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Futuros de NY voltam do feriado em queda; treasuries sobem

Na Europa, BCE adota tom hawkish e inflação alemã se mostra persistente. À noite, China divulga PIB, produção industrial e taxa de desemprego.

Por Camila Barros
16 jan 2024, 08h17

Bom dia! 

Wall Street volta do Dia de Martin Luther King, feriado que manteve as bolsas fechadas ontem, em tom de cautela. No pré-mercado, os futuros cedem (veja abaixo). 

Enquanto isso, quem sobe são os títulos públicos americanos, os treasuries. Títulos com prazo de 10 anos, utilizados como referência pelo mercado, voltaram a habitar a casa dos 4%, maior patamar em uma semana. 

Ruim, claro, para a renda variável, que se torna menos atrativa quando os papéis do governo estão pagando bem. 

Vale uma breve recapitulação: o pico mais recente aconteceu em outubro de 2023, quando a rentabilidade dos títulos chegou próximo aos 5%. De lá para cá, eles estiveram em trajetória de queda, alcançando o patamar dos três-e-tanto (a mínima recente rolou em dezembro, a 3,7%). 

A desidratação dos títulos foi patrocinada pela crença de que o ciclo de alta de juros nos EUA (e, por extensão, no mundo) deve acabar em breve. Atualmente, 66% dos agentes de mercado apostam no corte de 0,25 pp na reunião do Fed de março, segundo dados do CME. 

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Hoje, o movimento de busca por segurança indica menos confiança nessa tese. O ceticismo tem raízes na Europa: no Fórum Econômico em Davos, o vice-presidente do BCE disse que ainda é cedo para cantar vitória contra a inflação

Já o presidente do BC alemão afirmou que cortes de juros só devem entrar na pauta só no fim do primeiro semestre. Divulgada hoje, a inflação anual do país em dezembro ficou em 3,7%. O número veio dentro do que era esperado, mas ainda assim representa uma aceleração em relação aos 3,2% em novembro.

Nos EUA, os investidores ficam de olho no discurso de Christopher Waller, diretor do Fed, em evento às 13h. O objetivo é entender se a instituição fará coro ao tom hawkish de seus pares europeus ou manterá a postura dovish que estimulou o frenesi de otimismo do final de 2023. 

Fora da agenda macro, o foco hoje é na divulgação de resultados de dois bancões americanos: Morgan Stanley e Goldman Sachs, ambos antes da abertura do mercado. 

Do outro lado do globo, às 23h, a China divulga uma porção de dados importantes: PIB, produção industrial e índice de desemprego. Juntos, eles ajudarão a atualizar a percepção da economia chinesa, que tem sofrido com a desaceleração do crescimento e aumento do desemprego. 

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Bons negócios.

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Humorômetro - dia com tendência de baixa

S&P 500: -0,58%

Nasdaq: -0,72%

Dow Jones: -0,49%

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Agenda

Dia todo, Suiça: Fórum Econômico Mundial reúne líderes em Davos

09h, Brasil: IBGE divulga volume de serviços de novembro

13h, EUA: Christopher Waller, diretor do Fed, discursa

17h20, Brasil: Fernando Haddad participa de evento do Banco do Brasil em Brasília

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23h, China: PIB do quarto trimestre

Europa

                                  • Índice europeu (Euro Stoxx 50): -0,46%
                                  • Londres (FTSE 100): -0,52%
                                  • Frankfurt (Dax): -0,57%
                                  • Paris (CAC): -0,47%

                                  *às 8h05

                                  Fechamento na Ásia

                                        • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,61%
                                        • Hong Kong (Hang Seng):-2,16%
                                        • Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,79%

                                        Commodities

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                                                                                        • Minério de ferro: 0,64%, a US$ 131,71 na bolsa de Dalian, na China

                                                                                        *às 8h06

                                                                                        Vale a pena ler:

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