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Ibovespa escorrega após quatro altas, mas mantém 125 mil pontos

Pregão foi um déjà vu da segunda: VALE3 e siderúrgicas entre maiores altas; PETR4 em queda de 0,76% com a pressão política sobre Jean Paul Prates.

Por Tássia Kastner
21 nov 2023, 18h33
 (Kauan Machado/Fotos: Getty Images/Unsplash/VOCÊ S/A)
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Foram quatro pregões seguidos de alta que içaram o Ibovespa a maior patamar desde 2021. Aí hoje foi um daqueles clássicos dias em que investidores colocam o pé no freio e tentam dar uma reavaliada no ambiente.

A bolsa brasileira caiu 0,26%, mas manteve os 125 mil pontos, fechando a 125.626 pontos. O dólar avançou 0,96%, a R$ 4,8983. 

É curioso porque, apesar da queda, o dia de hoje parece um déjà vu da segunda-feira, uma espécie de replay para quem estava no feriado. Entre as maiores altas, a turma do minério de ferro. A commodity vem galgando altas no mercado chinês após notícias de que o país deve incentivar bancos a concederem empréstimos a construtoras, que estão na pindaíba e empurrando a economia chinesa para o buraco.

Das maiores altas, quatro foram do setor. A fila foi puxada pela CSN Mineração, seguida pela Bradespar, uma holding de ação única: a Vale. E a própria VALE3 também figurou nas maiores altas, com +2,54%.

Na parte de baixo da tabela foi puxada pelo Magazine Luiza, cujas ações acumulavam alta de 50% numa janela de um mês. Depois vieram as empresas do setor de construção civil, que se dá mal quando o minério sobe e puxa junto o preço do aço.

Por fim, o replay continua com a Petrobras. Na segunda, uma notícia de que os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira, queriam a cabeça do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, levou a PETR4 ladeira abaixo. Hoje, a queda prosseguiu, mas perdeu força no finalzinho do pregão. O que aliviou a barra foi a reunião entre Prates e o presidente Lula, com a indicação de que o CEO da estatal prossegue no cargo. No fim, a PETR4 caiu 0,76% e a PETR3 recuou 1,14%.

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A ata do Fed

Não foi só a B3 que deu uma pausa na subida. Nesta terça, Wall Street decidiu dar uma paradinha para ler a ata da última reunião do Fed em busca de mais indicativos do que pensam os dirigentes do banco central americano.

E lá no documento diz que eles continuam comprometidos em levar a inflação de volta a 2% – e que a economia americana segue robusta mesmo com o aperto que levou os juros a 5,5% ao ano. Tudo já sabido.

O curioso dessa ata é que ela veio a público mais desatualizada do que o normal. O intervalo entre a reunião e a divulgação do documento segue o mesmo, o que mudou foi uma espécie de acaso. Entre 1º de novembro e hoje, uma bateria de indicadores da economia americana mostrou que a inflação no atacado está cedendo. A inflação oficial também – ficou estável no mês de outubro, algo que só se soube no dia 14, após o encontro do Fed.

Não à toa, apesar da tradicional expectativa que existe com a divulgação da ata, pouco mudou na direção dos mercados assim que o documento foi publicado. Vale lembrar também que os americanos estão em ritmo de feriado, à espera do dia de Ação de Graças, na quinta-feira. Nesse cenário, tudo que vem é lucro.

Até amanhã.

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MAIORES ALTAS 

CSN Mineração (CMIN3): 3,04%

Bradespar (BRAP4): 2,78%

Vale (VALE3): 2,54%

Gerdau (GGBR4): 1,96%

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Marfrig (MRFG3): 1,57%

MAIORES BAIXAS

Magazine Luiza (MGLU3): -6,58%

MRV (MRVE3): -5,65%

EZTEC (EZTC3): -5,01%

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Cyrela (CYRE3): -4,17%

Grupo Soma (SOMA3): -3,78%

Ibovespa: -0,26%, a 125.626 pontos

Em Nova York

Dow Jones: -0,18%, a 35.088 pontos

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S&P 500: -0,20%, a 4.538 pontos

Nasdaq: -0,59%, a 14.199 pontos

Dólar: 0,96%, a R$ 4,8983

Petróleo 

Brent: 0,16%, a US$ 82,45

WTI: -0,08%, a US$ 77,77

Minério de ferro: 1,93%, cotado a US$ 137,45 por tonelada em Dalian

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