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Luciana Camargo

Diretora estratégica da Associação Brasileira de RH (ABRH-SP). Escreve sobre carreiras, liderança, diversidade e inclusão e desenvolvimento pessoal
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Como educar profissionais do amanhã

Só saber fazer o seu trabalho não basta. O mercado de trabalho quer profissionais com habilidades sociais e inteligência emocional.

Por Luciana Camargo
9 ago 2021, 15h50

Não consigo pensar nos profissionais do amanhã, sem pensar em educação. Hoje gostaria de falar sobre as competências socioemocionais, aquelas a que chamamos também de soft skills.

Elas são tão importantes quanto as competências cognitivas, pois refletem a nossa capacidade de lidar com as emoções, o como convivemos com outras pessoas, aprendemos a nos conhecer, a aprender, trabalhamos, enfim, a forma como vivemos.

Quando temos consciência das nossas emoções e nossas capacidades, ou mesmo da falta delas, somos capazes de melhorar o nosso processo de aprendizagem, planejar a nossa vida, aprender com erros, demonstrar empatia, manter relações positivas e a encontrar caminhos que nos realizem.

A era que estamos vivendo requer que os profissionais sejam capazes não apenas de aprender, mas também desaprender, e que tenham autoestima e autoconhecimento para que consigam desenvolver todas as suas potencialidades.

Só conseguiremos adotar esta tecnologia e usufruir dos benefícios que ela traz por meio do desenvolvimento de novas habilidades como a inteligência emocional, skills de comunicação, pensamento critico, soluções de problemas complexos, entre outras. Para isso, a abertura para o novo e para o aprendizado será fundamental.

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A escola pode colaborar no desenvolvimento das competências possibilitando o trabalho com as emoções e sentimentos. Atividades mais lúdicas e experimentais como oficinas, rodas de conversas e situações que fomentem o respeito e a inclusão do pensamento diverso são muito positivas.

Contar histórias, analisar livros e filmes, expressar sentimentos, amor, empatia… fazem com que as crianças consigam lidar melhor com as emoções.

Vivemos o mundo das experiências. Não há nada mais libertador que experimentar, aprender com os erros e fazer novas tentativas. Este é o mundo das descobertas que vem de encontro aos desafios que enfrentamos nas empresas hoje.

Seguindo a mesma lógica, aprender nas escolas pode ficar mais interessante. Não mais decorar, mas entender o porquê dos fenômenos físicos e biológicos, com mais experimentação, mais conversas, mais descobertas e claro, num ambiente inclusivo e respeitoso.

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Mais e mais, as atividades repetitivas e que não requerem sofisticação cognitiva serão realizadas por máquinas com inteligência artificial, que nos proporcionarão um novo universo de informações para a tomada de decisão.

Este tema me toca, pois como profissional de Recursos Humanos, acredito no uso responsável da tecnologia para o progresso e para o bem da sociedade.

Privacidade dos dados, ética e confiança são fundamentais, mas não somente isto. Diversidade e inclusão são imperativos nesta era, e temos a missão de contribuir para que a sociedade seja parte fundamental das mudanças e que as pessoas não se sintam deixadas para trás.

E aí, já pensou em como vai contribuir para que isso aconteça?

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