Fed e balanços de big techs comandam a semana
Alta de juros nos EUA é bola cantada, e investidores buscam sinais de fim do ciclo. No Brasil, Santander e Vale são destaques na temporada de resultados.
Bom dia!
A semana começa em ritmo lento, para que todo mundo tenha tempo de se preparar para a agenda abarrotada dos próximos dias. O evento mais importante é a reunião do Fed, na quarta-feira, e a decisão de subir os juros em 0,25 p.p.
A nova alta é um consenso entre analistas. A dúvida, agora, é se o BC americano ainda deixará espaço para novos aumentos, ou se indicará que a subida da “Selic” dos EUA chegou ao fim.
Até agora, Jerome Powell e seus colegas vinham dizendo que talvez seja preciso mais. Por outro lado, o dado de inflação usado para medir o efeito da subida de juros, o PCE, sairá um dia depois da decisão ser tomada. Em maio, dado mais recente, a inflação estava em 3,8% – 4,6% quando excluídos os preços de alimentos e energia.
Na quinta, será a vez do Banco Central Europeu decidir o que faz com os juros do bloco. No velho continente, a inflação ainda está em 5,5%, mas ela está caindo. O problema é que dados de atividade econômica têm mostrado que a economia do bloco está sofrendo com a alta de juros, algo menos evidente nos Estados Unidos. Por isso, analistas começam a especular um possível fim de ciclo de altas também na União Europeia.
Mas nem só de política monetária viverá esta semana. A temporada de balanços engrena a partir da terça, nos EUA, e quarta aqui no Brasil.
Lá em Wall Street, Google (Alphabet) e Microsoft divulgam seus números números terça, seguidos pela Meta na quarta. No Brasil, o Santander abre a rodada de bancos na quarta, mas disputará atenções com a Vale, que publicará números na quinta.
Ainda que fraca, a segunda vai no ritmo de aquecimento, mesmo. Os futuros em Wall Street avançam, assim como o petróleo. Nada como bons ventos para começar a semana. Bons negócios.
Futuros S&P 500: 0,22%
Futuros Nasdaq: 0,25%
Futuros Dow Jones: 0,16%
*às 7h50
Braskem (BRKM5) fecha acordo de R$ 1,7 bilhão com cidade de Maceió
Envolvida em uma confusão ambiental desde 2018, a Braskem anunciou nesta sexta-feira (21) que fechou acordo com o município de Maceió (AL) para pagar R$ 1,7 bilhão em indenizações.
Na época, um tremor de terra na cidade causou rachaduras e o afundamento do solo em cinco bairros, afetando mais de 200 mil pessoas. O abalo foi causado por conta de uma extração feita pela Braskem, que atuava na região desde os anos 70.
Essa disputa jurídica está entre os entraves apontados para a venda de fatia da empresa detida pela Novonor, ex-Odebrecht. Os possíveis compradores querem entender se o fiasco pode gerar novos compromissos financeiros. As ações da empresa fecharam em alta de 0,45%, a R$ 24,69.
Dia de agenda esvaziada
- Índice europeu (Euro Stoxx 50): -0,22%
- Londres (FTSE 100): 0,06%
- Frankfurt (Dax): 0,17%
- Paris (CAC): -0,20%
*às 7h50
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,44%
- Hong Kong (Hang Seng): -2,13%
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,23%
- Brent: 0,84%, a US$ 81,75
- Minério de ferro: 0,06% a US$ 117,18 por tonelada na bolsa de Dalian, na China
*às 7h22
Entenda o Desenrola
Começou na semana passada a primeira fase do Desenrola Brasil, programa de renegociação de dívidas atrasadas criado pelo Governo Federal. Esta reportagem da Você S/A explica os pormenores de como o programa vai funcionar, qual a diferença entre cada uma das etapas e quem pode participar.
EUA, após o fechamento: Whirlpool