Xi Jinping levanta o Ibovespa após sete quedas seguidas

Alta foi de 1,05%. Vale e siderúrgicas, que têm a ganhar com plano chinês para bombar a infraestrutura, ficam entre as maiores altas. Destaque também para a WEG, que apresentou mais um balanço surpreendente.

Por Alexandre Versignassi
Atualizado em 18 out 2024, 14h18 - Publicado em 27 abr 2022, 17h49
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 (Brenna Oriá/Fotos: Getty Images/VOCÊ S/A)
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O Ibovespa fechou em alta hoje após sete quedas consecutivas: 1,05%. O último dia no azul tinha sido láááá em 13/04, com o índice a 116.782 pontos. Hoje, fechamos a 109.349 pontos. A perda segue em 6% de esse último pico. Mas, ao menos, tivemos um dia no azul.

Cortesia do CEO da China, Xi Jinping. Sim, CEO porque a China funciona mais como uma empresa do que como um país de fato. O cara lá de cima falou, está falado. E o que o cara lá de cima falou hoje é que seu país pretende bombar a economia com uma avalanche de projetos de infra-estrutura: portos, hidrovias, centrais de computação em nuvem, ferrovias de alta velocidade, aerotrem… 

Como tudo isso precisa de aço, a Vale e as siderúrgicas soltaram rojão, e ficaram entre as maiores altas do dia. A mineradora fechou em 5,90%; Gerdau, 5,56%; CSN, 4,58%.  

Outra que deixou seus acionistas sorridentes foi esta aqui, a…  

WEG

Pois é. Pelo jeito, três coisas são certas na vida: a morte, os impostos e os balanços surpreendentes da multinacional de Jaraguá do Sul (SC). Mais uma vez, a WEG apresentou um resultado acima das expectativas: lucro de R$ 943,9 milhões no 1T22, 23,5% acima do mesmo período do ano passado. 

Tem sido uma constante. Vamos olhar mais para trás, desde o já longínquo 2018: 

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1T18: R$ 285 milhões

1T19: R$ 306 milhões (7,3% a mais)

1T20: R$ 440 milhões (43% a mais)

1T21: R$ 764 milhões (73% a mais)

1T22: R$ 943 milhões (23% a mais)

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Depois dos saltos que rolaram em 2020 e em 2021, parte dos analistas duvidava que a fabricante de equipamentos eletrônicos tivesse fôlego para seguir ampliando seus lucros. Isso deu uma depreciada nas ações. 

Até ontem, elas tinham caído 15% nos últimos 12 meses. Hoje, com a nova demonstração de robustez, elas recuperaram uma parte desse prejuízo: alta de 5,90%.   

Inflação

O IPCA-15, que mede a inflação das duas primeiras semanas do mês, foi de retumbantes 1,73% – maior índice para abril desde 1995 (1,95%), e bem acima do IPCA-15 de março (0,95%). Mesmo assim, o mercado recebeu o número com algum alívio. O consenso apurado pela Refinitiv, uma gigante global de análise de dados, era para uma alta de 1,85%.

O dado é positivo por causa do seguinte. Em março, a maior parte da inflação ficou concentrada na segunda metade do mês. É que o grosso dela veio do aumento monstro nos combustíveis – 25% no diesel, 19% na gasolina, anunciados no dia 10/03. 

Como as duas primeiras semanas de abril já embutem esse aumento, era natural que o índice viesse gordo. Ainda assim, ele veio mais seco do que as estimativas. Então há ao menos uma possibilidade de o IPCA de abril dar uma desacelerada em relação ao de março.

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Para isso, porém, vai ser preciso combinar com o dólar, já que a volta da moeda americana para a cercania dos R$ 5 não ajuda em nada a inflação. Pelo menos hoje ele colaborou: depois de quase uma semana de alta, fechou em queda de 0,47%, a R$ 4,96. 

Vamos que vamos.   

Maiores altas

Weg (WEG3): 5,90%

Gerdau (GGBR4): 5,56%

Vale (VALE3): 4,94%

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Metalúrgica Gerdau (GOAU4): 4,80%

Marfrig (MRFG3): 4,54%

Maiores baixas

Hapvida (HAPV3): -6,04%

Azul (AZUL4): -3,54%

Positivo (POSI3): -2,87%

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Natura (NTCO3): -2,33%

Alpargatas (ALPA4): -2,21%

Ibovespa: 1,05%, a 109.349 pontos

Em NY:

S&P 500: 0,21%, a 4.183 pontos

Nasdaq: -0,01%, a 12.488 pontos

Dow Jones: 0,19%, a 33.302 pontos

Dólar: -0,47%, a R$ 4,9671

Petróleo

Brent: 0,32%, a US$ 104,95

WTI: 0,31%, a US$ 102,02

Minério de ferro: 0,99%, US$ 137,32 no porto de Qingdao (China)

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