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Produtividade não precisa ser torturante. Entenda como otimizar tarefas sem martírio

No livro “Produtividade do Bem”, o médico Ali Abdaal dá nada menos que 54 formas de gerir seu tempo priorizando emoções prazerosas em detrimento de colocar o sofrimento como uma virtude do esforço.

Por Luana Franzão
30 ago 2024, 17h00
Ilustração de homem correndo em cima de um relógio.
 (CSA Images/Getty Images)
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E

m um plantão na noite de Natal, quando ainda trabalhava como médico, Ali Abdaal se viu perdido em meio às demandas. Naturalmente, havia menos doutores no recinto – a maioria estava em casa aproveitando a data com a família, enquanto alguns poucos azarados cuidavam de quem precisava de cuidado.

Em momentos de alta cobrança, como nas épocas de provas da faculdade de medicina quando estudava na Universidade de Cambridge, Abdaal aumentou o ritmo das leituras, e a disciplina parecia o remédio para aumentar a produtividade. Desta vez, o método infalível não funcionou.

Desde que começou a atender como médico formado, ele se sentia aquém do que havia planejado para si. Mesmo com todo o esforço, não atendia às metas do dia. Seu humor definhava.

“Tive insônia, as amizades desapareceram, sumi para minha família. E continuei trabalhando cada vez mais”

Ali Abdaal, autor de "Produtividade do Bem"

Dá pra afirmar que quase todo mundo já teve um momento assim: por mais exausto que esteja, e mais esforço empenhado, parece que nada anda. E tudo o que você sabia sobre produtividade saiu pela janela.

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No livro “Produtividade do Bem”, o então médico frustrado conta como redescobriu a vida e a funcionalidade de forma mais saudável. E traz nada mais, nada menos que 54 formas de tentar aplicar a produtividade em sua rotina.

O médico defende hoje a “produtividade positiva”: uma forma de gerir seu tempo que priorize emoções prazerosas em detrimento de colocar o sofrimento como uma virtude do esforço.

“A teoria sugere um modo totalmente novo de compreender o papel das emoções positivas na nossa vida. Elas não são apenas sentimentos fugazes, indo e vindo sem maiores consequências. Elas são essenciais para nosso funcionamento cognitivo, nossas relações sociais e nosso bem-estar geral”, escreveu.

Emoções positivas são o combustível que abastece o motor do desenvolvimento humano

“Quando comecei a abandonar minhas obsessões com a disciplina, meus horríveis turnos começaram a melhorar, e logo meu humor passou a melhorar também”.

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Ali Abdaal diz que seu livro deve ser usado com parcimônia: o objetivo não é entregar sistemas de produtividade para ajudá-lo a fazer mais a qualquer custo. A ideia é aprender mais sobre si mesmo, o que você ama e o que o motiva de fato: criar mais tempo na sua rotina para ser feliz.

A esperança do autor é que os leitores encontrem alguns métodos que funcionam, descartando outros e trabalhando com sabedoria para ver os que os ajudam a se sentir bem e a fazer mais.

Entre brincadeiras, reflexões e experimentos, é hora de agilizar a lista de tarefas.

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(Arte/Imagem:Divulgação/VOCÊ S/A)

Confira abaixo um trecho do livro:

Página 19 – Introdução

Por que a produtividade positiva funciona

Quando comecei a aprender sobre a Teoria Ampliar e Construir, tive um vislumbre de uma maneira diferente de pensar sobre minha vida. Durante anos, pensei que ao simplesmente me esforçar mais eu conseguiria as coisas que desejava. Se eu quisesse ser um bom médico, a minha vida à frente seria definida por trabalho árduo e incansável.

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Agora eu enxergo as coisas de outra maneira. A teoria de Fredrickson sugere que as emoções positivas mudam a forma como o nosso cérebro funciona.

O primeiro passo é se sentir melhor. O segundo é fazer mais daquilo que é importante para nós.

“Mas por quê?”, eu me perguntava. Quanto mais leio, mais vejo que as explicações são variadas – e em alguns casos permanecem obscuras. Mas os cientistas começaram a encontrar algumas respostas.

Primeiro, sentir-se bem aumenta nossa energia. A maioria de nós já sentiu uma energia que não é estritamente física ou biológica, que não vem apenas do açúcar ou dos carboidratos, mas de uma mistura de motivação, foco e inspiração. 

É a energia que você sente quando está trabalhando em uma tarefa particularmente interessante, ou quando está cercado de pessoas inspiradoras. Essa energia tem muitos nomes diferentes. 

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Ela foi rotulada, por psicólogos, como energia “emocional”, “espiritual”, “mental” ou “motivacional”; por neurocientistas como “entusiasmo”, “vitalidade” ou “excitação energética”. 

Mas se os pesquisadores não conseguem chegar a um acordo sobre o nome, ao menos concordam que essa energia nos torna focados, inspirados e motivados para ir atrás dos nossos objetivos.

Então, qual é a fonte dessa energia misteriosa? A resposta curta: sentir-se bem. As emoções positivas estão ligadas a um conjunto de quatro hormônios — endorfina, serotonina, dopamina e oxitocina – frequentemente rotulados como “hormônios do bem-estar”.

Todos eles nos permitem fazer mais. A endorfina é liberada durante atividades físicas, estresse ou dor, e provoca sentimentos de felicidade e diminuição do desconforto — níveis elevados desse hormônio geralmente estão correlacionados com aumento de energia e motivação. 

A serotonina está ligada a certos itens, como regulação do humor, sono, apetite e sensação geral de bem-estar; ela sustenta nosso sentimento de satisfação e nos dá energia para realizar tarefas com eficiência. 

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A dopamina, ou hormônio da “recompensa”, está ligada à motivação e ao prazer, e sua liberação proporciona uma satisfação que permite mais tempo de concentração. 

E a oxitocina, conhecida como o hormônio do “amor”, está associada ao vínculo social, à confiança e à construção de relacionamentos, o que aumenta a nossa capacidade de nos conectarmos com os outros, melhora o nosso humor e, como consequência, tem impacto na nossa produtividade. 

Tudo isso significa que esses hormônios do bem-estar são o ponto de partida de um ciclo virtuoso. Quando nos sentimos bem, geramos energia, o que aumenta a nossa produtividade. Esta, por sua vez, leva a sentimentos de realização, que fazem com que nos sintamos bem de novo.

Em segundo lugar, sentir-se bem reduz o estresse. Além da Teoria Ampliar e Construir, Barbara Fredrickson desenvolveu o que os psicólogos chamam de “hipótese da anulação”. Fredrickson e seus colegas estavam interessados em décadas de pesquisa que mostravam que as emoções negativas provocam a liberação de hormônios do estresse, como a adrenalina e o cortisol.

Em curto prazo, isso não é um problema; esse mecanismo nos motiva a fugir do perigo. Mas, se vivenciarmos essas sensações negativas com demasiada frequência, ficamos muito ansiosos, e a nossa saúde física é prejudicada. A ativação contínua desses hormônios pode até aumentar o risco de desenvolver doenças cardíacas e hipertensão. Nada bom.

Fredrickson questionou-se sobre o outro lado da moeda: se as emoções negativas têm esses efeitos fisiológicos prejudiciais, então talvez as emoções positivas possam revertê-los. Será que sentir-se bem pode “reiniciar” o sistema nervoso e levar o corpo a um estado mais relaxado?

Para testar isso, Fredrickson elaborou um estudo bastante malicioso. Os pesquisadores disseram a um grupo de pessoas que elas tinham um minuto para preparar um discurso público que seria filmado e avaliado por seus pares. 

Sabendo que o medo de falar em público é praticamente universal, Fredrickson levantou a hipótese de que isso elevaria os níveis de ansiedade e estresse dos sujeitos. 

Foi o que aconteceu: as pessoas relataram sentir-se mais ansiosas, com aumento na frequência cardíaca e na pressão arterial. Em seguida, os pesquisadores designaram aleatoriamente os participantes para assistir a um de quatro filmes: dois que evocavam emoções moderadamente positivas; um terceiro, neutro; e um quarto, triste. E então mediram quanto tempo os participantes levaram para “se recuperar” do estresse. 

A descoberta foi intrigante. Em termos de frequência cardíaca e pressão arterial, participantes que assistiram aos filmes com emoções positivas levaram significativamente menos tempo para retornar ao estado inicial. E aqueles que assistiram ao filme que evocava tristeza levaram mais tempo para voltar aos níveis normais.

Essa é a “hipótese da anulação”: as emoções positivas podem “anular” os efeitos do estresse e de outras emoções negativas. Se o estresse é o problema, sentir-se bem pode ser a solução. 

Mas a implicação final da produtividade positiva — talvez a mais transformadora — vai muito além de qualquer tarefa ou projeto. Porque, em terceiro lugar, sentir-se bem enriquece a sua vida. 

Em 2005, uma equipe de psicólogos leu todos os estudos que pôde encontrar sobre a complexa relação entre felicidade e sucesso. Eles investigaram 225 artigos que envolveram dados de mais de 275 mil indivíduos. A pergunta deles: Como tantas vezes nos dizem, o sucesso nos torna mais felizes? Ou seria o contrário?

O estudo ofereceu evidências concretas de que tendemos a entender mal a felicidade.

Indivíduos que vivenciam com frequência emoções positivas não são apenas mais sociáveis, otimistas e criativos. Eles também fazem mais.

Essas pessoas trazem uma energia contagiante ao seu ambiente, demonstrando maior probabilidade de desfrutar de relacionamentos gratificantes, de conseguir salários mais altos e de realmente brilhar em suas vidas profissionais. 

Aqueles que cultivam emoções positivas no trabalho transformam-se em melhores solucionadores de problemas, em planejadores, pensadores criativos e empreendedores resilientes. Estão menos estressados, ensejam avaliações mais elevadas dos seus superiores e demonstram maior grau de lealdade para com as suas organizações.

Resumindo: o sucesso não leva a sentimentos positivos. Sentimentos positivos levam ao sucesso.

Página 101 – Parte 2

Desbloquear

Um dos vídeos mais estranhos que eu já vi se chama “How bad do you want it?” [Quanto você quer isso?]. Ele foi assistido quase 50 milhões de vezes.

O vídeo conta a história de um jovem que vai a um “guru” não nomeado e pede conselhos sobre como ficar rico. Eles combinam de se encontrar na praia, no dia seguinte, para que o guru dê a resposta.

Às 4h da manhã, o homem chega à beira-mar. “Entre na água”, diz o guru. O jovem obedece. “Um pouco mais”, diz o guru. O homem obedece. “Continue”, diz o guru. Ele continua entrando até que sua cabeça esteja totalmente submersa. 

De repente, o guru está ao lado do jovem, mantendo a cabeça dele abaixo da superfície. O jovem se debate violentamente, mas o velho o segura, só o soltando quando está prestes a se afogar. Enquanto o jovem ofega, com falta de ar, o velho diz: “Quando você quiser tanto o sucesso quanto quer respirar, então você terá sucesso”.

Há muita coisa nesse vídeo. Quem é o guru (e como exatamente alguém consegue esse cargo)? Por que o jovem está tão disposto a entrar no mar a pedido do referido guru — eles não acabaram de se conhecer? O mais curioso: por que há 20 mil comentários no vídeo, nos quais as pessoas dizem que ele mudou completamente suas vidas?

Hoje em dia, acho o vídeo surreal e um tanto deprimente. Mas na primeira vez que assisti a ele estava passando por uma crise de procrastinação debilitante — e pensei que aquilo poderia ajudar.

Quando lancei meu negócio, ainda trabalhando como médico iniciante, parecia que, por mais que tentasse, não conseguia me libertar do ciclo de adiar as coisas e lutar para recuperar o atraso. Eu não estava sozinho; a procrastinação atormentou mentes muito maiores que as minhas. Veja Leonardo da Vinci. 

Um contemporâneo que o viu pintar A última ceia escreveu que “ele ficava dois, três ou quatro dias sem tocar no pincel, mas passava várias horas por dia diante da obra, com os braços cruzados, examinando e criticando para si mesmo as figuras”.

Nesses momentos, os três energizadores — diversão, poder e pessoas — não são suficientes. Na Parte 1, exploramos como essas três forças podem nos ajudar a nos sentir bem no trabalho e na vida, aumentando nossa energia e nos ajudando a fazer mais daquilo que é importante para nós. Mas, por si só, elas não são tudo. 

À medida que o meu negócio crescia, percebi que, por mais que integrasse os energizadores na minha vida, ainda poderia ficar preso por causa de outra coisa — a procrastinação.

Quando a procrastinação se torna um problema para mim, muitas vezes fico tentado a recorrer a hacks óbvios, como o daquele vídeo esquisitão. Se você está procrastinando, o vídeo diz, é porque não está motivado o suficiente. E, se tivesse motivação suficiente, se ao menos quisesse ter sucesso tanto quanto quer respirar, esse sucesso aconteceria.

Chamo essa solução para a procrastinação de “método de motivação”. É muito comum. E é um nonsense completo.

O problema com o método de motivação é muito simples. Muitos de nós queremos fazer as coisas com as quais nos debatemos. Sentimos que temos motivação suficiente, mas existem barreiras que se interpõem no nosso caminho — restrições de tempo e financeiras, responsabilidades familiares, problemas de saúde física e mental, entre inúmeras outras coisas. 

É evidente que a motivação não basta. E dizer às pessoas para “sentirem-se mais motivadas” não é apenas inútil, é potencialmente prejudicial, contribuindo para a sensação de paralisia que, para começo de conversa, causou a procrastinação.

Então, quando a motivação falha, para onde corremos? Quando não há a obsessão para apontar se você realmente está motivado, muitos conselhos se voltam para outro princípio: disciplina. 

Simplificando, disciplina é quando fazemos coisas que não temos vontade de fazer. É o oposto da motivação; é agir apesar de quão desmotivado se está. Se você estiver tentando sair para correr, uma resposta motivada seria: “Tenho vontade de correr, porque quero vencer a maratona mais do que quero descansar hoje”. Uma resposta disciplinada seria: “Vou correr independentemente de como me sinto a esse respeito”.

É o modo Nike de fazer as coisas — “Just do it” [Vai lá e faz].

Sou um pouco mais simpático ao método da disciplina do que ao da motivação. A disciplina pode ser útil. Às vezes não tenho vontade de ir trabalhar de manhã, mas vou mesmo assim. Talvez isso seja disciplina.

Mas esta narrativa está incompleta. Se está adiando a redação daquele discurso que está planejando, não necessariamente você não é disciplinado o suficiente para tal. 

Pode haver algo mais acontecendo abaixo da superfície, algo que está impedindo-o, e a narrativa da disciplina não se importa com o que isso possa ser. Ela só faz você se sentir mal consigo mesmo. Nas palavras do professor de psicologia Joseph Ferrari, 

“Dizer ao procrastinador crônico ‘Vai lá e faz’ seria como dizer a uma pessoa clinicamente deprimida: ‘Anime-se’”.

Motivação e disciplina são estratégias úteis, mas são curativos superficiais sobre feridas mais profundas. Às vezes eles podem funcionar para tratar os sintomas, mas não alteram a condição subjacente.

Então, o que funciona na antiga luta contra a procrastinação? É aí que entra a nossa terceira abordagem. Eu a chamo de “método de desbloqueio”.

Embora o método da motivação nos aconselhe a ter vontade de fazer o que tem que ser feito, e o método da disciplina nos aconselhe a ignorar o que sentimos e a fazer as coisas de qualquer maneira, o método do desbloqueio nos encoraja a entender por que, para começo de conversa, nos sentimos mal em relação ao trabalho — e a enfrentar o problema de frente.

Imagine que você tem uma pedra dentro do tênis deixando a corrida particularmente dolorosa, mas precisa correr até a casa do seu amigo a tempo do jantar. Você está dividido; quer chegar na hora certa, mas sabe que embarcar na viagem vai doer. O que você faz?

A primeira solução é a mais fácil. Não fazer nada. Procrastine até que a noite tenha sido desperdiçada. Perca o seu jantar e não seja convidado da próxima vez.

A próxima solução se baseia no método de motivação. Ele envolveria convencer-se de que o jantar será emocionante e de que “vale a pena” a dor de correr. 

Você ignora a dor enquanto corre em direção ao seu destino, apenas para colapsar no meio da rua. Mas não está preocupado ao ver o seu pé inchando rapidamente. Afinal, quando você estiver suficientemente motivado, será capaz de superar qualquer obstáculo.

A terceira solução é o método da disciplina. Você se comprometeu com o jantar e é o tipo de pessoa que mantém sua palavra. Então você corre para a casa do seu amigo, com a pedra rasgando a delicada pele do seu pé e… Veja só! Você conseguiu! 

Infelizmente, não dá para continuar o jantar porque seu amigo tem que levar você e seu pé ensanguentado ao hospital. “Disciplina é liberdade”, você recita para si mesmo enquanto espera atendimento médico.

Eu sugeriria provisoriamente que todas as três soluções estão erradas. A quarta (e melhor) solução envolve um pouco mais de pensamento crítico. E se você parasse um minuto para pensar: “Por que parece tão difícil chegar à casa do meu amigo?”. Você tiraria o sapato, encontraria a pedra e a removeria. E então você correria.

Esse é o “método de desbloqueio” — e ele é o foco dos próximos três capítulos. Aprenderemos que normalmente a procrastinação é causada por sentimentos negativos — o inverso dos energizadores de bem-estar que encontramos na Parte 1. 

Quando sentimentos negativos, como confusão, medo e inércia, se interpõem no nosso caminho, adiamos as coisas. Isso leva a ainda mais sentimentos ruins e, por sua vez, a ainda mais procrastinação. É um ciclo negativo de baixa energia e estagnação.

Felizmente, o poder dos três bloqueadores emocionais pode ser reduzido. Nas páginas a seguir, exploraremos o modo exato segundo o qual esses sentimentos negativos nos afetam e minam nossa energia. E usaremos a ciência da produtividade positiva para superar estrategicamente cada um deles.

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(Arte/Imagem:Divulgação/VOCÊ S/A)
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