Receita da Nvidia (NVDC3) salta 206%, mas nem todos ficam satisfeitos
Apesar dos números recordes, performance na China preocupou e ação caiu no after market. Veja o que mais pauta o mercado hoje.
Bom dia!
A ata do Fed, divulgada ontem, bem que tentou, mas não foi suficiente para derrubar de vez o otimismo do mercado americano. O banco central deixou bem claro que ainda segue comprometido com a missão de levar a inflação de volta aos 2% ao ano, e que pode voltar a subir os juros para atingir tal objetivo. Mas, para Wall Street, a inflação já não é uma inimiga tão amedrontadora assim, desde que em outubro ela ficou estável, contrariando as previsões de alta.
Por isso mesmo os índices americanos amanhecem de lado nesta quarta-feira, com leve alta, sem grandes pressões da ata do Fed. O mercado segue firme na sua previsão de que não haverá novas altas nos juros, e que eles podem começar a cair já no meio do ano que vem.
Com isso, o noticiário corporativo é destaque – principalmente por causa do balanço da Nvidia. A ação, que sobe mais de 200% no ano, virou a protagonista da bolsa após o insano rali da Inteligência Artificial há alguns meses. Ontem, após o fechamento do mercado, divulgou seus resultados, que mostraram que a demanda por chips segue aquecidíssima: a receita disparou para US$ 18 bi no terceiro trimestre, acima do esperado pelo mercado. O lucro, de US$ 9 bi, também surpreendeu positivamente.
Para o trimestre atual, a empresa estima que a receita atingirá US$ 20 bi, também acima do previsto (US$ 18 bi).
Apesar disso, a empresa teve uma performance aquém do esperado na China, após os EUA adotarem novas regulações que restringiram a exportação de chips para o país asiático. Além disso, apesar de superar a média das previsões, havia parte dos investidores ainda mais otimista com os resultados, prevendo por exemplo uma receita de US$ 21 bi. É o preço a se pagar por ser uma espécie de ação superstar: até mesmo resultados extraordinários podem ficar aquém da expectativa.
O papel da Nvidia chegou a cair mais de 1% no pós-mercado de Nova York ontem, e 0,4% no pré-market hoje. Às 8h, rondava a estabilidade.
Outra tech no centro das atenções é a OpenAI; após uma rápida e inesperada novela, a manchete de hoje é a volta do Sam Altman para o posto de CEO, menos de cinco dias depois de ter sido retirado do posto. Com isso, põe-se fim a um impasse sobre quem lideraria a companhia que se tornou o símbolo do recente boom da IA.
No Brasil, o destaque fica para a fala de Campos Neto, agora pela manhã, e com a novela na Petrobras – Lula deve se reunir novamente com Jean Paul Prates, após rumores de troca na gestão da estatal.
Bons negócios.
Futuros do S&P 500: 0,14%
Futuros do Nasdaq: 0,20%
Futuros do Dow Jones: 0,12%
Brasil chega a mil parques eólicos
O marco foi atingido nesta segunda-feira (21). Já são 29,6 gigawatts de capacidade instalada – o equivalente a duas Itaipus. O país está na 6ª posição do ranking mundial — atrás de China (365,9 GW); EUA (140,8 GW); Alemanha (66,2 GW); Índia (41,9 GW) e Espanha (32,8 GW). A informação foi divulgada pelo Valor Econômico.
8h00 Campos Neto faz palestra no Senado
9h00 IBGE divulga Pnad contínua
10h30 EUA: Pedidos de auxílio-desemprego
17h00 Lula e Prates se reúnem
- Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,38%
- Londres (FTSE 100): -0,01%
- Frankfurt (Dax): 0,49%
- Paris (CAC): 0,53%
*às 8h19
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -1,02%
- Hong Kong (Hang Seng): estável
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,29%
- Brent*: -0,82%, a US$ 81,77
- Minério de ferro: 1,93%, cotado a US$ 139,82 por tonelada na bolsa de Dalian (China)
*às 8h03
Diversidade em xeque
Em junho, a Suprema Corte dos EUA declarou que as políticas de ação afirmativa para aumentar a diversidade nas universidades americanas são inconstitucionais. A medida ficou restrita ao ensino superior, mas já há ações na Justiça pedindo para que a corte julgue os programas de diversidade corporativos, que visam a contratação de grupos minoritários. Segundo grupos conservadores, elas seriam discriminatórias. Mesmo sem uma decisão, algumas empresas já estão repensando seus programas de diversidade, conta a Bloomberg nesta reportagem.