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EUA reabrem com sinal positivo, mas petróleo pode estragar feriado do Ibovespa

Brent começa o dia tombando quase 3% e minério recua 0,20%, uma combinação explosiva para a bolsa brasileira.

Por Tássia Kastner, Camila Barros
Atualizado em 18 out 2024, 14h10 - Publicado em 6 set 2022, 08h13
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

Nada como um feriado. As bolsas americanas reabrem nesta terça com o otimismo típico de quem teve um final de semana prolongado: os contratos futuros dos principais índices indicam que Wall Street voltará a sorrir. E o bom humor ajuda a espalhar alguma esperança pelo mundo, ainda que os EUA mesmo não tenham nenhuma notícia positiva (nem negativa, ok) para justificar a expectativa de alta.

O noticiário pesado está na Europa e na China. No velho continente, a União Europeia negocia medidas para conter a alta de preços do gás – que seja na marra, colocando um teto, algo que tradicionalmente investidores tendem a rejeitar. Com o quadro de calamidade se instalando, parece a solução menos pior. 

Há ainda o socorro às empresas do setor de energia em andamento, o que evita uma quebradeira generalizada. Houve analista dizendo que o setor corria o risco de repetir Lehman Brothers. 

O gás ainda não voltou a fluir no gasoduto russo, mas pelo menos os ânimos esfriaram e as bolsas voltaram a subir. O petróleo também ajuda na equação, caindo quase 3% nesta manhã.

A alta de ontem, provocada pelo anúncio de que a Opep+ (o cartel dos exportadores da commodity) cortará a oferta de petróleo, foi fogo de palha para investidores. Acontece que os sinais de desaceleração global persistem – também porque a restrição de gás na Europa tem tudo para desacelerar a economia global.

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E a China tampouco ajuda. O país promete um novo pacote econômico para estimular a atividade no país, mas lockdown, seca e até terremoto são um combo pesado demais até para os chineses.

O minério de ferro até deu uma subida de madrugada, mas depois inverteu o sinal para o negativo. Com as duas principais commodities da bolsa em queda, fica difícil esperar que o Ibovespa acompanhe o sinal positivo lá de fora.

Bons negócios.

 

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta

Futuros S&P 500: 0,74%

Futuros Dow: 0,69%

Futuros Nasdaq: 0,80%

às 8h01

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Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,57%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,19%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 1%

Bolsa de Paris (CAC): 0,44%

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*às 8h01

Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,92%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,03%

Hong Kong (Hang Seng): -0,12%

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Commodities

Brent*: -2,91%, a US$ 92,95

Minério de ferro: -0,20%, a US$ 97,65 por tonelada em Singapura

*às 8h02

market facts

Sustentabilidade financeira da Oi 

A Oi (OIBR3) está cada vez mais perto de encerrar sua recuperação judicial, iniciada em 2016. Na semana passada, a empresa entregou à Justiça um laudo que atesta sua capacidade de pagar dívidas pelos próximos 3 anos. O documento veio a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro, que havia dito estar de acordo com a conclusão da recuperação judicial caso a operadora comprovasse sua sustentabilidade financeira. O laudo estima que, até o final de 2022, a Oi terá R$ 6,331 bilhões em caixa. E em 2023, R$ 10,974 bilhões. Valor maior que a dívida estimada para os próximos 3 anos, de R$ 8,02 bilhões. 

A volta dos IPOs?

Gestores de bancos de investimento consultados pelo Valor acreditam que as empresas começarão a retomar planos de IPO em novembro, depois das eleições – seja lá qual for o resultado. A aposta é que as primeiras a movimentar o mercado de ações sejam empresas da chamada economia real (aquelas que produzem bens e serviços palpáveis, como comida, petróleo ou construção civil). Eles destacam, principalmente, as companhias do setor de infraestrutura e commodities. Do outro lado, os gestores apostam que as empresas ligadas a tecnologia devam demorar mais um tempo para retomar as ofertas de ações.

Vale a pena ler:
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Voos fantasmas

Todos os meses, companhias aéreas que operam na Europa mandam decolar dezenas de aeronaves sem passageiros ou com a ocupação abaixo de 10% da capacidade. O fenômeno não é novo, mas tem chamado mais atenção agora – afinal, o setor se comprometeu a zerar emissões líquidas de carbono dentro dos próximos 28 anos. Segundo o Greenpeace, os “voos fantasmas” no continente causam, em um ano, o mesmo dano ambiental que 1,4 milhão de carros. A BBC explica por que as companhias aéreas fazem isso. 

Mercado imobiliário cripto 

A primeira venda de um apartamento feita em bitcoin em Portugal aconteceu em maio deste ano. Custou € 100 mil – na época, o equivalente a pouco menos de 3 bitcoins. Apesar da avalanche que arruinou o mercado de cripto este ano, o uso de criptoativos no mercado imobiliário está em plena ascensão. Aqui, o Financial Times explica como, onde e o porquê.

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