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Gol e Azul sobem forte com renascimento dos aeroportos – nos EUA.

Março registra recorde de passageiros no pós-pandemia nos Estados Unidos, e levanta aéreas no mundo todo. “Mini-privatização” da Copel também agita a B3.     

Por Alexandre Versignassi
Atualizado em 18 out 2024, 09h34 - Publicado em 15 mar 2021, 18h39
aviao
 (Laís Zanocco/VOCÊ S/A)
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Num dia morno, com alta de 0,60% do Ibovespa, a companhia dos aviões laranjas subiu 5,66%. A dos aviões da cor do mar, 4,16%. Mas não por algo que tenha a ver diretamente com a Gol ou a Azul, nem com o Brasil.   

A culpa é da Transportation Security Administration (TSA), a agência governamental americana que cuida da segurança dos aeroportos dos EUA. No final de semana, eles anunciaram que 1,35 milhão de pessoas embarcaram em voos comerciais nos Estados Unidos. Trata-se do maior número desde 15 de março de 2020, há exato um ano atrás, quando registrou-se 1,51 milhão de passageiros.   

Esse número da sexta é o maior de 2021 – maior até que o do domingo de retorno do Ano Novo (1,32 milhão). Dos primeiros 14 dias de março, nove viram um fluxo diário de passageiros acima da marca de um milhão de passageiros. Quando a pandemia estava no início, em abril de 2020, havia apenas 90 mil pessoas por dia nos aeroportos dos EUA.    

O CEO da Delta, terceira maior aérea dos EUA, também ajudou a inflar o humor dos investidores. Em um evento do JP Morgan com líderes da indústria, ele disse que a empresa passou a receber um fluxo maior de passageiros nas últimas semanas. E que deve fechar o mês de março “bem próxima do breakeven” – ou seja, sem lucros, mas também sem prejuízo. Como as perdas foram a grande constante das aéreas nos últimos 12 meses, é uma senhora notícia. E as três maiores aéreas dos EUA fecharam assim: 

American: 7.70%

United: 8,26%

Delta: 2,33%

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Copel

Outro destaque foi a elétrica paranaense. Motivo: na última quinta (11), a Copel anunciou mudanças em seu estatuto. A principal delas é a adequação da empresa ao chamado “nível 2 de governança corporativa” da B3. 

Há cinco níveis. Dois são para pequenas e médias empresas. Para as grandes, que é o que interessa neste caso, temos o Nível 1, o Nível 2 e o Novo Mercado. 

Cada um deles representa a concordância com regras acima da Lei, que em geral visam tornar uma empresa de capital aberto mais transparente para o mercado. Para ganhar o selo “Nível 1”, a empresa precisa ter pelo menos 25% de suas ações circulando livremente pelo mercado (em oposição a ficar com a família controladora, por exemplo). Quanto maior a fatia de ações na bolsa, afinal, maior tende a ser o compromisso da empresa em dar satisfações aos acionistas. Outra obrigação do Nível 1 é a divulgação antecipada do calendário de eventos corporativos, como as datas de divulgação de balanço.   

No Nível 2, o conjunto de obrigações aumenta. Se os controladores da empresa decidirem fechar o capital (ou seja, tirar a companhia da bolsa) devem fazer uma oferta de recompra aos acionistas que ficaram na mão por um valor justo – a ser determinado por uma auditoria externa, e não pela própria companhia. 

O Novo Mercado, por fim, é basicamente o Nível 2 com o adendo de que todas as ações em circulação precisam dar direito a voto nas assembléias de acionistas – devem ser todas “ordinárias” (ON). A maior parte das empresas do Índice Bovespa, o das 74 maiores companhias de capital aberto da B3, está nesse patamar.

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Não será o caso da Copel, que ainda terá em circulação ações PN, que não dão direito a voto. Mas… Tem um pulo do gato. A Copel tem menos de 25% de suas ações circulando livremente (em “free float”, como diz o jargão). Para chegar no número mágico, o maior acionista terá de vender uma parte de sua participação. E este grande acionista é o governo do Paraná, que detém 58% das ações com direito a voto.

Ou seja: a migração para o Nível 2 será uma “mini-privatização” da companhia. E taí uma palavra que o mercado gosta. Resultado: a alta nada morna daqui de baixo. 

Até amanhã.

MAIORES ALTAS

Copel: 7,30% 

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Gol: 5,66%

Azul: 4,16%

Totvs: 3,83%

Via Varejo: 3,73%

MAIORES BAIXAS

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CSN: – 4,76%

Magalu: – 3,46%

PetroRio: – 2,90%

B3: – 2,78%

IRB: – 2,58%

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Ibovespa: 0,60%, a 114.851 pontos

Em NY: 

S&P 500: 0,64%, a 3.968 pontos

Nasdaq: 0,64%, a 13.459 pontos

Dow Jones: 0,53%, a 32.952 pontos

Dólar: 1,44%, a R$ 5,63

Petróleo

Brent: – 0,49%, a US$ 68,88

WTI: – 0,34%, a US$ 65,39  

  

   

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