Continua após publicidade

Inflação nos EUA calibra apostas para próximo passo do Fed

Mercado está dividido entre uma nova alta nos juros americanos ou uma pausa no aperto; PCE de hoje pode ser fator decisivo.

Por Bruno Carbinatto, Camila Barros
26 Maio 2023, 08h25

Bom dia!

Enquanto as discussões para se chegar a um acordo sobre o teto da dívida seguem nos EUA, um dado importante será divulgado hoje: o PCE, medidor de inflação favorito do Fed. Ele sai às 9h30.

O número vai ajudar a calibrar as apostas para a próxima decisão do Fed, em junho. Parte do mercado acha que vem uma pausa na trajetória de altas; outra parte ainda prevê mais um aumento na “Selic” americana, de 0,25 ponto percentual. Além da inflação, o payroll, na próxima sexta, também vem para guiar as apostas.

Por enquanto, os futuros americanos amanhecem em leve alta à espera. As ações de tecnologia seguem sendo destaques com a euforia com a inteligência artificial. Após o show da gigantesca Nvidia ontem, a Marvell Technology, fabricante de semicondutores americana, sobe 18% no pre-market hoje depois de divulgar balanço também projetando aumento das receitas por conta do boom do IA.  

Por aqui, o otimismo com a inflação em queda leva a apostas de cortes na Selic mais cedo. Ontem o IPCA-15 surpreendeu positivamente, com inflação de 0,51%, menor que os 0,65% projetados.

Hoje, outra notícia pode ajudar a cultivar o bom humor no Ibovespa: o minério de ferro amanheceu em forte alta, de 5% em Cingapura e 4% na bolsa de Dalian.

Continua após a publicidade

Em tempo: a Petrobras (PETR4) apresentou um novo pedido para a exploração de petróleo na bacia da foz do rio Amazonas, após o primeiro ser negado pelo Ibama com base num parecer técnico, o que desencadeou uma crise no governo.

Bons negócios.

Compartilhe essa matéria via:
humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)

Futuros S&P 500: 0,19%

Futuros Nasdaq: 0,14%

Futuros Dow: 0,35%

Continua após a publicidade

*às 8h18

market facts

Sem CEO nem CFO

Na noite de quarta-feira, a CVC anunciou a renúncia de seu CEO, Leonel Andrade. Isso apenas um mês depois da saída do CFO (diretor financeiro, o responsável pela administração do dinheiro) da companhia, Marcelo Kopel. A CVC ainda não anunciou um substituto para Andrade, que ocupava o posto desde 2020. Agora, a empresa terá que encontrar substitutos para os dois cargos C-level, já que, desde a saída de Kopel, o Andrade acumulava as funções de CFO.

Com o anúncio, as ações CVCB3 caíram 4,63% no pregão de ontem, para R$ 2,68. Em 12 meses, a queda é de 76,55%. 

Continua após a publicidade

Isso porque a empresa vem enfrentando uma crise de caixa que se arrasta desde a pandemia. Atualmente, ela passa por uma reestruturação financeira para diminuir a alavancagem, e vem tentando renegociar dívidas com credores. No primeiro tri deste ano, ela registrou um prejuízo líquido de R$ 128 milhões. 

Agenda

9h30 EUA divulgam PCE, índice de inflação preferido do Fed

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,40%

Continua após a publicidade

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,22%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,22%

Bolsa de Paris (CAC): 0,06%

*às 8h19

Fechamento na Ásia

Continua após a publicidade

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,01%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,37% 

Hong Kong (Hang Seng): feriado

Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brent: 0,60%, a US$ 76,72 o barril

*às 8h07

Minério de ferro: 3,96%, cotado a US$ 100,44 na bolsa de Dalian (China)

Vale a pena ler:

Mapeamento da desigualdade

O Brasil é o 17º país mais desigual do mundo: nosso índice de Gini, que mede a disparidade entre os mais ricos e os mais pobres, é 48,9, em uma escala que vai de zero a cem. É o mesmo número da República Democrática do Congo. Neste gráfico da Você S/A, veja a renda domiciliar per capita (ou seja, quanto dinheiro há para cada pessoa de uma casa por mês) e o rendimento médio (quanto as pessoas economicamente ativas ali ganham, em média, com salários ou outras fontes de renda) de cada camada da população brasileira. 

Publicidade