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Wall Street avança com resultados da Netflix; China anuncia mais estímulos

Enquanto o otimismo tech levanta as bolsas americanas, Pequim anuncia novas medidas para aquecer a economia chinesa – uma boa notícia também para o Ibovespa. Entenda.

Por Bruno Carbinatto
24 jan 2024, 08h24

Bom dia!

Nada parece parar Wall Street. Após bater recordes seguidos, as bolsas voltam a amanhecer em alta nesta quarta-feira, com o Nasdaq liderando e subindo 0,7%. O motivo para justificar a euforia da vez é o resultado da Netflix, divulgado ontem após o fechamento do mercado.

Os números do serviço de streaming surpreenderam forte: no último trimestre de 2023, foram adicionados 13,1 milhões de novos assinantes no período, muito acima dos 8,9 milhões previstos por analistas e dos 7,7 milhões registrados no 4T22. Foi o melhor trimestre para a empresa nessa métrica desde o início da pandemia, quando os lockdowns trancaram todo mundo em casa e as assinaturas dispararam.

Além da boa performance em si, surpreendeu a velocidade que a Netflix conseguiu sair do buraco. Depois de um 2022 ruim – que incluiu uma queda de 80% da ação em relação ao pico e a primeira redução no total de assinantes em uma década –, a companhia correu atrás do prejuízo e conseguiu se reerguer. Entre as medidas tomadas estão a proibição do compartilhamento de senhas, a opção de planos mais baratos com anúncios, e a aposta certeira em títulos que se tornaram verdadeiros sucessos no mundo, como Round 6.

O resultado? As ações da empresa subindo cerca de 10% no pré-market em Nova York nesta quarta-feira – e justificando o bom humor de Wall Street.

A Netflix não é, nem de longe, uma das ações techs mais importantes da bolsa americana. Mas os ótimos resultados vêm justamente quando investidores já estão caindo de amores pelo setor de tecnologia, e apostando que 2024 será um bom ano para as empresas do segmento, em especial com a continuidade dos avanços da inteligência artificial. Aí só precisa de uma boa notícia para explicar as altas.

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Hoje, depois do fechamento, IBM e Tesla divulgam seus números, o que continuará testando o bom humor de Wall Street.

Mais estímulos chineses

Após um ambicioso e pouco ortodoxo plano para tirar as bolsas chinesas do buraco, que envolve o uso de US$ 278 bilhões de dinheiro público das estatais para comprar ações, Pequim anunciou uma nova medida de estímulo para a economia: o corte no compulsório bancário.

O compulsório é a fatia de grana que os bancos são obrigados a manter parados, depositados no banco central. Não podem ser usados para empréstimos, por exemplo. O governo determina esse número, e, quanto menor ele for, mais dinheiro pode circular pela economia. No caso, as autoridades chinesas decidiram diminuir o compulsório em meio ponto percentual, uma mudança que injetará cerca de 1 trilhão de yuans (US$ 141 bilhões) no país.

A medida faz parte de um longo pacote de tentativa de aquecer a economia chinesa, que, desde a reabertura pós-pandemia, tem se mostrado cambaleante e mais anêmica do que o previsto. É uma ótima notícia, também, para a bolsa brasileira, já que a Vale, com peso de 13% no Ibovespa, depende da força do país asiático para bombar suas vendas – quanto mais aquecida a economia chinesa, maior a fome de minério.

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Com a notícia, o índice chinês CSI 300 avançou 1,40%; o Hang Seng, de Hong Kong, saltou 3,56%.

Bons negócios!

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)

Futuros S&P 500: 0,43%

Futuros Nasdaq: 0,69%

Futuros Dow Jones: 0,20%

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*às 8h13

Agenda

11h45 – S&P Global divulga as prévias dos PMIs de indústria, serviços e composto dos EUA de janeiro

Europa

                                      • Índice europeu (Euro Stoxx 50): 1,58%
                                      • Londres (FTSE 100): 0,39%
                                      • Frankfurt (Dax): 1,18%
                                      • Paris (CAC): 0,84%

                                      *às 8h16

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                                      Fechamento na Ásia

                                          • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 1,40%
                                          • Hong Kong (Hang Seng): 3,56% 
                                          • Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,80%

                                          Commodities

                                                                                              • Brent*: -0,09%, a US$ 79,48
                                                                                              • Minério de ferro: 1,77%,  cotado a US$ 138,22 por tonelada na bolsa de Dalian (China)

                                                                                              *às 8h03

                                                                                              Vale a pena ler:

                                                                                              Qual é a origem do símbolo de cifrão?

                                                                                              Continua após a publicidade

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