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Veja o que muda na política de dividendos da Petrobras (PETR4)

Petroleira incorpora recompra de ações à política de remuneração de investidores. Papel da estatal sobe 2,08% no pré-mercado em Nova York.

Por Tássia Kastner e Sofia Kercher
31 jul 2023, 07h56
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

A Petrobras (PETR4 e PETR3) anunciou a esperada mudança em sua estratégia de pagamento de dividendos, isso após distribuir R$ 194 bilhões aos acionistas no ano passado. A expectativa é que a bolada diminua, mas isso já era bola cantada. Tanto que investidores reagiram de forma positiva: as ações negociadas em Nova York sobem 2,08% no pré-mercado – boa notícia para o Ibovespa.

Mas, antes, vamos às mudanças:

1 – 45%

A companhia passará a distribuir 45% da geração de caixa no trimestre, abaixo dos 60% que haviam sido fixados durante o governo Bolsonaro. A ideia é preservar mais dinheiro para investimentos. Na prática, isso significa menos dinheiro pingando na conta dos investidores – e do governo, claro. O percentual ficou acima dos 40% estimados por analistas de mercado.

2 – Recompra de ações

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Um segundo jeito de remunerar acionistas é por meio de programas de recompra de ações. Ao usar o caixa para adquirir papéis, a companhia torna as ações mais escassas. Fazendo valer a lei de oferta de demanda, elas tendem a se valorizar. Não só isso: quando a empresa retira ações do mercado, ela paga dividendos a menos gente. Na prática, a fatia do resultado que cabe a cada acionista aumenta.

Grandes empresas, tipo a Apple, remuneram seus acionistas assim. Petroleiras globais também usam esse recurso. 

A nova política de dividendos da Petrobras passa a prever que a empresa poderá fazer programas de recompra, algo que não existia até então.

3 – Nível de endividamento

O pagamento de dividendos é condicionado à manutenção da dívida bruta da Petrobras em menos de US$ 65 bilhões. Mas, na nova redação, o valor passa a ser fixado no plano estratégico, para que a política de dividendos não precise ser alterada.

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4 – Mínimo

Mesmo se o endividamento da companhia saltar, ainda assim a Petrobras distribuirá um valor mínimo de US$ 4 bilhões aos acionistas. Para isso, a condição é que o barril de petróleo esteja acima de US$ 40. Hoje ele é negociado a US$ 85.

O pacote foi considerado positivo pelo mercado em geral, daí a subida dos papéis no pré-mercado. O corte na remuneração já havia sido anunciada pelo governo, que pretende preservar recursos na companhia para ampliar investimentos.

 

A prova de fogo, porém, será na quinta-feira, quando a Petrobras divulgará os resultados do segundo trimestre – e a fatia de lucro que caberá a cada acionista, já seguindo os novos parâmetros. 

Isso numa semana que promete ser de muita ansiedade, já que na quarta o Copom deve promover o primeiro corte da Selic, hoje em 13,75% ao ano. Há uma divisão no mercado sobre uma redução de 0,25 p.p. ou 0,50p.p. Que rufem os tambores.

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humorômetro: o dia começou sem tendência definida
(Arte/VOCÊ S/A)

Futuros S&P 500: 0,05%

Futuros Nasdaq: -0,01%

Futuros Dow Jones: 0,07%

*às 7h40

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

FMI ao resgate da Argentina (de novo)

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A economia da Argentina tem passado por poucas e boas. Além da inflação descontrolada e escassez de dólares, os argentinos irão às urnas em outubro para escolher um novo presidente, aumentando ainda mais as incertezas econômicas. Nesse cenário, o FMI anunciou nesta sexta-feira (28) que deve conceder US$ 10,8 bilhões em empréstimos ao país.

O primeiro pagamento, de US$ 7,5 bilhões, será feito em agosto. Isso significa que o dinheiro não chegará a tempo de o governo pagar os US$ 2,6 bilhões que já deve ao FMI (concedido em um empréstimo anterior). Alberto Fernandez está tentando encontrar soluções temporárias para o enrosco, inclusive pedindo outro empréstimo de US$ 1 bilhão de um banco da Venezuela.

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

08h25: Boletim Focus

10h: Haddad tem encontro com o presidente da Febraban, Isaac Sidney, e os CEOs de Itaú, Bradesco, Santander e BTG.

15h30: Haddad participa do lançamento do “Sistema de Controle de Carga e Trânsito” para o modal aéreo e concede entrevista.

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Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
  • Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,23%
  • Londres (FTSE 100): -0,11%
  • Frankfurt (Dax): 0,04%
  • Paris (CAC): 0,36%

*às 7h40

Fechamento na Ásia

  • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,55%
  • Hong Kong (Hang Seng): 0,82%
  • Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,26%
Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
  • Brent: 0,54%, a US$ 85,45
  • Minério de ferro:  0,54% a US$ 117,72 por tonelada na bolsa de Dalian

*às 7h35

Vale a pena ler:
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

A China será o próximo Japão?

Crises financeiras são como a morte. Apesar de saber que esse dia inevitavelmente vai chegar – tanto para nós quanto para os outros –, todo mundo toma um susto quando acontece, como se fosse algo inesperado. 

Esse foi o caso do Japão. Em 1990, economistas e investidores mundo afora estavam obcecados com a ascensão do país. Mas aí a economia bateu as botas: uma monstruosa bolha de ações e imóveis estourou, concretizando uma geração inteira de estagnação econômica. Nesta coluna do NY Times, Paul Krugman explica o que levou uma das economias mais relevantes do mundo à crise generalizada, e tenta responder a pergunta: será que a China, superpotência econômica da vez, seguirá o mesmo caminho?

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