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Ibovespa cai mais 0,52% e se aproxima da menor cotação no ano

Após 8 pregões seguidos no vermelho, bolsa soma queda de 8%. Lá fora, mercado já espera que o Fed aplique sua maior alta nos juros em 28 anos.

Por Alexandre Versignassi
14 jun 2022, 18h12
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 (Caroline Aranha/Fotos: Getty Images/VOCÊ S/A)
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O S&P 500 chegou ao fundo do poço ontem, e encontrou um alçapão. Depois de encerrar o pregão de ontem oficialmente em terreno de bear market (queda de mais de 20% diante do último pico, o índice mais importante dos EUA deu aquele passo adiante na beira do precipício e tombou mais 0,37%. 

O mau humor abateu-se por aqui, de novo, com a força de uma frente fria: queda de -0,52% no Ibovespa,103.327 pontos – um índice já próximo ao do pior fechamento deste ano, o de 05 de janeiro (101.006 pontos).  

Por aqui, vale notar, não estamos tão longe de um bear market também. O pico mais recente do Ibov rolou dia primeiro de abril de 2022. E não era mentira: chegamos a 121.570 pontos. De lá até aqui, o tombo foi de 15%. Se o índice baixar mais um teco, para para 97 mil pontos teremos o início do reinado do Sr. Urso inicia por aqui também.  

E o fato é que, só nos últimos 8 pregões, todos de queda desde o dia 02/06, o índice caiu 8%.

O motivo para tanta cara feia é um plot twist. Até outro dia, o mercado dava de barato que o Fed não elevaria sua taxa de juros a pancadas mais fortes do que 0,50 ponto percentual a cada reunião do Fomc (o Copom deles). 

Mas na sexta (10) veio a inflação americana de maio: 1% no mês. Já esperavam uma alta razoável, por conta dos preços dos combustíveis e dos alimentos, em franca alta planeta afora. O maior problema, porém, foi outro: a “inflação núcleo”. 

Ela tira energia (combustíveis) e comida da conta – já que esses são índices mais voláteis, mesmo em tempos menos turbulentos do que os de hoje. Servem, então, para dar uma visão mais “estrutural”, “realista” (chame como quiser) da inflação. 

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E o lance é que ela segue acelerada. Subiu 0,6% em maio; repetindo a “performance” de abril. Em março, ela tinha freado para 0,3%. Mas isso já é um passado distante.

Ou seja: a expectativa agora é de que o Fed anuncie um aumento monstro nesta quarta, ao final da reunião do Fomc. De acordo com um levantamento da Bloomberg, o mercado entende que há 98% de chance para um aumento em 0,75 p.p.

Se for isso mesmo, será o maior acréscimo no índice em 28 anos – desde 1994 não se via algo assim. E a partir de amanhã os juros nos EUA iriam a 1,75%. 

Essa expectativa fez com que os títulos prefixados de 10 anos do Tesouro americano fechassem o dia pagando 3,4% de juros anuais. É o maior índice em 11 anos. 

Aí é aquilo: com a renda fixa em dólar pagando bem, pobres dos mercados de risco. O dinheiro foge da bolsa, sem data para voltar. Os últimos bear markets mais relevantes (fora o de 2020, que durou pouco) revelaram alçapões profundos nos fundos de seus poços. No de 2000-2002 (bolha da internet) o S&P 500 somou uma queda de 51% em relação ao pico. No da crise de 2008, 58%. Nos dois casos, o índice levou 3 anos para recuperar os patamares anteriores. 

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Ou seja: a história ensina que o buraco, nesses casos, tende mesmo a ser mais embaixo. Boa sorte para todos nós.

Até amanhã. 

Maiores altas

Eletrobras (ELET3): 3,37%

CPFL (CPFE3): 3,15%

Eletrobras (ELET6): 2,36%

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WEG (WEGE3): 1,81%

TOTVS (TOTS3): 1,30%

Maiores baixas

Via (VIIA3): −10,20%

CVC (CVCB3): −6,70%

Positivo (POSI3): −5,94%

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CSN Mineração (CMIN3): -5,33%

BRF (BRFS3): −5,32%

Ibovespa: -0,52%, a 103.327 pontos 

Em NY:

S&P 500: -0,37%, a 3.365 pontos

Nasdaq: 0,18%, a 10.828 pontos

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Dow Jones: -0,49%, a 30.365 pontos

Dólar: 0,38%, a R$ 5,13

Petróleo

Brent: -0,90%, a US$ 121,17

WTI: -1,65%, a US$ 119,93

Minério de ferro: -1,55%, a US$ 133,05 por tonelada em Singapura

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