Mulheres empreendem, inovam e quebram barreiras em setores tradicionais

No Brasil, as mulheres representam atualmente apenas 33% do total de empreendedoras, mas essa realidade está mudando. A ascensão do empreendedorismo feminino tem se tornado um dos principais motores de inovação e diversidade no mercado, e com um bônus: está cada vez mais em evidência nos setores tradicionalmente dominados por homens.

Histórias inspiradoras de mulheres que desafiam o status quo estão se tornando cada vez mais comuns. Uma delas é a de Mariana Achutti, fundadora da Newnew, empresa focada em aprendizagem corporativa.

A trajetória de Mariana é um reflexo do impacto que o empreendedorismo feminino pode ter em setores críticos. Ela desenvolveu um modelo inovador que se diferencia pela abordagem de incentivo aos colaboradores para que eles sejam agentes de transformação dentro das organizações, promovendo uma cultura de inovação e adaptabilidade.

Outro exemplo é a Renata Nilsson, CEO e fundadora da PX Ativos Judiciais. Apesar de sua formação em Direito, ela resolveu empreender em uma nova vertente do Judiciário: na aquisição de créditos judiciais. No lugar de mirar sua carreira nos escritórios tradicionais de advocacia ou prestar um concurso público, ela fundou, em 2022, a PX Ativos Judiciais. A empresa nasceu com a proposta de democratizar o mercado de antecipação de créditos judiciais, e em três anos tem 4 mil processos ativos, alocando mais de 800 milhões em sua carteira.

Já a executiva Arine Rodrigues é dos nomes que trabalham em prol do mercado prateado no Brasil. Ela é fundadora e CEO do vida60mais, um hub de saúde voltado para a longevidade, que tem como pilar principal de atuação as trilhas educacionais para empresas que queiram se relacionar melhor com sua base de clientes 50+. Ela também é cofundadora da Silver Hub e co-realizadora do vida60+Expo – o maior evento de longevidade do Nordeste. Especialista em Longevidade pela FGV, Arine começou trabalhar e estudar o assunto em 2020 após reconhecer as inúmeras dificuldades que seus pais maduros encontravam mesmo sendo as principais bases financeiras e emocionais de sua casa.

No campo da saúde

Quer mais? Valéria Lins é cofundadora da Nandarê, uma clínica conceito de saúde integrada, em São Paulo; a empresária também cofundou a 3a Casa, uma empresa de geroarquitetura.

Valéria possui formação internacional adquirida por um programa sanduíche entre a Universidade de São Paulo e a University of Wisconsin. Com quase uma década de experiência em gerontologia e transformação em saúde, já liderou projetos para elevar a eficiência das principais operadoras de saúde no Brasil.

E, para parar por aqui, finalizamos com Daniele De Mari. Uma jovem de 25 anos, Daniele é hoje uma das principais executivas de inovação do país. Empreendedora e pesquisadora de neurociência, ela fundou a Neurogram a partir de sua pesquisa em Interfaces Cérebro e Computador (BCI) no Georgia Institute of Technology de Atlanta (EUA).

Ela ainda é Líder Estudar, da Fundação Estudar, e empreendedora residente em healthtech do Google for Startups.