Postar ou não postar… eis a questão
Mostrar os bastidores nas redes não é vaidade. É estratégia de reputação — e pode ser o diferencial entre ser lembrado ou esquecido.

Um dia, uma executiva contou para a gente, na agência, uma história que não esqueci mais. Ela estava entre duas propostas de emprego e decidiu perguntar ao filho — que na época tinha apenas 6 anos de idade — o que ele achava que ela deveria fazer. A pergunta era retórica, claro. Mas a resposta foi tudo, menos óbvia: “Mamãe, eu acho que você devia sorrir mais”.
Transformamos essa história em um post sobre escolhas de carreira e propósito profissional. O post viralizou no LinkedIn com mais de 7 mil curtidas — muito além do número de seguidores que ela tinha na época.Nos dias seguintes, colegas da empresa começaram a abordá-la nos corredores para comentar a história. Aquela narrativa simples, pessoal e verdadeira gerou conexão, visibilidade e confiança.
Mostrar os bastidores não é futilidade. É estratégia.
Durante anos, o networking acontecia ao vivo. Nos bastidores das reuniões. No cafezinho antes da apresentação. Nas conversas de corredor. Era ali que surgiam ideias, parcerias e vendas — sem apertar nenhum botão de “publicar”.
Hoje, esse café virou digital. E muita gente ainda não entendeu isso.
Não significa virar blogueirinho
Você pode ser um dos maiores especialistas da sua área, mas se o seu LinkedIn ou Instagram só mostram frases genéricas, fotos posadas ou conteúdos impessoais, a conexão não acontece. A confiança não se cria. A venda, então… nem chega perto.
“Ah, Dani, mas eu não sou blogueirinha.” Ótimo. Nem precisa ser. Mas precisa entender que o digital não é só vitrine. É também sala de reunião. É também corredor de evento. É também o cafezinho que antecede a negociação.
Mostrar um pouco da sua rotina não é questão de vaidade. É proximidade estratégica.
É alguém do outro lado da tela pensar:
“Essa pessoa vive desafios parecidos com os meus.”“Esse profissional tem valores que eu admiro.” “Eu confiaria nele(a) para esse projeto.”
Conteúdo pessoal é profissional, sim. Um dia, uma pessoa em uma palestra me disse, incomodada: “Dani, estão perguntando nas minhas redes até a cor do meu esmalte!”. Respondi o que sempre repito: não é sobre o esmalte. É sobre você.
É sobre sua coragem de liderar um negócio, equilibrar filhos e reuniões, aparecer mesmo na correria, contar histórias reais — mesmo quando você acha que ninguém está prestando atenção.
Spoiler: estão. E muito.
Quem aparece se conecta. Quem se conecta lidera… e vende
Segundo um estudo da LinkedIn & Edelman, 84% dos colaboradores confiam mais em líderes ativos nas redes. E 90% dizem que eles transmitem mais autoridade e transparência.
O que antes era conversa de bastidor, hoje acontece nos seus Stories, num post no LinkedIn, numa legenda honesta no Instagram. E, desculpe a sinceridade, mas, se você ainda não entendeu, isso corre o risco de ser substituído por quem entendeu.
Reputação se constrói com verdade, não com filtro.
Você pode (e deve!) mostrar a sua jornada com estratégia. Seus aprendizados, seus valores, suas vitórias — e até os tropeços.
Porque, no final das contas, é isso que gera empatia. É isso que forma a reputação. É isso que faz alguém lembrar de você quando uma oportunidade aparece.
Lembra aquele cafezinho com o cliente? Hoje, você pode tomar esse café com centenas de pessoas ao mesmo tempo. Sem sair da sua mesa.
Agora que chegou até aqui, eu te desafio! Poste um conteúdo pessoal com intencionalidade.
Pode ser um bastidor, uma história que te marcou ou um aprendizado recente. Depois, me marque. Quero ver você transformar o cafezinho em estratégia. Nos vemos nas redes!