
Ibovespa
Por aqui, o sentimento também foi de bom humor, influenciado pelos americanos e também pelas altas nos preços das commodities no mercado internacional. Os ganhos foram generalizados: só 9 ações fecharam no vermelho. Na semana, o Ibovespa subiu 3,22% e atingiu sua máxima do ano, passando dos 115 mil pontos.
Os papéis da Petrobras subiram 2%, seguindo a alta do petróleo nos mercados internacionais e também porque a estatal divulgou um comunicado em que reafirma a importância de manter os preços no país alinhados com o exterior, reforçando a independência de sua política de preços enquanto o presidente Bolsonaro insiste em continuar ameaçando interferência.
O dólar, por sua vez, também passou uma semana voltátil, atingindo os R$ 5,16 e fechando hoje aos R$ 5,01, graças ao fluxo de capital estrangeiro para o Brasil.
Sextou! Até segunda-feira.
Maiores altas
YDUQS (YDUQ3): 11,13%
CVC Brasil (CVCB3): 9,80%
Eneva (ENEV3): 9,72%
MRV (MRVE3): 9,69%
Americanas (AMER3): 9,46%
Maiores baixas
Fleury (FLRY3): -2,14%
Minerva (BEEF3): -1,11%
Pão de Açúcar (PCAR3): -0,57%
CSN (CSNA3): -0,47%
TIM (TIMS3): -0,37%
Ibovespa: 1,98%, aos 115.310 pontos
Em Nova York
S&P 500: 1,17%, aos 4.463 pontos
Nasdaq: 2,05%, aos 13.893 pontos
Dow Jones: 0,78%, aos 34.749 pontos
Dólar: -0,37%, a R$ 5,0158
Petróleo
Brent: 1,21%, a US$ 107,93
WTI: 1,42%, aUS$ 103,09
Minério de ferro: 3,44%, cotado a US$ 150,05 por tonelada no porto de Qingdao (China)