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Possível visita de presidente da Câmara dos EUA à Taiwan azeda mercados

China advertiu o governo americano que ‘quem brincar com fogo será queimado’. Índices futuros amanhecem em queda.

Por Júlia Moura, Camila Barros
Atualizado em 18 out 2024, 14h13 - Publicado em 2 ago 2022, 08h17
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

A tour de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Estados Unidos, a países asiáticos pode acabar em mais uma crise global. Desde sexta, a política democrata viaja pela região, com visitas a Japão, Coreia do Sul, Malásia e Singapura, todos aliados americanos. O problema é que ela pretende fazer uma paradinha em Taiwan, despertando a fúria chinesa. 

A pequena ilha se considera independente da China desde 1949. Na prática até é, mas o buraco é mais embaixo.

A China não reconhece a independência de Taiwan e a classifica como uma província rebelde. Por medo à Pequim, as potências mundiais seguem o exemplo e Taiwan não é reconhecido como um país soberano por nenhuma grande nação.

O que faria, então, uma das principais autoridades políticas americanas em solo taiwanês? 

A China vê a possível visita como uma afronta. Na semana passada, o presidente chinês, Xi Jinping, telefonou a Joe Biden e ameaçou: “quem brincar com fogo será queimado” e que “salvaguardaria resolutamente a soberania nacional e a integridade territorial da China”. 

Dada a delicadeza da situação, até o momento Pelosi não confirmou a visita, mas a imprensa ligada ao governo de Taiwan diz que o avião da americana vai pousar por lá logo mais, às 11h20 (horário de Brasília).

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A China já está preparada para demonstrar sua força militar. De acordo com o serviço de inteligência do Pentágono, deve rolar um lançamento de mísseis chineses logo mais. Ontem, tanto aviões de guerra da China e porta-aviões dos EUA circulavam  perto de Taiwan. 

A diplomacia chinesa considerou, oficialmente, a possível visita como “provocativa”. Já Washington tenta se livrar do pepino, e pediu para que os chineses não transformem a viagem em motivo para crise ou conflito. 

No meio dessa confusão, taiwaneses estão nas ruas protestando contra a ida de Pelosi.

Era só o que nos faltava, mais tensão geopolítica, ainda mais entre as duas maiores economias do mundo. Não é à toa que ontem a ONU alertou que o mundo estava a um deslize de uma guerra nuclear. Não sem razão, futuros de índices acionários amanhecem em queda nesta terça.

Bons negócios.

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Humorômetro - dia com tendência de baixa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Futuros S&P 500: -0,81%

Futuros Nasdaq: -0,96%

Futuros Dow: -0,69%

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*às 8h

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice europeu (EuroStoxx 50): -1,02%

Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,09%

Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,93%

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Bolsa de Paris (CAC): -0,72%

*às 7h50

Fechamento na Ásia
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Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -1,95%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): -1,42%

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Hong Kong (Hang Seng): -2,36%

Commodities
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Brent: -0,72%, a US$ 99,31

Minério de ferro :0,57%, cotado a US$ 114,55 por tonelada em Cingapura

*às 7h05

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Captações em pausa

Um levantamento realizado pela Bloomberg estima que, ao redor do mundo, as grandes empresas deixaram de captar US$ 254 bilhões este ano via IPOs, títulos de dívida, empréstimos ou financiamento de aquisições. Até agora, pelo menos 358 companhias interromperam planos de financiamento. E o continente americano é a região recordista: foram 184 empresas, mais da metade do total. O continente já cancelou 136 IPOs desde janeiro graças à queda no mercado de ações. 

 

 

 

 

 

 

 

Vale a pena ler:

O fim da globalização

Abra qualquer jornal em inglês dos últimos meses na internet e você encontrará algum colunista dizendo mais ou menos o seguinte: a invasão da Ucrânia é o acontecimento geopolítico decisivo do nosso tempos. Se Putin for bem-sucedido em anexar o leste e o sul da Ucrânia, isso vai acelerar uma mudança definitiva no tabuleiro de War do planeta – seria o fim da globalização. Ou o fim da globalização como a conhecemos. A gente te explica aqui

Mickey e a comunidade LGBTQIA+

Nos últimos 30 anos, a Disney se tornou um point para pessoas LGBTQIA+, que comparecem todos os anos aos parques temáticos para celebrações que ficaram conhecidas como “Gay Days”. Agora, a Disney está enfrentando a pior crise de publicidade de sua história porque os executivos da companhia decidiram não se posicionar contra um projeto de lei intitulado “Don’t Say Gay”, que fere direitos da população LGBTQIA+. Aqui, o Financial Times conta os planos de rebranding da empresa do Mickey depois da polêmica. 

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

9h – Pesquisa Industrial Mensal de junho, da IBGE

11h – Relatório sobre empregos nos EUA em junho (Jolts, EUA/Deptº do Trabalho)

14h – presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, participa de evento virtual do Washington Post

17h30 – Estoques de petróleo dos EUA na semana até 29/07 (API) 

18h30 – Presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, participa de evento na Money Marketeers

 

Temporada de balanços

Antes da abertura: GetNet

Depois do fechamento: JSL, Engie, Cielo e Iguatemi

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