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Norberto Chadad

Por Desenvolvimento
Engenheiro, economista e CEO da Thomas Case & Associados, consultoria de soluções em gestão de pessoas e carreiras
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Adotado às pressas por conta da pandemia, o home office veio para ficar

Empresas e profissionais que melhor se adaptarem ao trabalho remoto durante o surto de coronavírus sairão mais fortes

Por Norberto Chadad, colunista de VOCÊ S/A
8 out 2020, 18h43
computador
 (Thought Catalog/Unsplash)
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Se o futuro do  trabalho já prometia muitas mudanças, seja nas relações entre empregados e empregadores, seja no surgimento ou extinção de algumas profissões, o que podemos esperar agora, após a experiência brusca com a pandemia?

O coronavírus pegou várias empresas de surpresa e antecipou uma tendência: o home office. É verdade que, de uns anos para cá, algumas companhias já vinham adotando o trabalho remoto. Mas, o que era uma opção, hoje tornou-se primordial. Se alguém ainda tinha dúvidas, essa é uma modalidade de trabalho que veio para ficar.

Concordo que teremos grandes desafios no futuro, aliás, já estamos enfrentando muitos, mas as tecnologias atuais de comunicação criam um ambiente de proximidade que não poderia ser imaginado há poucas décadas.

Sabemos que nesse novo cenário será exigido uma adaptação nas três esferas: empresa, líder e colaborador. A empresa passa a ser um espaço de integração e de transferência de conhecimento; os líderes deverão ter uma postura de grandes incentivadores; já os colaboradores assumem um papel de protagonistas. Não há dúvida que é hora de se reinventar. No entanto, é preciso tomar alguns cuidados.

Cabe à empresa propiciar o engajamento dos times. Este é um aspecto delicado, porque é fácil para os colaboradores perderem a conexão com a cultura organizacional. Afinal, ele não está vivendo em suas atividades diárias.

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Uma dica é realizar reuniões virtuais para apresentar os últimos resultados, falar sobre atualizações de estratégia e divulgar iniciativas. Os colaboradores devem ser incentivados a fazer um comentário sobre o tema debatido. O essencial é fazer com que todos se sintam parte de uma equipe.

Já os líderes precisam ter sabedoria para compartilhar as informações e não deixar de orientar os liderados. Só assim eles conseguirão realizar o seu trabalho neste momento de tantas transformações. Isso realmente ajuda a criar um relacionamento e torna a colaboração muito mais fácil, em particular no gerenciamento de pessoas.

Nesse regime, o trabalhador tem liberdade para definir o que funciona melhor para si próprio. A empresa espera apenas produtividade, então, dar essa independência é uma forma de demonstrar confiança. Ciente da responsabilidade, o trabalhador tende a valorizar essa autonomia e se engajar. Já que, se por um lado há mais flexibilidade, por outro é preciso se esforçar para demonstrar resultados.

Independente do seu cargo, compartilhe a responsabilidade de superar os desafios deste momento com todos da equipe. Precisamos olhar para o home office não como uma adaptação ao nosso momento, mas sim, como a solução para vários de nossos problemas do dia a dia. Estamos diante da oportunidade de quebrar paradigmas.

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Quem sabe, quando a pandemia terminar, muitas empresas, líderes e colaboradores vão rever seus contratos e adotar o trabalho remoto. Isso porque os benefícios da modalidade são diversos, desde custos empresariais, retenção de talentos, produtividade até qualidade de vida.

Afinal, já dizia Leon C. Megginson, professor da Louisiana State University, em um discurso em 1963 sobre a “A Origem das Espécies” de Charles Darwin: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”. Quem se adapta mais rápido tem mais chances de sobreviver à crise.

NorbertoChadadPe

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