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Receita da Nvidia (NVDC3) salta 206%, mas nem todos ficam satisfeitos

Apesar dos números recordes, performance na China preocupou e ação caiu no after market. Veja o que mais pauta o mercado hoje.

Por Bruno Carbinatto e Sofia Kercher
Atualizado em 22 nov 2023, 08h30 - Publicado em 22 nov 2023, 08h27

Bom dia!

A ata do Fed, divulgada ontem, bem que tentou, mas não foi suficiente para derrubar de vez o otimismo do mercado americano. O banco central deixou bem claro que ainda segue comprometido com a missão de levar a inflação de volta aos 2% ao ano, e que pode voltar a subir os juros para atingir tal objetivo. Mas, para Wall Street, a inflação já não é uma inimiga tão amedrontadora assim, desde que em outubro ela ficou estável, contrariando as previsões de alta. 

Por isso mesmo os índices americanos amanhecem de lado nesta quarta-feira, com leve alta, sem grandes pressões da ata do Fed. O mercado segue firme na sua previsão de que não haverá novas altas nos juros, e que eles podem começar a cair já no meio do ano que vem.

Com isso, o noticiário corporativo é destaque – principalmente por causa do balanço da Nvidia. A ação, que sobe mais de 200% no ano, virou a protagonista da bolsa após o insano rali da Inteligência Artificial há alguns meses. Ontem, após o fechamento do mercado, divulgou seus resultados, que mostraram que a demanda por chips segue aquecidíssima: a receita disparou para US$ 18 bi no terceiro trimestre, acima do esperado pelo mercado. O lucro, de US$ 9 bi, também surpreendeu positivamente.

Para o trimestre atual, a empresa estima que a receita atingirá US$ 20 bi, também acima do previsto (US$ 18 bi). 

Apesar disso, a empresa teve uma performance aquém do esperado na China, após os EUA adotarem novas regulações que restringiram a exportação de chips para o país asiático. Além disso, apesar de superar a média das previsões, havia parte dos investidores ainda mais otimista com os resultados, prevendo por exemplo uma receita de US$ 21 bi. É o preço a se pagar por ser uma espécie de ação superstar: até mesmo resultados extraordinários podem ficar aquém da expectativa.

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O papel da Nvidia chegou a cair mais de 1% no pós-mercado de Nova York ontem, e 0,4% no pré-market hoje. Às 8h, rondava a estabilidade.

Outra tech no centro das atenções é a OpenAI; após uma rápida e inesperada novela, a manchete de hoje é a volta do Sam Altman para o posto de CEO, menos de cinco dias depois de ter sido retirado do posto. Com isso, põe-se fim a um impasse sobre quem lideraria a companhia que se tornou o símbolo do recente boom da IA.

No Brasil, o destaque fica para a fala de Campos Neto, agora pela manhã, e com a novela na Petrobras – Lula deve se reunir novamente com Jean Paul Prates, após rumores de troca na gestão da estatal. 

Bons negócios.

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Futuros do S&P 500: 0,14%

Futuros do Nasdaq: 0,20%

Futuros do Dow Jones: 0,12%

market facts

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O marco foi atingido nesta segunda-feira (21). Já são 29,6 gigawatts de capacidade instalada – o equivalente a duas Itaipus. O país está na 6ª posição do ranking mundial — atrás de China (365,9 GW); EUA (140,8 GW); Alemanha (66,2 GW); Índia (41,9 GW) e Espanha (32,8 GW). A informação foi divulgada pelo Valor Econômico. 

Agenda

8h00 Campos Neto faz palestra no Senado

9h00 IBGE divulga Pnad contínua

10h30 EUA: Pedidos de auxílio-desemprego

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17h00 Lula e Prates se reúnem

Europa

          • Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,38%
          • Londres (FTSE 100): -0,01%
          • Frankfurt (Dax): 0,49%
          • Paris (CAC): 0,53%

          *às 8h19

          Fechamento na Ásia

          • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -1,02%
          • Hong Kong (Hang Seng): estável
          • Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,29%

          Commodities

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                                • Brent*: -0,82%, a US$ 81,77
                                • Minério de ferro: 1,93%, cotado a US$ 139,82 por tonelada na bolsa de Dalian (China)

                                *às 8h03

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