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Mercado de trabalho forte nos EUA é pedra no sapato do Fed

Cada vez mais investidores apostam em uma nova alta dos juros americanos neste ano. Nesta semana, relatórios de empregos por lá trarão novas pistas sobre a força da economia.

Por Bruno Carbinatto e Sofia Kercher
Atualizado em 3 out 2023, 08h27 - Publicado em 3 out 2023, 08h26
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 (Tiago Araújo/Você S/A)
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Bom dia!

Dois dados cruciais sobre o mercado de trabalho americano saem nesta semana. Hoje, às 11h, vem o primeiro: o relatório Jolts, elaborado pelo Ministério do Trabalho e que traz o número de vagas abertas no mês. Na sexta, sai o payroll, relatório oficial de empregos por lá e que inclui a taxa de desemprego do país.

Os números são pistas importantes para tentar adivinhar os próximos passos do Fed. Se a economia americana estivesse esfriando e o desemprego subindo com o ciclo de altas recente nos juros, possivelmente o banco central americano já teria pausado seu aperto. 

Mas, como a economia americana segue forte e resiliente, e o desemprego muito baixo, o entendimento que predomina é que o Fed ainda tem espaço para subir sim os juros novamente, como vem dando spoilers que quer fazer. Afinal, a inflação ainda segue acima da meta (de 2% aa).

Nos últimos dias, a leitura de que os juros americanos ficarão “mais altos por mais tempo” pegou forte o mercado, derrubando as bolsas no mundo todo e fazendo os yields dos Treasuries, os títulos públicos americanos, dispararem. O com vencimento em dez anos, por exemplo, foi às máximas desde 2007. Hoje, ele segue neste patamar alto.

Cerca de um terço dos investidores aposta em uma nova alta nos juros americanos já na reunião de novembro do Fomc. Depois dela, ainda há uma reunião em dezembro. 

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Do outro lado do mundo, a bolsa de Hong Kong foi o destaque negativo, com queda de quase 3% no Hang Seng, principal índice do país. Sem a referência chinesa (os mercados estão fechados a semana toda no feriado), as ações listadas em Hong Kong derreteram com o pessimismo com a crise imobiliária por lá, com destaque negativo para as construtoras.

Por aqui, a força da economia também é testada às 9h, quando o IBGE divulga a produção industrial de agosto. Os próximos passos do banco central brasileiro são menos misteriosos do que os de seu primo americano: o Copom já deixou adiantado, desde o primeiro corte, que o ritmo de redução da Selic seria de -0,5 ponto percentual por reunião. Acontece que, por um tempo, o mercado via a possibilidade de acelerar esse cronograma, com cortes de 0,75 p.p. Essa visão mais radical, porém, minguou entre investidores.

Bons negócios.

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humorômetro: o dia começou sem tendência definida

Futuros do S&P 500: -0,05%

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Futuros do Nasdaq: -0,13%

Futuros do Dow Jones: -0,04%

*às 8h10

market facts

A cada 2,5 dias, uma loja da Americanas é fechada

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Em janeiro, a Americanas entrou na Justiça com um pedido de recuperação judicial, com dívidas que somavam cerca de R$ 44 bilhões.

Desde então, a companhia fechou 88 lojas. Isso significa que, em média, uma loja encerrou as operações a cada 2,5 dias. 

Os dados da rede varejista foram apresentados à CVM neste domingo (1º). Além da quantidade de pontos fechados, o documento também mostrou que 16 ações de despejo estão em andamento contra a companhia por falta de pagamento; 2 shoppings, em São Paulo e Vitória, já despejaram a varejista, e 1.131 funcionários foram dispensados nas últimas 4 semanas (mais da metade sendo pedidos de demissão).

Na véspera, AMER3 fechou em queda de 13,68%, cotada a R$ 0,82. 

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

9h – IBGE divulga produção industrial de agosto

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11h – Relatório Jolts de empregos nos EUA

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
        • Índice europeu (Euro Stoxx 50): -0,36%
        • Londres (FTSE 100): 0,08%
        • Frankfurt (Dax): -0,51%
        • Paris (CAC): -0,51%

        *às 8h14

        Fechamento na Ásia
        (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
        • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): fechado por conta de feriado
        • Hong Kong (Hang Seng): -2,69%
        • Bolsa de Tóquio (Nikkei): -1,64%
        Commodities
        (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
            • Brent: -0,66%, a US$ 90,11
            • Minério de ferro: feriado na China. Em Singapura, -1,18%, a US$ 116,80 por tonelada

            *às 8h00

            Vale a pena ler:
            (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

            Conheça o plano de reestruturação do Airbnb

            No primeiro trimestre do ano, o Airbnb acumulou um faturamento de US$ 1,8 bilhão, alta de 20% quando comparado a 2022. No segundo trimestre, esse valor subiu para US$ 2,5 bilhões, um aumento de 18% na comparação anual.

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            Olhando para os números, tudo parece tranquilo com a plataforma de hospedagens. Mas esse ano não foi fácil para a empresa. Em março, anfitriões fizeram uma série de publicações nas redes sociais expondo a diminuição das margens de lucro da plataforma. Em setembro, Nova York apertou regras sobre aluguéis de curto prazo, expulsando a companhia de um mercado que chegou a representar 80% de seu negócio.

            Esta reportagem lista seis conclusões que a Bloomberg tirou de uma conversa com o fundador do Airbnb, Brian Chesky. O CEO falou abertamente sobre suas ambições com Inteligência Artificial, planos de fidelidade, e o futuro da empresa em Nova York – e como ele planeja reconstruí-la do zero.

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