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Mercados ensaiam um dia de recuperação, com destaque para mineradoras

Europa e índices futuros dos EUA operam no azul após perdas fortes nos últimos dias. BHP e Rio Tinto, concorrentes da Vale, sobem 2%.

Por Guilherme Jacques, Alexandre Versignassi
21 dez 2021, 08h46
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Hoje é dia de lado meio cheio do copo. Depois de três pregões seguidos de queda, o S&P 500 ensaia recuperar algo dos 3% perdidos desde a última quinta (16) na esteira do avanço global da Ômicron: os futuros do índice subiam 0,64% nesta manhã. 

Na Europa, onde os mercados já abriram, idem, com Frankfurt, Londres e Paris operando no azul. Destaque para as mineradoras. A australiana BHP e a anglo-australiana Rio Tinto, concorrentes da Vale, subiam perto de 2% em Londres. No pré-mercado de NY, as ADRs da Vale tinham uma alta próxima de 1%.    

Tudo isso é um rebote natural em tempos de alta volatilidade. Mas o fato é que há mesmo um lado meio cheio no copo da Ômicron. 

Vamos a ele. 

O número de novos casos de Covid nos EUA aumentou 70% em dezembro. No Reino Unido, 90%. Nos dois países, a Ômicron suplantou a Delta no papel de variante mais comum. 

No mesmo período, o número de mortes nos EUA subiu 44%. No Reino Unido, por outro lado, a quantidade de óbitos caiu 8%. A grande diferença entre os dois países é a cobertura vacinal. Nos EUA, 61% da população tomou duas doses; 18%, a de reforço. Na terra de Sir Lewis Halmilton, são 69% com duas e 40% com três. 

Faz diferença. Estudos em laboratório mostram que a vacina da Pfizer é pouco eficaz contra infecções pela Ômicron, mas funciona bem para evitar casos graves e mortes – a eficácia aí é de 70%. E as estatísticas corroboram: quando a cobertura vacinal é ampla de fato, incluindo a dose de reforço, o número de mortes cai, independentemente do aumento no número de casos. 

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No Brasil, para situar, são 66% com duas doses, 10% com três. Ou seja: estamos mais para o lado dos EUA, onde a cobertura é relativamente baixa, do que para o do Reino Unido. A Ômicron mal chegou: o número de novos casos caiu 38% em dezembro; o de mortes, 8%. Mas, se quisermos ver o lado meio cheio do copo, precisamos acelerar a aplicação de terceiras doses. 

Boa terça.

humorômetro: o dia começou com tendência de alta

Futuros S&P 500: 0,64%

Futuros Nasdaq: 0,76%

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Futuros Dow: 0,61%

*às 7h39

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,73%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,87%

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Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,63%

Bolsa de Paris (CAC): 0,42%

*às 7h37

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,68%

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Bolsa de Tóquio (Nikkei): 2,08%

Hong Kong (Hang Seng): 1%

Commodities

Brent: 0,80%, a US$ 72,09*

Minério de ferro: 2,59%, a US$ 126,71, no porto de Qingdao na China

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*às 7h35

Agenda

Hoje – A Comissão Mista de Orçamento do Congresso deve votar o texto da Lei Orçamentária Anual de 2022, depois de ter adiado esta etapa ontem. Na sequência, o projeto vai ao plenário.

market facts

Euro Stoxx e Dax na B3

A B3 lançou dois novos contratos futuros para investidores da bolsa brasileira nesta semana. Eles acompanham o Euro Stoxx 50 e o Dax. O Euro Stoxx é o mais importante índice de ações europeu, e engloba as 50 principais ações do continente. Em 12 meses, a valorização acumulada ali é de 20%. Já o Dax contém os 40 maiores papéis listados na bolsa de Frankfurt, na Alemanha. No caso dele, foram 15% de valorização.

A queda do Nubank

Em uma segunda-feira de perdas significativas em Wall Street, os papéis do Nubank caíram pela primeira vez abaixo de US$ 9 – o valor com o qual as ações estrearam na Nyse, dia 9 de dezembro. Nos dois primeiros dias de negociação, elas chegaram a subir 31%, a US$ 11,83. De lá para cá, porém, rolou um desabamento de 25% – só ontem, 8,78%. E os papeis fecharam em US$ 8,94. Mas eles ensaiam alguma recuperação, como o restante do mercado. No pré-mercado em NY nesta manhã, o Nubank subia 1,45%.

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