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Breno Paquelet

É especialista em negociações estratégicas, professor do MBA em Gestão Empreendedora da Universidade Federal Fluminense (UFF), consultor e autor
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Ideias ignoradas? Aprenda a vencer obstáculos e ser ouvido pelos colegas

Muitas vezes, o entusiasmo e a confiança em nossas próprias propostas podem ser frustrados pela resistência do outro. Mas por que isso acontece?

Por Breno Paquelet
11 jul 2024, 10h00
Pessoas em uma mesa de reunião. Elas parecem conversar e sorrir
 (Morsa Images/Getty Images)
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onvencer colegas de trabalho a aceitarem suas ideias pode ser um desafio no ambiente profissional, certo? Independente do seu cargo, aposto que em algum momento você já passou por isso. Muitas vezes, o entusiasmo e a confiança em nossas próprias propostas podem ser frustrados pela resistência do outro. Mas por que isso acontece? Quais são os obstáculos comuns e como podemos superá-los?

Aí vai um spoiler: em todos os casos, o caminho para o avanço vem de explorar os insights das pessoas com quem você está colaborando. Claro, depois de perguntar, esteja preparado para ouvir profundamente as suas respostas e aprenda com o que você ouve e com o que é dito apenas nas entrelinhas.

O primeiro obstáculo comum é o que chamamos de resistência silenciosa. Quando alguém resiste à sua ideia ou ponto de vista, mas não diz o motivo, fica difícil entender o que realmente está acontecendo. Em vez de simplesmente discutir, procure entender melhor as restrições do outro. O que ele realmente acha dessa ideia? Quais seriam os impactos negativos dela? Não adianta continuar a lançar fatos e argumentos na esperança de fazer o outro mudar de ideia. Isso apenas evitaria que você descobrisse novas perspectivas e entendesse a raiz das preocupações do outro.

E quando a conversa está muito tensa para ser produtiva? Nessas situações, é bom fazer uma pausa e tentar checar seu entendimento em relação ao que foi dito até então. Todos nós já tivemos a experiência de alguém recusar nossa ideia ou solução para um problema. Em certos casos, para tentar justificar a nossa ideia, o que seria uma conversa produtiva pode se tornar algo mais ríspido. Em momentos assim, cabe fazer uma pausa e verificar sua compreensão do que a outra pessoa está dizendo. Em vez de devolver sempre de forma retrucada, tente checar seu entendimento. Por exemplo, você pode dizer: “Parece que sua maior preocupação é _____. Seria isso mesmo?”.  

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Às vezes, o “não” de outra pessoa deixa você entre a cruz e a espada. É um caso clássico quando o outro apenas nega a sua ideia, mas não oferece um caminho melhor.

Nessas situações, é muito comum se sentir preso ou inseguro sobre o que fazer. Sem outra opção na mesa, você pode ficar tentado a apresentar mais evidências para defender sua ideia. O problema dessa abordagem é que mantém você preso na discussão entre a opção A ou B, em vez de trabalhar com o outro lado para encontrar opções melhores. Nesse momento, vale tentar incentivar a outra pessoa a falar, fazendo um convite para que ela traga novos elementos que contribuam com a construção da solução do problema junto com você. Por exemplo: “Se não seguirmos com essa solução, acredito que ficaremos sem tempo ou recursos. Como você resolveria essa questão?” ou “Se você estivesse no meu lugar, como faria?”.

Você já passou por algum caso semelhante? Não há um caminho simples a ser seguido, mas é importante que ambos entendam as preocupações um do outro e se esforcem, sempre de forma muito consciente, para chegar a uma solução realmente eficaz.

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