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Mulheres ganham 21% menos que homens, indica relatório de transparência salarial

De acordo com dados do Ministério do Trabalho, Paraná e Rio de Janeiro são os estados com maior desigualdade salarial.

Por Gabriela Teixeira
Atualizado em 7 nov 2025, 17h41 - Publicado em 7 nov 2025, 17h00
Homem e Mulher de miniatura em pé sobre uma pilha de moedas na frente de um gráfico.
 (hyejin kang/Getty Images)
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A desigualdade salarial continua sendo um desafio no setor privado brasileiro, apesar do aumento da participação feminina no mercado de trabalho. É o que aponta a 4ª edição do Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, divulgado na segunda-feira (3) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Ministério das Mulheres.

A partir de dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) referentes ao 2º semestre de 2024 e o 1º semestre de 2025, o estudo examinou mais de 19 milhões de vínculos trabalhistas de cerca de 54 mil empresas com 100 ou mais funcionários. A análise indicou que as mulheres recebem 21,2% menos que os homens: enquanto a remuneração média delas é de R$3.908,76, a dos homens chega a R$4.958,43.

Segundo os próprios empregadores, as principais razões para essa disparidade são o tempo de experiência na empresa (78,7%), metas de produção (64,9%) e plano de cargos e salários ou carreira (56,4%).

Os estados do Paraná e do Rio de Janeiro são os que apresentam o maior índice de desigualdade (28,5%), seguidos por Santa Catarina (27,9%), Mato Grosso (27,9%) e Espírito Santo (26,9%). Já Piauí (7,2%), Amapá (8,9%), Acre (9,1%), Distrito Federal (9,3%), Ceará (9,9%) e Pernambuco (10,4%) têm a menor diferença salarial média do país.

Comparando dados do período entre 2023 – quando foi sancionada a Lei 14.611, que estabelece a igualdade salarial – e 2025, o MTE também observou um crescimento no total de mulheres ocupadas, que passou de 7,2 milhões para 8 milhões, e da massa de rendimentos femininos, que aumentou de 34,1% para 35%. Caso essa massa acompanhasse de modo integral a participação das mulheres no mercado de trabalho, R$ 92,7 bilhões seriam adicionados na economia brasileira, diz o Ministério.

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Desigualdade também é racial

O relatório sinaliza uma maior contratação de mulheres negras, com um aumento de 21,1% na quantidade de empresas em que elas representam pelo menos 10% das trabalhadoras. Contudo, a desigualdade salarial entre elas e homens não negros é persistente e elevada. Quando se trata de salários medianos de admissão, a disparidade é de 33,5%, com uma remuneração de R$ 1.836,00 para mulheres negras e R$ 2.764,30 para homens não negros. Já em termos de rendimento médio, a diferença salta para 53,3%: R$ 2.986,50 para elas e R$ 6.391,94 para eles.

“A inserção das mulheres no mercado não basta. É inaceitável que mulheres negras recebam metade do rendimento de homens não negros. Precisamos intensificar medidas que corrijam essas distorções, ampliar políticas de apoio como licença-paternidade e auxílio-creche, e engajar a sociedade na redistribuição do trabalho doméstico e de cuidado”, declarou Márcia Lopes, ministra das Mulheres.

Políticas internas

As empresas também informaram quais ações empregam para diversificar seus quadros de funcionários:

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  • 38,9% possuem políticas de promoção de mulheres;
  • 29,6% têm políticas de incentivo à contratação de mulheres;
  • 23,1% incentivam a contratação de mulheres negras;
  • 19,7% mulheres com deficiência;
  • 18,8% pessoas LGBTQIA+;
  • 18,9% mulheres chefes de família;
  • 7,8% mulheres indígenas;
  • 7,3% mulheres vítimas de violência.

O MTE sinaliza que, para uma melhor integração das mulheres ao mercado de trabalho, também são necessárias políticas de licença paternidade estendida e creches para crianças. Ainda segundo o relatório, 20,9% das empresas oferecem licença estendida para homens e mulheres, 21,9% disponibilizam auxílio-creche e 44% possuem jornada flexível.

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