China flexível e lucro da Petro pavimentam alta do Ibovespa

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O Ibovespa ganhou mais um sinal positivo para fechar a semana em alta. A China estaria começando a flexibilizar sua política de Covid zero, o que levou a uma disparada de mais de 4% no minério de ferro, das bolsas chinesas e ainda do petróleo, que vai se reaproximando dos US$ 100. O bom humor se espalhou para a Europa e colocar os futuros americanos no azul.

A Bloomberg noticiou que estaria em estudo o fim das punições a companhias aéreas, que ainda sofrem com restrições a voos porque supostamente transportam, além de passageiros, a Covid.

Vale dizer que o governo chinês negou qualquer mudança na sua estratégia de controle da doença, e que as coisas andam estranhas lá no gigante asiático. Essa semana, o público da Disney Xangai ficou preso dentro do parque até apresentarem um teste negativo de Covid.

A Bloomberg também afirmou nesta sexta que as inspeções de empresas chinesas listadas em Nova York progrediram de forma mais rápida que o previsto inicialmente. O procedimento era considerado um pré-requisito para manter companhias chinesas listadas em Nova York, em mais um dos capítulos da “guerra fria” que vem sendo travada entre os dois países. As duas notícias fizeram as bolsas disparar (veja abaixo).

E tudo isso colocou as commodities em uma toada mais positiva. O minério subiu  4,91%, a US$ 91,79 a tonelada na bolsa de Dalian, um reflexo de que o mercado espera um aumento de demanda lá na Ásia.

Boa notícia para a Vale (VALE3), cuja queda das ações foi uma das responsáveis pela escorregada do Ibovespa ontem.

Além do sinal positivo da Vale, o mercado financeiro deve celebrar o lucro de R$ 46,1 bilhões da Petrobras no terceiro trimestre. Trata-se de uma alta de 48% na comparação com o mesmo período de 2021, e uma queda de 15,2% ante o segundo trimestre. Por sinal, quase todo esse lucro irá para o bolso do acionista de PETR4 e PETR3 na forma de dividendos. O resultado superou as estimativas do mercado, e as ADRs da estatal negociadas em Nova York subiam 2,45%.

Se existe jeito melhor de sextar, desconhecemos. Bons negócios.

Futuros S&P 500: 0,78%

Futuros Dow: 0,62%

Futuros Nasdaq: 0,81%

às 7h48

Índice europeu (EuroStoxx 50): 1,54%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 1,10%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 1,41%

Bolsa de Paris (CAC): 1,85%

*às 7h48

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 3,27%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): -1,68%

Hong Kong (Hang Seng): 5,36%

Brent*: 2,65%, a US$ 97,18

Minério de ferro: 4,91%, a US$ 91,79 a tonelada na bolsa de Dalian

*às 7h45

Moderna sem Covid

Depois da queda nas vendas da vacina de Covid-19, a Moderna reportou um lucro líquido de US$ 1,04 bilhão no terceiro trimestre – redução de 68% em um ano. A empresa viveu seus dias de glória durante a pandemia: o CEO, Stephane Bancel, entrou para a lista de bilionários da Forbes no começo de 2020. No pico de sua fortuna, ele teve um patrimônio avaliado em US$ 15 bilhões. Mas a queda foi rápida. Em 2022, o valor já caiu em 75%, para US$ 3,7 bilhões. 

A Moderna fabricou a segunda vacina mais popular contra a Covid nos EUA. A Pfizer, líder de popularidade, registrou números acima das expectativas no 3º trimestre desde ano, graças às vendas da vacina específicas para a variante Ômicron do vírus. Ainda assim, a demanda está caindo, e ambas as empresas estão transferindo a atenção para novos produtos. 

Meta dobra a aposta no metaverso

A Meta apostou tudo no metaverso. E está sendo um fracasso. Zuckerberg não conseguiu convencer o público a aderir ao seu Second Life 2.0, e os resultados gráficos do empreendimento viraram chacota na internet. A ideia ambiciosa de criar um universo em realidade virtual também não convenceu os investidores: as ações da Meta caíram 74% em pouco mais de um ano. O natural, então, seria reavaliar os planos. Mas Zuckerberg dobrou a aposta, anunciando que vai aumentar “significativamente” os gastos com a divisão Reality Labs em 2023. Esta reportagem do Financial Times, traduzida pela Folha, conta qual foi a reação dos acionistas ao saberem da notícia. 

Como o Fed faz o que faz 

O Federal Reserve (ou Fed, para os íntimos) é o banco central norte-americano. Como os outros bancos centrais, o principal trabalho dele é controlar a inflação. Para isso, seu principal recurso é mexer na taxa de juros. Em momentos de alta nos preços, a regra é subir os juros (entenda porquê aqui). Mas isso não é coisa que se faz, sei lá, mudando os números de uma tabela de excel – apaga o 3%, coloca 3,75% e pronto. Este vídeo do Wall Street Journal ajuda a entender como o Fed chega nas taxas de juros que estabelece (e, no processo, ganha dinheiro).

9h30 EUA divulgam o payroll, relatório mensal de emprego

SLC Agrícola, após o fechamento do mercado