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Investidores compram “na baixa” e colocam Ibovespa e S&P 500 no positivo

Bolsa brasileira ganhou uma força de indicadores econômicos surpreendentes. Lá fora, só o respiro explica a alta – e não salva as empresas de tecnologia.

Por Bruno Carbinatto, Tássia Kastner
Atualizado em 16 dez 2024, 16h32 - Publicado em 29 set 2021, 18h47
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 (Juliana Krauss/Você S/A)
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Tem dias que o bordão compre na baixa (o mercado chama de buy the dip) funciona. Foram dois pregões de queda nos EUA, sendo que ontem a sangria foi generalizada por lá e também no Brasil e na Europa. Mas hoje, depois do sofrimento, investidores foram às compras. 

Por aqui, a Faria Lima se ancorou em um conjunto de indicadores surpreendentemente positivos. O IGP-M, a tal inflação do aluguel, caiu 0,67% em setembro – o menor valor mensal desde agosto de 2019. O mercado até esperava uma queda, só que mais tímida, de 0,43%.

Grande parte dessa deflação se dá pelo derretimento do minério de ferro, como lembrou a própria FGV – e que tem muito mais a ver com as medidas do governo chinês do que com nossa economia, diga-se. Sem o minério, o índice teria registrado alta de 1,21% em setembro. Mas mesmo assim já seria uma relevante tendência de desaceleração em relação a agosto (alta de 2,37% sem o minério). Isso mostra que a alta dos juros começa dar sinais de segurar a inflação, que não sai do radar dos investidores nos últimos tempos.

Outra surpresa bem-recebida foi o resultado fiscal do setor público divulgado pelo Banco Central, que mostrou um superávit nas contas públicas de agosto de R$ 16,7 bilhões – a previsão era de déficit de cerca de R$ 7 bi. É o melhor valor para o mês desde que a série histórica começou em 2001. 

Também hoje saíram os dados do Caged: 373.265 novos empregos com carteira assinada foram criados em agosto, contra 330 mil esperados, ainda que ninguém hoje consiga entender o indicador depois das mudanças de metodologia. 

Pois é, não é todo dia que três dados econômicos brasileiros superam as expectativas. Isso ajudou a colocar o Ibovespa no positivo: +0,89%, retomando o patamar dos 111 mil pontos. Poderia ter sido melhor.

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Com ajuda do mundo

O dia se desenhava para uma recuperação um tantinho mais robusta e o S&P 500 chegou a avançar algo como 0,7% no melhor momento do dia. No final do pregão, o tempo fechou e o principal índice da bolsa americana arrematou modestos 0,16% de alta. O Nasdaq, que reúne as empresas de tecnologia, continuou sua saga negativa e perdeu 0,24%, isso depois de ter operado em alta.

O que vinha derrubando as empresas tech era a alta das taxas de juros de 10 anos dos EUA. Nesta quinta, elas caíram, o que deveria ter sido um alento para as ações. Não foi.

O lance é que a crise de energia que assombra o globo desde o começo da semana não foi embora, só fez uma pausa para respirar. No Reino Unido, a solução para fazer a gasolina chegar aos postos foi colocar o Exército para dirigir caminhões. 

Esse colapso energético global alimenta o medo de que a inflação, que a gente tão bem conhece no Brasil, se alastrará pelo mundo. Isso faria com que países precisassem subir juros para controlar os preços – aqui já está acontecendo, você sabe.

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É o que penaliza as empresas de tecnologia. As ações delas moram na estratosfera enquanto o juro muito baixo permite financiar o crescimento do negócio no longo prazo. Com o custo do dinheiro maior, as perspectivas de crescimento mudam e o valor que o mercado está disposto a pagar pela ação também. Para as big techs, Wall Street acha que o dip ainda não chegou. Até amanhã.

Maiores altas

Braskem (BRKM5): +9,06%

JBS (JBSS3): +6,22%

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Usiminas (USIM5): +6,15%

Cielo (CIEL3): +4,80%

Petrorio (PRIO3): +4,20%

Maiores baixas

Banco Inter – PN (BIDI4): -3,70%

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Banco Inter – Units (BIDI11): -2,84%

WEG (WEGE3): -1,97%

Banco Pan (BPAN4): -1,93%

Magazine Luiza (MGLU3): -1,69%

Ibovespa: +0,89, a 111.106 pontos

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Em Nova York

Dow Jones: +0,27%, a 34.391 pontos

S&P 500: +0,16%, a 4.359 pontos

Nasdaq: -0,24%, a 14.512 pontos

Dólar: +0,11%, a R$ 5,4303

Petróleo

Brent: -0,33%, a US$ 78,09

WTI: -0,61%, a US$ 74,83

Minério de ferro: alta de 1,85%, a US$ 114,13 por tonelada no porto de Qingdao (China)

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