Continua após publicidade

Petrobras no radar da privatização (de novo)

Mercado não vem levando a sério ameaças de desestatização em meio ao aumento dos combustíveis. Seria dessa vez diferente?

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 18 out 2024, 14h16 - Publicado em 31 Maio 2022, 08h26
-
 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
Continua após publicidade

Bom dia!

Já era noite quando o Ministério de Minas e Energia (MME) informou que oficializou o pedido de inclusão da Petrobras no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), no que seria o primeiríssimo passo de um longo e complexo processo para desestatizar a empresa.

Isso significa que o Ministério, juntamente com o da Economia de Paulo Guedes, fará uma série de estudos sobre a possibilidade de privatização da empresa. 

O mercado já perdeu as contas de quantas vezes ouviu de Bolsonaro sobre o desejo de privatizar a Petrobras. Em todas elas, a informação entrou por um ouvido e saiu pelo outro – ninguém nunca acreditou muito nessa possibilidade. Seria, dessa vez, diferente? Ou será novamente lido como mais uma cortina de fumaça?

A pauta, que já era reivindicada pelo governo há muito tempo, ganhou força com a troca do comando do MME, com Adolfo Sachsida entrando no lugar de Bento Albuquerque – e ele já entrou antecipando que faria tais estudos para a privatização.

Esse assunto é especialmente relevante para Bolsonaro porque o aumento dos preços dos combustíveis é um dos fatores que mais prejudica sua imagem e dificulta a reeleição.

Continua após a publicidade

O mercado financeiro, porém, vê com ceticismo as chances da privatização sair, ainda mais no fim do mandato e sem maioria no Congresso, onde a medida precisa de votos de 308 dos 513 deputados e de 49 dos 81 senadores. 

O movimento é visto, na verdade, como mais uma tentativa de tentar desvincular o governo do aumento dos preços dos combustíveis, já que uma intervenção direta não é possível, ainda que Bolsonaro tenha ameaçado essa via diversas vezes ao criticar a política de preços da Petro.

Blefe ou não, a oficialização do primeiríssimo passo para a privatização da Petrobras deve ser o assunto do dia no mercado. Ontem, a queda nas ações da estatal protagonizou o pregão em dia de feriado nos EUA. Em ano eleitoral, a independência da estatal vem sendo atacada por todos os lados.

A notícia da Petro vem também justamente quando o preço do petróleo dispara no mercado internacional para cima dos US$ 120, reacendendo o medo da inflação. Hoje, o embargo da UE leva o Brent para cima (mais sobre isso no Market facts abaixo) é a nova preocupação do dia. E pode afetar também os papéis da estatal brasileira. 

Nos EUA, índices futuros apontam para baixo justamente por causa do medo da inflação. De uma forma ou de outra, o petróleo parece ser o assunto central do dia.

Continua após a publicidade

Bons negócios.

Compartilhe essa matéria via:

humorômetro: o dia começou sem tendência definida

Futuros S&P 500: -0,39%

Futuros Nasdaq: -0,40%

Futuros Dow: -0,09%

Continua após a publicidade

*às 8h02

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,58%

Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,58%

Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,58%

Continua após a publicidade

Bolsa de Paris (CAC): -0,73%

*às 8h03

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 1,55%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,33%

Continua após a publicidade

Hong Kong (Hang Seng): 1,38%

Commodities

Brent*: 2,11%, a US$ 123,78

Minério de ferro: -1,15%, cotado a US$ 133,25 por tonelada em Cingapura

*às 7h42

Agenda

9h IBGE divulga Pnad Contínua do trimestre até abril

14h Roberto Campos Neto participa de audiência pública sobre inflação e aumento das taxas de juros na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados

market facts

Embargo

Três meses após o início da guerra na Ucrânia, os líderes da União Europeia entraram em acordo nesta terça-feira para banir a maior parte das importações do petróleo russo. Apesar de várias sanções terem sido colocadas contra Putin e a Rússia, o poderoso setor energético do país estava sendo quase totalmente poupado até agora por conta da dependência europeia do gás e do petróleo russos. A medida atual encontrava resistência principalmente da Hungria, mas Budapeste finalmente cedeu. Segundo Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, a medida vai interromper ⅔ das atuais importações de petróleo russo do bloco.

Vale a pena ler:

Ele perdeu milhões em crash de criptomoedas – e ainda foi preso

O crash da Terra USD, no começo de março, chacoalhou o mundo cripto, e fez muita gente perder dinheiro. Alguns viram suas fortunas evaporarem do dia para a noite. Foi o caso do streamer coreano conhecido como Chancers. Ele perdeu US$ 2,4 milhões nessa jogada. Revoltado, foi confrontar o criador da Terra – pessoalmente, na casa dele. A polícia foi chamada, e o homem acabou preso. A BBC Brasil conta essa história aqui

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês*

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.