Conheça os seus 10 direitos psicológicos no home office
Como chegar até o fim do ano com a saúde mental em dia – e sem se sentir culpado por colocar limites no trabalho remoto
O ano de 2020 trouxe um marco de desafios para humanidade, tanto na questão da adaptabilidade, quanto no senso de proteção a vida. Mas fato é que trabalhamos muito mais para mitigar (dentro do possível) os impactos financeiros e garantir nossos empregos. E muitos de nós estamos em home office – que continuará sendo o estilo de trabalho por algum tempo. Não me atrevo a dizer que isso será definitivo, pois quando se trata de sociedade, de humanidade ou de vida tudo é cíclico.
Mas enquanto estivermos nesta realidade, precisamos nos organizar para limitar os riscos psicológicos da atividade remota e aproveitar este período como uma oportunidade para trabalhar de uma forma diferente.
E isso significa adotar comportamentos e se organizar bem para cuidar do bem-estar mental. Então, trago aqui 10 direitos psicológicos para que o seu home office seja saudável.
1. Direito a estar disponível – e indisponível
Hoje, o seu tempo se encontra bem fracionado entre as demandas do trabalho e da casa (como os cuidados com filhos e outros afazeres). Por isso, fazer a gestão do tempo é fundamental. Procure explicar a sua agenda para colegas e chefes a fim de evitar mal-entendidos.
2. Direito à concentração
Ser interrompido a todo momento no seu trabalho, seja para atender telefone, responder e-mails ou mensagens de Whatsapp, aumenta sua carga mental. Se estiver em um trabalho com carga cognitiva mais pesada, você pode colocar um recado de “não perturbe” na ferramenta de comunicação da empresa, como o Microsoft Teams. Tente, também, estruturar seus duas de acordo com o tempo necessário para cada tarefa.
3. Direito a não sentir culpa
Você tem uma hora tranquila à sua frente no meio do dia de trabalho? Não se culpe e aproveita. Use esse tempo para planejar o futuro ou trabalhar em arquivos que você sempre deixa para depois. Isso vai te motivar e evitar que você reaja com negatividade, sentindo culpa por estar “sem fazer nada”.
4. Direito a relacionamentos saudáveis e afetuosos
No novo formato de trabalho, mandamos muito e-mails. Logo, a sua forma de se expressar por meio da escrita torna-se importante para uma boa comunicação para construir bons e sustentáveis relacionamentos. Então, procure cultivar essas boas relações. Se você se irritou com um e-mail, nunca o responda imediatamente. Primeiro trabalhe em sua resposta, expresse seus sentimentos com assertividade e seja proativo.
5. Direito a não sofrer de excesso de informação
É muito comum que as pessoas sejam copiadas em uma avalanche de e-mails em assuntos nos quais não têm atuação direta. Será que isso é mesmo necessário? Vale questionar a utilidade disso na equipe e encontrar alternativas, como rápidas conversas pontuais para resolver dúvidas ou utilização de sistemas de gestão de metas compartilhadas
6. Direito a ter menos (e melhores) reuniões
Não é de hoje a percepção de que existem muitas reuniões improdutivas e cansativas – e os encontros online não ficam de fora. No tempo escasso do home office, a palavra de ordem é assertividade. Por isso, pense em outras formas de validação consensual, crie subgrupos de decisão e seja rigoroso em respeitar o tempo de duração do encontro.
7. Direito à flexibilidade
Uma das grandes vantagens do home office é a possibilidade de gerenciar o próprio tempo. Mas para que essa flexibilidade aconteça na prática, é preciso falar sobre as suas limitações (não poder participar de reuniões entre os horários X e Y por conta de questões pessoais, como ajudar as crianças a acessar aulas online, por exemplo), e sobre as suas expectativas (não esperar resposta depois das 18 horas, por exemplo). Claro que não é possível impor essas questões, por isso o diálogo, a confiança e a corresponsabilidade são tão importantes.
8. Direito à descompressão
O tempo de deslocamento entre o trabalho e casa, antes podia servir como um momento de descompressão. Como tudo está concentrado em casa, é preciso criar espaços para evitar os “borrões”, como chamamos a confusão entre a vida pessoal e profissional. Crie novos rituais e símbolos para passar de um período para o outro – como guardar o notebook na gaveta ou na mochila, colocar uma música ou trocar de roupa.
9. Direito a cometer erros e a ser autêntico
Seja gentil com os outros e com você mesmo. O contexto da atual pandemia nos exigiu mudanças profundas para gerar melhor adaptabilidade a tudo. E isso faz com que sejamos mais vulneráveis a cometer deslizes e, também, que precisemos mostrar quem somos de verdade.
10. Direito à gestão adequada
O microgerenciamento por meio do controle já era ineficiente e inadequado e se mostra ainda mais inadequado neste contexto que estamos vivendo. Se estiver passando por uma situação assim, tente conversar com seu chefe para indicar novas alternativas. Lembre-se que todos estamos aprendendo e que os líderes também têm o direito de cometer erros. Mas este momento é propício para co-criar soluções e dar feedbacks construtivos.
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