Quase 8 a cada 10 brasileiros fazem hora extra todo mês, mostra pesquisa
Levantamento, realizado pela Conquer Business School, ainda mostrou quais são os maiores ajudantes e vilões da produtividade no expediente. Confira.

uase 8 a cada 10 profissionais brasileiros fazem horas extras todo mês. É o que mostra uma nova pesquisa feita pela escola de negócios Conquer Business School, com base em 500 respostas coletadas em maio deste ano.
A ideia do levantamento era compreender como anda a organização e gestão de tempo dos funcionários do mundo corporativo — além de dinâmicas e ferramentas que ajudam ou atrapalham a produtividade das equipes. Ele descobriu que 76,6% dos respondentes produzem além do expediente. Mas há dois tipos de comportamento nesse número: 51,4%, a maioria, afirma que faz quando necessário (mas tenta evitar); e 25,2% o fazem em uma base regular, sem qualquer incômodo.
Vilões da produtividade
Segundo a instituição, os números evidenciam alguns padrões de dificuldade de gestão de tempo nas empresas — o que tende a impactar a produtividade.
A Conquer descobriu que 35% dos entrevistados afirmou que estão sobrecarregados e tem dificuldade de cumprir as tarefas dentro do prazo, o que faz com que terminar o expediente cansados (50,8%), ansiosos (10%) ou estressados (8,2%).
E qual a causa desses sentimentos negativos? Quais são os vilões da produtividade por aqui? Em ordem, os profissionais citam o constante acesso às redes sociais (36,2%); excesso de tarefas e demandas (35,6%); e desânimo e procrastinação (31,4%). Isso, claro, culmina no dado que vimos acima: para cumprir com o que é requisitado, as horas extras acabam se tornando hábito frequente.
A cura
Para tentar reverter essa processo, três ferramentas foram citadas em peso pelos entrevistados. O Trello, que funciona como um gerenciador de projetos, foi citado por 12%; empatado com ele, o Chat GPT (saiba como usá-lo no trabalho nesta reportagem da Você S/A). O Notion também é utilizado por 5% dos entrevistados.
Vale dizer que estas ferramentas combatem o sintoma, não a doença. Segundo a Conquer, cabe às organizações auxiliarem estes colaboradores na batalha contra a improdutividade. Isso inclui, segundo os entrevistados, prazos realistas e bem definidos (34,2%), reuniões objetivas (26,8%) e treinamentos e cursos sobre gestão do tempo (25,6%).
“As lideranças, nesse sentido, têm um papel fundamental — e podem apostar no desenvolvimento de um time mais produtivo por meio de prazos e metas realistas, processos com menos obstáculos e, claro, cursos e treinamentos sobre gestão do tempo e auto-organização”, afirma Juliana Alencar, Diretora de Marketing da Conquer.