Ibovespa se agarra a minério e Vale para voltar a subir
Semana tem divulgação do IPCA aqui e do CPI nos EUA. Na Europa, impasse é sobre nova alta de juros.
Bom dia!
O #segundou pós-feriado tenta devolver o Ibovespa para o campo positivo, após o índice enfileirar quatro pregões de baixa – os quatro em que a B3 funcionou – e virar a chavinha de setembro para a queda.
Se dependesse apenas de Nova York, as notícias poderiam ser boas. Os futuros dos índices americanos começaram a semana no positivo enquanto esperam indicadores econômicos que chegam mais para o fim da semana. A inflação medida pelo CPI sai na quarta-feira.
Nesta manhã, o EWZ, o ETF que representa a bolsa brasileira nos EUA, opera perto da estabilidade, -0,03%, apesar de a Vale subir com força no pré-mercado gringo: +2,25%.
Cortesia da commodity, que subiu com força na Ásia após novas medidas de estímulo do governo chinês, que tenta evitar que a economia perca ímpeto. Dessa vez, o governo flexibilizou a atuação das seguradoras no mercado de ações, algo que ajuda a bolsa, mas não a economia real.
De qualquer forma, nem tudo depende dos gringos, claro. Por aqui, teremos dados de inflação já amanhã. E as previsões não são animadoras: economistas estimam que o IPCA em agosto subiu para 0,28%, ante 0,12% em julho. Mais que o dobro. Em 12 meses, o índice sairia de 3,99% para 4,66%, de acordo com levantamento do Broadcast.
A subida da inflação no segundo semestre já estava no radar do Banco Central, isso após o índice ter ido à mínima de 3,16% em junho. Significa o seguinte: o repique não deve mudar o plano do BC de cortar a Selic em 0,50 p.p. na reunião da próxima semana, mas, por outro lado, limita as apostas de cortes ainda mais agressivos, como alguns economistas chegaram a aventar. A próxima semana será de Super-Quarta, com decisão do Fed no mesmo dia do nosso BC.
Mas vamos um passo por vez. Nesta semana, a decisão mais importante de juros virá do Banco Central Europeu. A decisão na quinta será tomada com base nos indicadores recentes, segundo avisou o BCE na última reunião.
O problema é que esses indicadores trazem o pior dos cenários para a economia do bloco: estagflação – quando há inflação alta com baixo crescimento econômico. Dados divulgados pela UE nesta manhã indicam que o PIB dos países crescerá 0,8% neste ano, ante 1,1% estimados. Também houve um corte nas perspectivas para 2024. A inflação deve fechar 2023 em 5,6% – a meta é 2% – e ceder para 2,9% no próximo ano. Antes, esperava-se que ela caísse a 2,8%.
Em todos os lugares, a batalha contra a inflação ainda não está ganha. Bons negócios.
Futuros do S&P 500: 0,38%
Futuros do Nasdaq: 0,55%
Futuros do Dow Jones: 0,20%
*às 8h03
Twitter (ou X) perdeu 90% de seu valor de mercado desde aquisição, diz Musk
A informação foi publicada pelo próprio Musk na última semana, por meio de (pasmem) um tuíte. Segundo Elon, desde a aquisição do aplicativo, em outubro do ano passado, a empresa teria perdido US$ 40 bilhões (R$ 199 bi) em valor de mercado.
Se os cálculos estiverem corretos, isso representaria uma diminuição colossal de quase 90%. Adquirida por US$ 44 bilhões (R$ 218 bi), hoje a rede valeria meros US$ 4 bilhões.
Para Musk, parte do problema é fruto do boicote ao app liderado pela Liga Antidifamação, uma ONG dedicada à proteção dos direitos do povo judeu. Eles acusam o bilionário de promover discursos antissemitas em suas redes sociais. O bilionário já adiantou no mesmo balaio de tuítes que pretende tomar medidas legais caso as acusações continuem.
Só faltou considerar que ele mesmo seja um dos responsáveis pela derrocada da rede, né?
Campos Neto participa de reunião bimestral do BIS, na Basileia (Suíça)
08h25: BC divulga boletim Focus
- Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,48%
- Londres (FTSE 100): 0,18%
- Frankfurt (Dax): 0,51%
- Paris (CAC): 0,56%
*às 8h02
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,74%
- Hong Kong (Hang Seng): -0,58%
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,43%
- Brent: -0,24%, a US$ 90,43
- Minério de ferro: 2,41% a US$ 116,76 por tonelada na bolsa de Dalian, na China
*às 8h01
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