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Ibovespa flerta com os 125 mil pontos após empurrãozinho do petróleo

No embalo do otimismo de Wall Street, bolsa brasileira sobe 3,5% na semana e chega ao maior patamar desde julho de 2021. PETR4 dispara 3%.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 17 nov 2023, 19h04 - Publicado em 17 nov 2023, 18h57

Depois de atingir a máxima do ano na terça e renovar o marco na quinta-feira, o Ibovespa fecha a semana ainda na onda otimista, novamente no seu maior nível em 2023. O índice terminou o dia com leve alta de 0,11%, a 124.773 pontos, flertando com a marca de 125 mil, algo não visto desde julho de 2021, há mais de dois anos. Na maior parte do pregão, chegou a cruzar esse patamar. 

No acumulado da semana, o índice sobre fortes 3,5%. O que explica o salto? Dois principais motivos sustentam o otimismo. O primeiro, e mais relevante, vem dos EUA: por lá, Wall Street também teve uma rápida e forte mudança de humor. Após dados de inflação virem abaixo do esperado, investidores compraram a ideia de que o Fed não vai aumentar os juros novamente – e que deve começar a baixá-los mais cedo do que se pensava.

Há meses o futuro da política monetária do banco central americano estava incerto. Com a economia americana resiliente e a inflação ainda teimosamente acima da meta de 2% a.a., o saldo geral era que as taxas ficariam mais altas por mais tempo – e o próprio Fed deixava isso bem claro, num tom bem hawkish. 

No entanto, após a inflação surpreender positivamente, agora o palpite do mercado é que o Fed não tem espaço para continuar com sua postura dura. Ainda que, vale ressaltar, os próprios dirigentes do BC americano sigam com falas consideradas hawkish, mas nada que abale as esperanças de Wall Street.

É por isso que o S&P 500 e o Nasdaq tiveram alta de mais de 2% na semana. E o otimismo respingou por aqui, é claro.

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O segundo ponto que sustenta a alta do Ibov na semana é a manutenção da meta fiscal, anunciada ontem. Depois de uma longa novela e uma espécie de briga interna no governo, venceu a posição de Fernando Haddad, de manter o alvo de déficit zero para o ano que vem. Isso traz um certo alívio ao mercado – ainda que a incerteza sobre o real comprometimento da gestão petista com a responsabilidade fiscal siga existindo. 

Para além disso, uma notícia negativa pipocou hoje: o IBC-Br, considerado uma “prévia do PIB”, retraiu 0,06% em setembro, na contramão das expectativas, que apontavam para uma alta de 0,20%. O índice, calculado pelo Banco Central, fez alguns economistas revisarem para baixo suas projeções para o PIB do terceiro trimestre. 

Mesmo assim, nada abala o otimismo dos investidores. Há até quem veja o lado cheio do copo: se a economia de fato apresentar sinais de desaceleração, isso pode incentivar o BC a acelerar o ritmo de cortes na Selic.

PETR4 

Especificamente na performance do Ibovespa de hoje, um terceiro fator entra em cena: a cotação do Brent.

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O petróleo teve forte alta hoje: 4,12%, fechando a US$ 80,61 por barril. O movimento fez as petroleiras dominarem o top de maiores altas do dia no Ibovespa, com destaque para a Petrobras, que protagonizou o pregão de hoje: PETR4 3,26%, PETR3 4,22%. Seguiram Petrorecôncavo (RECV3), com 3,36%, e 3R Petroleum (RRRP3), com 2,87%%; um pouco atrás veio a Prio (PRIO3), 2,54%%.

É preciso, no entanto, contextualizar: a alta da commodity nesta sexta-feira foi um ensaio de recuperação, já que o Brent vem de uma sequência de quedas. Na semana, o tombo foi de 1% – é a quarta baixa semanal seguida. A cotação sofre com uma demanda fraca, principalmente vinda da China, onde a economia segue cambaleante. 

Ao mesmo tempo, a expectativa do lado da oferta é que a Opep+, o cartel de importantes produtores de petróleo, siga sua política de cortes na produção para manter o preço do barril acima dos US$ 80. Arábia Saudita e Rússia, segundo e terceiro maiores produtores, lideram esse movimento.

De qualquer forma, com a agenda do dia esvaziado, o petróleo deu o empurrãozinho para que o Ibovespa continuasse no azul nesta sexta-feira.

Na próxima segunda-feira a bolsa abre, apesar do feriado. A ver se o otimismo segue.

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Bom final de semana.

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MAIORES ALTAS 

Petrobras ON (PETR3): 4,22%

Petrorecôncavo (RECV3): 3,36%

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Petrobras PN (PETR4): 3,26%

Azul (AZUL4): 3,00%

3R Petroleum (RRRP3): 2,87%

MAIORES BAIXAS

Raízen (RAIZ4): -5,56%

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CVC Brasil (CVCB3): -4,31%

Carrefour (CRFB3): -3,87%

Alpargatas (ALPA4): -3,47%

Cogna (COGN3): -3,22%

Ibovespa: 0,11%, aos 124.773 pontos. Na semana, a alta foi de 3,49%.

Em Nova York

S&P 500: 0,13%, aos 4.514 pontos. Na semana, alta de 2,24%.

Nasdaq: 0,08%, aos 14.125 pontos. Na semana, alta de 2,37%.

Dow Jones: 0,01%, aos 34.947 pontos. Na semana, alta de 1,94%.

Dólar: 0,74%, a 4,9059

Petróleo 

Brent: 4,12%, a US$ 80,61. Na semana, -1,01%.

WTI: 4,06%, a US$ 76,06. Na semana, -1,41%.

Minério de ferro: -0,42%, a US$ 131,51 por tonelada a bolsa de Dalian (China)

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